Em vez da refinaria de Bacabeira, Petrobras foca em perfuração de poços para estimular desenvolvimento do Maranhão

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Bacia Pará-Maranhão faz parte da faixa do território brasileiro conhecida como Margem Equatorial, que será beneficiada pela exploração de petróleo

Em meio às tratativas iniciadas pelo governador Carlos Brandão (PSB) com.o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e outros membros do Governo Federal visando à retomada da construção da Refinaria Premium, no município de Bacabeira, projeto abandonado há quase uma década, a Petrobras foca em outro tipo de investimento para impulsionar o tão almejado desenvolvimento econômico do Maranhão, pelo menos em um primeiro momento. Durante palestras na sede da Federação das Indústrias do Estado do Pará (Fiepa) e na Associação Comercial do Pará (ACP), nos dias 1º e 2 deste mês, respectivamente, técnicos da estatal anunciaram a previsão de perfuração, em 2026, de dois poços na Bacia Pará-Maranhão, na Margem Equatorial do Brasil.

A atividade exploratória beneficiará em cheio todos os estados da Margem Equatorial do Brasil, faixa do território nacional que se estende do Amapá ao Rio Grande do Norte, onde também está situado o Maranhão. De acordo com os técnicos, a Petrobras investirá US$ 2,9 bilhões nos próximos cinco anos, para a perfuração de 16 poços na região, com início ainda no primeiro trimestre deste ano, conforme o Plano Estratégico da empresa para o.quinquênio 2023-2027.

Os dados foram apresentados nos seminários sobre a produção na Margem Equatorial, em Belém. O gerente geral de Ativos Exploratórios da Petrobras, Rogério Soares Cunha, fez uma breve exposição na abertura da palestra da companhia na FIEPA: “Ao buscarmos uma nova fronteira exploratória, como a Margem Equatorial, nosso objetivo é adicionar reservas de óleo e gás, de acordo com a visão de futuro da companhia o que, consequentemente, estimulará o desenvolvimento econômico de toda a região”, explicou.

A coordenadora de Projetos Exploratórios, Ana Helena Rebelo Anaisse, e a gerente de Mudanças Climáticas, Raquel Campos Cauby Coutinho, palestraram sobre os “Projetos Exploratórios na Margem Equatorial e Transição Energética”.

Ana Helena explicou, durante os seminários, que a Petrobras criou um Centro de Reabilitação e Despetrolização de Fauna (CRD), em Belém, como parte integrante da estrutura de resposta a emergências, cuja Licença de Instalação (LI) e Licença Prévia (LP), foram emitidas pela Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Sustentabilidade do Pará (SEMAS-PA), no último dia 2. A palestrante apresentou a etapa posterior do projeto exploratório, a Avaliação Pré-Operacional (APO), um simulado de emergência, exigência do IBAMA para a concessão do licenciamento para a perfuração do poço Morpho, que será realizada a 175 quilômetros em relação à costa do Amapá e em lâmina d’agua de 2880m.

Durante o evento, a Petrobras demonstrou que está envidando todos os esforços e mobilizando os recursos necessários para a realização da APO. Os recursos encontram-se no local onde será perfurado o poço e estão em processo de vistoria e testes operacionais, tanto pela Petrobras quanto pelo IBAMA, de modo a estarem aptos a realizar as operações. A data para a realização da APO será definida em breve, junto ao IBAMA.

Histórico de exploração da Bacia Pará-Maranhão:

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