Anselmo Raposo, pioneiro na defesa da escola de tempo integral

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O economista, estatístico e professor universitário Anselmo Raposo, que concorre a uma vaga na Câmara Municipal pelo PR, tem comentado nas redes sociais que a defesa da escola de tempo integral “virou moda”, referindo-se ao fato de o assunto estar dominando a pauta dos programas de boa parte dos candidatos a prefeito e vereador de São Luís no horário eleitoral.

Anselmo fala com propriedade, pois partiu dele a primeira iniciativa de implantar esse modelo pedagógico em âmbito estadual. Em 29 de julho de 2010, quando era secretário de Estado da Educação, ele lançou um projeto ambicioso, que prometia revolucionar a ensino público no Maranhão e tornar-se exemplo para todo o estado, quiçá para o resto do país.

O projeto em questão era a transformação do prédio do antigo Colégio Maristas, no Centro de São Luís, no primeiro Centro de Ensino Médio em Tempo Integral do Maranhão, o Procentro Marcelino Champagnat, nome dado em homenagem ao fundador dos colégios Maristas em todo o mundo. O próprio Anselmo estudou nessa escola na infância e na adolescência, o que o levou a conceber o projeto com ainda mais entusiasmo e carinho.

Pelo projeto, o Procentro atenderia inicialmente 500 alunos, nos turnos matutino e vespertino (8h às 18h). A escola teria 24 salas de aula temáticas, bibliotecas, laboratórios de biologia, física, química, matemática, informática e línguas, salas para diretoria, coordenadores e professores, ginásio poliesportivo, campo de futebol, piscina semi-olímpica, pista de atletismo, salas para lutas olímpicas, refeitório, vestiários, área de conivência e de preservação ambiental. No prédio funcionaria também o primeiro Instituto Público de Idiomas do Brasil, com aulas de inglês, francês ou espanhol para estudantes da rede pública.

O Procentro não saiu do papel, pois Anselmo deixou o comando da Seduc pouco mais de três meses depois do lançamento e seus sucessores não deram continuidade ao projeto. Até hoje, o ex-secretário e milhares de cidadãos maranhenses lamentam a não concretização da ideia.

Sobre a defesa exacerbada da escola de tempo integral na presente campanha política, Anselmo diz o seguinte: “tem candidato que está com a faca e o queijo na mão e não implanta, tem outros que não sabem nem por onde começar, mas falam pelo modismo. Agora, eu sempre defendi e sei como fazer a Escola de Tempo Integral”, diz, em tom crítico e de profunda convicção.

Coisa de quem sabe o que diz e certamente saberia o que fazer caso tivesse tido oportunidade.

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