Motoristas e cobradores da Ratrans, empresa que atende dezenas de bairros da região metropolitana de São Luís, amanheceram de braços cruzados nesta terça-feira (19). A paralisação é mais um protesto da categoria dos rodoviários, que reivindicam 13% de reajuste salarial, jornada de trabalho de seis horas, tíquete-alimentação no valor de R$ 800,00, manutenção do plano de saúde; além da inclusão de um dependente e a concessão do auxílio-creche para trabalhadores com filhos pequenos.

O Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros de São Luís (SET), por sua vez, alega inviabilidade financeira para atender o pleito dos empregados. De acordo com a entidade patronal, a retração econômica causada pela pandemia de Covid-19 impede qualquer concessão de ganho aos trabalhadores neste momento. Para piorar, houve a extinção do programa de incentivo do Governo Federal, sem contar os sucessivos aumentos dos preços dos combustíveis e outros insumos.

Omissão

A situação deu origem a um impasse cuja solução depende da ação imediata do poder público municipal, que, por enquanto, se mantém omisso em relação aos transtornos causados à população pela série de paralisações de ônibus ocorridas nas últimas semanas, mecanismo de pressão adotado pelos rodoviários, que provoca ainda mais tensão sobre o sistema de transporte.

Por parte da Prefeitura de São Luís, o que se vê são medidas de improviso e paliativas, incapazes de trazer uma solução definitiva ao problema. Por exemplo, para tentar atenuar o sofrimento causado aos usuários pela paralisação de hoje, a Secretaria Municipal de Trânsito e Transportes (SMTT) anunciou o remanejamento de parte da frota para compensar a ausência dos ônibus que não estão circulando.

Confira a nota:

Sobre a paralisação ocorrida nesta terça-feira (19), da empresa Ratrans – que integra o Consórcio Central – a Secretaria Municipal de Trânsito e Transportes (SMTT) informa que o movimento não foi comunicado a essa Secretaria, que já está tomando as medidas necessárias sobre essa situação.

De forma emergencial, a SMTT está remanejando frota de outras concessionárias para que a população atendida pela empresa Ratrans tenha acesso aos serviços do transporte público.