Polícia investiga execução de jovens na zona rural

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De acordo com o Secretário de Segurança Pública, Jefferson Portela, a Superintendência de Homicídios e Proteção a Pessoa (SHPP) investiga pelo menos dois policiais que teriam relações diretas com a vigilância de uma área de construção de casas do ‘Minha Casa, Minha Vida’, no bairro Coquilho, na zona rural de São Luís, onde o corpo dos três jovens foram encontrados na tarde de sexta-feira (4) com marcas de execução a bala.

O Secretário, Jefferson Portela, afirma que todas as pessoas que estavam nas proximidades do local tiveram os nomes colhidos e estão sendo ouvidas na Delegacia de Homicídios.

“Foi um crime bárbaro pelo modo vil como foi praticado contra os adolescentes. Nós já temos nomes de todos que estavam próximos ao local dos fatos e essas circunstâncias serão todas apontadas pelo inquérito policial em curso na Superintendência de Homicídios. Hoje tivemos mais dois nomes colhidos aqui no local que são de policiais em ligação com os vigilantes da empresa, agora resta definir o ato da execução dos homicídios contra os adolescentes. Ontem foram ouvidos muitas pessoas e outras estão sendo ouvidas agora na Delegacia de Homicídios, de modo que nas próximas horas nós possamos apontar a autoria do crime”, explicou.

De acordo com o resultado das primeiras investigações, pelo menos dois policias possuem ligação com os vigilantes da empresa.

“Dois policiais têm ligações diretas com os serviços de vigilância, ou seja, possuem envolvimento com os vigilantes. Se isso importa na participação do crime só será definido no curso do inquérito policial. Há ligação dos policiais com eles e a presença de um policial no dia do fato, é algo comprovado e que precisa ser configurado dentro do inquérito policial para definir se ele tem participação nas mortes. Eu acredito que em horas nós vamos identificar essa autoria e a questão de prisão passa ser agora algo de provimento judicial”

O Secretário de Segurança afirma também que, o aparelho celular que foi encontrado no local do crime será investigado pelo Instituto de Criminalística e Medicina Legal (Icrim) e terá os dados e códigos analisados para descobrir se é pertencente a algum dos executores.

“A motivação do crime será coletado através do interrogatório deles. Ninguém foi ouvido porque só estava no local os executores e as vítimas. A primeira suspeita é de vigilantes plantonistas, isso é um dado inicial para a oitiva de quem estava de plantão. Não significa dizer que os plantonistas são os executores, pode ser e pode não ser porque alguém pode ter vindo e praticado o ato no plantão de terceiras pessoas. Para ter cuidado de não praticar injustiças, nós vamos com essa análise criteriosa das provas coletadas nos atos de inquérito policial, apontar a autoria e eu tenho certeza que será feito no menor espaço de tempo possível”, finalizou o Secretário Jeferson Portela.

G1 Maranhão

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