Um homem identificado como Jocivaldo Pereira Dias foi preso, na manhã de ontem, minutos depois de protestar por moradia nos arredores do Palácio dos Leões. A prisão, efetuada por homens do Batalhão de Choque da Polícia Militar, ocorreu na Avenida Beira-mar, onde um grupo de famílias ameaçadas de expulsão de uma área vizinha ao Residencial Tiradentes, ocupada há três anos, clamava ao Governo do Estado por ajuda para permanecer no local.

A prisão aconteceu quando os manifestantes tentavam interditar a Avenida Beira-mar e foram reprimidos com uso de balas de borracha e bombas de efeito moral. Posicionados no meio do pista, alguns sem-teto quase foram atropelados. Uma mulher só não foi atingida por uma ônibus da linha Cidade Olímpica porque foi puxada pelo braço por Jocivaldo, que, indignado com o ato do motorista, deu socos na lataria do coletivo. Foi o bastante para receber voz de prisão dos militares que reprimiam o ato.

Encaminhado inicialmente à delegacia e, depois, para o Complexo de Pedrinhas, o homem continua preso, sob a acusação de depredação do patrimônio público, e só será liberado mediante pagamento de fiança. O valor não foi revelado, mas seria alto para a realidade de Jocivaldo, que vive em condições de extrema carência.

Assista ao vídeo com cenas dramáticas da truculência policial contra os sem teto, mais um ato do governo comunista que comprova que os maranhenses estão à mercê de uma tirania:

Tropa de choque faz cordão de isolamento para barrar acesso de sem teto  

Um contingente numeroso de policiais militares foi escalado para reprimir o clamor de famílias sem teto que protestavam pacificamente, na manhã desta terça-feira (4), a poucos metros do Palácio dos Leões. A tropa ficou posicionada junto à barricada que protege a sede do governo, próxima a viaturas, isolando a área e impedindo que os manifestantes se aproximassem.

Formado por dezenas de pessoas humildes, que vivem a iminência de ser expulsas, por decisão judicial, de uma ocupação batizada de “Residencial Ivaldo Rodrigues”, vizinha à Vila Luizão, o grupo portava faixas e cartazes com mensagens de apelo ao governador. Uma das frases continha a seguinte súplica: “Governador, somos carentes. Socorro. Nos ajude”.

Diante do drama, o governo determinou à Comissão Estadual de Combate à Violência no Campo e na Cidade (COECV), vinculada à Secretaria de Estado de Direitos Humanos e Participação Popular (SEDIHPOP), que agendasse uma reunião com representantes da comunidade, que não chegou a acontecer devido ao não comparecimento dos sem teto, àquela altura abalados pela extrema truculência com que a policia barrou seu acesso ao palácio.