Dino escala suplente investigado pela PF por envolvimento em rede de prostituição para defendê-lo

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Mergulhado no ostracismo político, Marcos Caldas parte para o confronto com o Wellington para tentar “ganhar pontos” com Flávio Dino

O governador Flávio Dino (PCdoB) não poderia ter escolhido pior defensor para a sua gestão na Assembleia Legislativa. Escalou ninguém menos do que o suplente de deputado estadual no exercício do mandato Marcos Caldas (PSDB), envolvido em uma série de escândalos, para confrontar o colega Wellingon do Curso (PP), que vem denunciando o que chama de “propaganda enganosa” de melhorias na educação pública estadual, por meio do programa “Escola Digna”.

Na sessão de ontem (10), Marcos Caldas solicitou que o Conselho de Ética da AL investigue Wellington por falta de decoro parlamentar em razão de uma denúncia sobre a escola estadual de Nova Iorque no Maranhão, que segundo ele não existiria e seria propaganda enganosa do Governo do Estado.

Assumindo despudoradamente a defesa do Palácio dos Leões, Caldas tenta mostrar serviço ao comunismo, com a clara intenção de garantir sobrevivência política. Na suplência e com a imagem desgastada em razão dos sucessivos casos nebulosos em que se envolveu, ele atua como espécie de bucha de canhão, a fim de conquistar a simpatia palaciana. Portanto, não passa de pura barganha, uma artimanha rasteira de quem está desesperado e em busca de um meio de emergir do ostracismo no qual está mergulhado.

Má fama

Marcos Caldas, ou Marcos Play, como ficou conhecido na imprensa e até nos meios policiais e judiciais, responde a uma série de acusações. Alguns episódios tiveram ampla repercussão local e até nacional, com reportagens estampadas nas páginas de veículos como a revista Istoé.

Uma das broncas de Marcos Play é o seu suposto envolvimento com uma rede de prostituição em Teresina (PI). O caso mais nebuloso relacionado à ligação do político maranhense com a venda de sexo terminou em morte: a vítima foi a modelo e estudante de Direito Fernanda Lages, que perdeu a vida ao cair de um prédio em obras, na capital piauiense, em agosto de 2011.

Caldas teve seu nome associado ao crime por causa das constantes viagens que fazia a Teresina, na companhia do advogado e amigo Ronaldo Ribeiro, que á época das investigações procedidas pela Polícia Federal negou que o deputado tivesse visitado a cidade no dia da morte, suspeita levantada no decorrer do inquérito.

Istoé

Revista Istoé listou acusações que pesam sobre Marcos Play, a mais grave o suposto envolvimento na morte de modelo no Piauí

 

A revista Istoé abordou com ênfase a tragédia envolvendo a modelo e a suposta ligação de Marcos Caldas com o caso em reportagem publicada no site da revista em 18 de abril de 2012, sob o título “O Enrolado Marcos Play”. Um dos pontos destacados pela publicação foi o período de 10 dias em que o parlamentar ocupou o cargo de governador do Maranhão, em 2014, embora estivesse sob investigação da PF por suposto envolvimento na mencionada rede de prostituição.

A Istoé citou outros crimes associados a Marcos Caldas. Um deles refere-se ao atropelamento e morte de duas pessoas sem prestação de socorro. O deputado seria um dos ocupantes do referido veículo, cujo condutor jamais foi identificado e punido. Ele também é acusado de ter atirado em um segurança.

É de gente assim que Flávio Dino vive cercado e a quem recorre para tentar não só rebater as denúncias de má gestão que pesam sobre seu desgastado governo, mas também para tentar intimidar quem ousa confrontá-lo.

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