Se o número de mortos pelo novo coronavírus no Maranhão bateu, nessa terça-feira (7), a indesejável marca de 11 registros, a quantidade de pacientes que contraíram a doença e agora estão plenamente recuperados chegou a 45, um contingente expressivo de vidas salvas, que parece estar em curva ascendente.

Em 48 horas, os óbitos provocados pela Covid-19 no estado tiveram crescimento próximo de 200%, ou seja, quase triplicaram. Se os dados relacionados à letalidade do vírus deixaram a população ainda mais alarmada, o número de pessoas outrora infectadas que receberam o diagnóstico de cura deve ter aliviado a tensão daqueles que ainda acreditam que a doença é uma sentença de morte.

Graças à mobilização maciça do setor de saúde, com investimento público à altura do perigo representado pela pandemia, e a medidas de prevenção como o isolamento social, dia após dia, renova-se a esperança de que o novo coronavírus será debelado.

Risco superestimado

Recorrendo à matemática, conclui-se que seria um tanto exagerado classificar o cenário como trágico. De um total de 230 casos confirmados de Covid-19 no Maranhão, até o momento, apenas 11 tiveram consequência extrema, isto é, levaram a óbito.

A taxa de mortalidade é, portanto, inferior a 4%, e incide muito mais sobre os grupos considerados de risco, como idosos, diabéticos e hipertensos. Isso quer dizer que a população em geral não é tão vulnerável assim à enfermidade.

Sensacionalismo

A propósito, há várias semanas, o novo coronavírus é o tema predominante no noticiário e é explorado com elevado grau de espetacularização por alguns setores da mídia. Para piorar, a abordagem sensacionalista é potencializada pelas redes sociais da internet, seja por maldade, seja por ignorância dos que compartilham conteúdos impróprios, especialmente fake news, que se propagam também como endemia planetária.

Em meio à crise e ao pânico persistentes, há de prevalecer o otimismo entre os maranhenses. Afinal, em apenas dois dias, 16 pacientes deixaram a convalescença – em casa ou em um leito de hospital – e foram declarados saudáveis novamente, aptos a retomar suas atitudes normais.

Será o começo do fim da agonia?