Escolas sitiadas

Um forte aparato policial amanheceu posicionado hoje em frente às escolas da rede estadual. Essa foi a estratégia montada pelo governador Jackson Lago para tentar garantir o reinício das aulas e assim pôr fim à greve de professores, que está no seu 83º dia. A medida não surtiu o efeito esperado, pois a grande maioria dos alunos nem sequer compareceu às unidades de ensino, provavelmente por não acreditar em algo tão improvisado. A situação é tão absurda que em algumas escolas o número de policiais era maior do que o de alunos.

Nem mesmo a idéia – tida como genial – da Secretaria de Estado da Educação (Seduc) de juntar três turmas em uma só para tentar fazer quorum em sala de aula funcionou. Isso porque o contingente de estudantes era tão reduzido que a artimanha não funcionou.

A impressão que ficou mesmo da estratégia malfadada foi a de que o governo está disposto a reprimir as manifestações dos que fazem e apóiam a greve ao melhor estilo da ditadura militar. Parece até que revivemos os anos de chumbo, quando a presença da polícia impunha medo, ao invés de dar sensação de segurança aos cidadãos.

Novo impasse na Polícia Civil

Um novo impasse deve tomar conta da Polícia Civil caso a proposta que está sendo negociada entre delegados e governo seja concretizada. Tudo porque a proposta é bem maior do que a aceita há duas semanas pelos agentes e escrivães para que estes não entrassem em greve. O presidente do Sindicato dos Policiais Civis, Amon Jessen, já avisou que se o governo conceder aos delegados aumento maior na remuneração, a entidade buscará a equiparação e não descartará a possibilidade de uma greve.

Depois de paralisar as atividades por 48 horas, semana passada, e voltar a cruzar os braços desde a manhã de hoje, desta vez por 72 horas, os delegados reivindicam a concessão de auxílio-alimentação de R$ 440,00 mais 9% sobre o valor dos subsídios. Para evitar a greve dos agentes, o governo concordou em pagar um auxílio-alimentação de R$ 365,00 à categoria e um percentual de apenas 5% sobre os subsídios, a serem pagos na próxima folha.

Amon Jessen observa que os direitos são inerentes à atividade policial, independente se a reivindicação parte de agentes ou delegados. “Se o governo concordar em pagar pelo menos R$ 1,00 a mais e aprovar para os delegados um percentual maior que os 5% oferecidos aos agentes, correremos atrás dos nossos direitos”, assinala.

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