Desnorteado, malvisto e malquisto nos bastidores do poder, Paulo Victor agora tenta colar em Edivaldo

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Visita de Paulo Victor a Edivaldo Holanda Junior expõe múltiplas incoerências a esta altura do debate político que antecede a sucessão municipal em São Luís

Ainda acalentando uma pretensa candidatura a prefeito de São Luís, valendo-se de uma suposta subida nas pesquisas, na qual talvez nem ele acredite, o vereador Paulo Victor, presidente da Câmara Municipal, tenta, desesperadamente, gerar fatos para não amargar de vez a frustração do seu deslumbrado projeto de poder. A mais recente artimanha é colar sua imagem à do ex-prefeito e também pré-candidato à sucessão municipal Edivaldo Holanda Junior, terceiro colocado nas intenções de votos, segundo os levantamentos divulgados até agora.

Em postagem nas redes sociais, Paulo Victor deu destaque à visita que fez nesta quinta-feira (28) a Edivaldo, iniciativa que teria tomado “com o coração cheio de gratidão”. Generosíssimo com o anfitrião, o vereador o tratou como amigo, ressaltando virtudes do ex-prefeito como temor a Deus, respeito ao ser humano e à família. O presidente da Câmara mencionou ainda que as diferenças entre ele e Edivaldo não estão acima da amizade que existe entre ambos.

Dificil entender esse movimento de Paulo Victor, que enquanto busca a todo custo viabilizar seu nome na disputa majoritária na capital, se aproxima de um rival a quem precisa superar para se tornar verdadeiramente competitivo. Estaria ele disposto a uma composição, após concluir que sozinho não terá densidade eleitoral para encarar as urnas, tendo como adversários o prefeito Eduardo Braide, o deputado estadual Duarte Junior, o próprio Edivaldo e outros nomes que têm pontuado com certa significância nas pesquisas?

A busca de aproximação de Paulo Victor com Edivaldo soa estranha também pelo aspecto ideológico e por expressar contradição religiosa. Um fato recente reforça quão incoerente é o presidente da Câmara Municipal ao tentar estreitar relação com o ex-prefeito a esta altura do debate político. No auge da empolgação, durante o seu ato de filiação ao PSDB, em 4 de agosto passado, o vereador, empunhando a bandeira da diversidade, vociferou, no palanque, que marcha junto com “qualhira” e “sapatão”. Caso estivesse presente, Edivaldo, que, parafraseando o ex-presidente Bolsonaro, é “terrivelmente evangélico”, provavelmente não aplaudiria tal discurso.

O movimento na direção do ex-prefeito indica, ainda, que Paulo Victor está sem rumo. Isso porque, nos bastidores do poder, o vereador está praticamente descartado na busca de apoio do Palácio dos Leões à sua pretensa candidatura a prefeito, em razão das supostas peripécias que protagonizou na Secretaria de Estado da Cultura, enquanto a pasta esteve sob sua influência.

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