Paulo Marinho comete injustiça ao culpar Fábio Gentil pela derrota do filho nas urnas

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Paulinho e Zé Gentil fizeram dobradinha e foram os candidatos a deputado federal e estadual mais votados da história de Caxias

Fracassou mais uma vez a tentativa do ex-prefeito de Caxias e ex-deputado federal Paulo Marinho de eleger o filho, Paulo Marinho Jr. (PP), para uma vaga na Câmara Federa. Foi a quinta derrota nas urnas do herdeiro político da família Marinho. Em meio ao trauma causado pelo novo revés eleitoral, o patriarca tenta apontar culpados e mira justamente um dos aliados que mais o ajudou, o prefeito de Caxias, Fábio Gentil (PRB), de quem Paulinho é vice, cometendo uma injustiça que só os fatos muito bem colocados podem remediar.

Ciente de que teria pela frente uma eleição muito acirrada, Paulo Marinho (o pai) simplesmente abriu mão do apoio do grupo liderado pela ex-governadora Roseana Sarney (MDB), aderindo ao senador Roberto Rocha (PSDB), que assim como Roseana, concorreu à sucessão estadual, mas com densidade eleitoral muito menor. A adesão de Marinho no tucano empurrou o primogênito, que praticamente nasceu dentro do PMDB (hoje MDB), para uma disputa suicida, dentro do chamado “chapão da morte com PP”. Tragédia anunciada.

Ao apoiar, na eleição de senador, o deputado estadual Alexandre Almeida (PSDB), de Timon, Marinho atrapalhou até as candidaturas de Edison Lobão (MDB) e Sarney Filho (PV), embora soubesse que as chances de êxito do seu escolhida era mínimas.

Diante da incoerência de Paulo Marinho, é oportuno reafirmar o empenho do prefeito Fábio Gentil, que vestiu a camisa de Paulinho e investiu pesado e de forma convicta na dobradinha do herdeiro da família Marinho com seu pai, o deputado estadual eleito em quarto lugar, Zé Gentil (PRB). Não fosse essa articulação, um gesto de lealdade, em reconhecimento ao apoio dos Marinhos à eleição do atual prefeito, há dois anos, talvez, a votação de Paulinho, tivesse sido pífia. Pelo contrário, em Caxias, ele entrou para a história como o candidato a deputado federal mais votado na cidade, da mesma forma como ocorreu com Zé Gentil, um feito grandioso, digno do melhor registro na política do Maranhão.

É fato: Paulinho e Zé Gentil saíram casadinhos nos votos em Caxias, uma demonstração da força da união dos dois grupos, que derrotaram o clã Coutinho, em 2016.

Se não fosse o desempenho aquém das expectativas de Paulinho nos municípios de Coelho Neto, onde o ex-prefeito e então candidato a deputado estadual Soliney Silva (MDB) lhe prometera 12 mil votos, e em Timon, de onde eram esperados pelo menos 8 mil votos, graças à aliança com Alexandre Almeida para o Senado, o filho de Paulo Marinho estaria eleito.

Paulo Marinho, o pai, ao lamentar a derrota do herdeiro, está sendo ingrato ao tentar culpar Fábio Gentil pelo insucesso do projeto político. Se existe algum culpado, não é o prefeito, já que tanto Paulinho, quanto Zé Gentil obtiveram, praticamente, a mesma votação em Caxias.

O inconformismo de Paulo Marinho se dá porque outros candidatos eleitos foram votados na cidade.
Cléber Verde obteve pouco mais de 5 mil votos, e Edilazio, pouco mais de 3 mil. Se forem somados os votos dos dois e dados a Paulinho, nem assim ele estaria eleito. Portanto, o choro do patriarca da família Marinho é consequência da sua própria incompetência em não eleger o filho com votos de outros redutos eleitorais, e não de Caxias.

A política mudou e os políticos que não acompanharam tal mudança e ainda ficam procurando desculpas para suas lamentações ficam perdidos no tempo e ultrapassados pelas novas tendências eleitorais, que exigem, sobretudo, habilidade e humildade para reconhecer seus pontos fracos.

Trocar o certo pela duvidoso nunca foi a forma mais sensata de fazer escolhas. A família Marinho errou ao abandonar suas origens, fincadas no MDB. Se lá o grupo tivesse permanecido, Paulo Marinho hoje estaria comemorando a vitória do filho, em vez de estar derramando lágrimas e tratando com injustiça aliados que com ele marcharam juntos na campanha, do início ao fim, como tão bem demonstraram as urnas em Caxias.

A ingratidão de Paulo Marinho não é apenas com o grupo político liderado por Fábio Gentil, mas, acima de tudo, com os caxienses, pois muitos dos que votaram em Paulinho o fizeram a pedido da família do prefeito, que trabalhou e mostrou, ao fim da eleição, com as votações quase idênticas de Zé Gentil e Paulinho, quão leal tem sido à aliança firmada em 2016.

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