Filho acusado de envolvimento na morte do ex-prefeito de Barra do Corda Nenzim será julgado nesta quarta-feira (21)

Mariano Filho em ato político ao lado do pai, Nenzim, de cuja morte teria participado

Está agendado para esta quarta-feira, dia 21 de maio, às 8h30, no Fórum Des. Sarney Costa (Calhau), a sessão de julgamento no 2º Tribunal do Júri de São Luís que tem como réus Manoel Mariano de Sousa Filho (filho da vítima) e Luzivan Rodrigues da Conceição Nunes (autor dos disparos), acusados da morte do ex-prefeito de Barra do Corda-MA Manoel Mariano de Sousa, o Nenzim.

O julgamento será presidido pelo titular da 2ª Vara do Júri, juiz Clésio Coelho Cunha. Vão atuar na acusação os promotores de Justiça Washington Cantanhede e Raimundo Benedito Pinto, e o advogado Misael Mendes Júnior (assistente de acusação).

O crime

O crime aconteceu na manhã do dia 6 de dezembro de 2017, quando ‘Nenzim’ foi assassinado com um tiro no pescoço, na zona rural de Barra do Corda, a 341 quilômetros de São Luís. De acordo com as investigações, no dia do crime, o filho de “Nenzim”, Mariano Filho, estava junto ao pai e não havia mais ninguém no local.

A vítima também era pai do atual prefeito de Barra do Corda, Rigo Teles, que, finalmente, poderá ver o irmão mais novo sentar no banco dos réus.

PF cumpre mandado em São Luís em operações contra fraudes cibernéticas, lavagem de dinheiro e tráfico de drogas

Organizações criminosas teriam movimentado cerca de R$ 210 milhões nos últimos cinco anos

Policial federal cumpre mandado em imóvel de alto padrão, que guardava carro de luxo

A Polícia Federal deflagrou, na manhã desta terça-feira (20/5), duas operações simultâneas, com o objetivo de combater organizações criminosas envolvidas em crimes financeiros, fraudes cibernéticas, tráfico de drogas e lavagem de dinheiro. Ao todo, estão sendo cumpridos 26 mandados de busca e apreensão e 11 mandados de prisão nos estados de Santa Catarina, Paraná, São Paulo e Maranhão. Além das ordens judiciais, a Justiça determinou o sequestro de bens e valores em nome dos investigados, de pessoas interpostas (laranjas) e de empresas ligadas aos grupos criminosos.

As investigações tiveram início com base em informações recebidas pela Rede de Cooperação Internacional em Crimes Cibernéticos, criada em 2023, para fortalecer a cooperação policial internacional. As apurações foram conduzidas em conjunto pela Coordenação de Repressão a Fraudes Bancárias Eletrônicas da Polícia Federal e pelas Delegacias da Polícia Federal em Joinville/SC e Itajaí/SC.

A primeira ação, denominada Operação Cryptoscam, visa desarticulação organização criminosa entre familiares com base em Ponta Grossa/PR. O grupo é investigado por fraudes bancárias e furtos de criptoativos por meio de ataques cibernéticos. As investigações começaram com informações recebidas pelo canal de cooperação internacional acerca de um furto de US$ 1,4 milhão em criptoativos de um cidadão de Singapura. A Polícia Federal suspeita que a organização esteja atuando desde 2010.

Mansão é um dos endereços suspeitos que são alvos da Polícia Federal em operação contra fraudes cibernéticas, lavagem de dinheiro e tráfico de drogas

De acordo com as diligências, a polícia constatou que os envolvidos se mudaram para Balneário Camboriú/SC em 2021, onde passaram a ocultar os valores ilícitos em nome de terceiros por meio de aquisição de imóveis de alto padrão, veículos de luxo e em criptoativos. Os levantamentos estimam que o grupo tenha movimentado cerca de R$ 100 milhões entre 2020 e 2025.

Parte dos investigados também é suspeita de envolvimento em um ataque cibernético que, em 2020, atingiu 150 contas bancárias da Caixa Econômica Federal, vinculadas a 40 prefeituras.

Já a segunda ação, denominada Operação Wet Cleaning, teve como ponto de partida a prisão de uma mulher, apontada como uma das maiores estelionatárias do Brasil, suspeita de aplicar diversos golpes contra a Caixa Econômica Federal. A investigação revelou conexões com indivíduos envolvidos em furto de caixas eletrônicos, fraudes cibernéticas, tráfico de drogas e lavagem de dinheiro.

Relógios, cheques e dinheiro em espécie apreendidos pela Polícia Federal no curso da operação

As investigações apontaram que o grupo estaria utilizando o mercado formal, com empresas nas áreas de construção civil, informática e transporte de cargas, para lavar dinheiro oriundo de atividades ilícitas. Estima-se que a organização criminosa tenha movimentado aproximadamente R$ 110 milhões em criptoativos.

Diante dos fatos, as investigações continuarão com o objetivo de identificar outros envolvidos e aprofundar as conexões nacionais e internacionais das atividades criminosa.

Mandados Judiciais:

– 26 Mandados de Busca e Apreensão 
– 11 Mandados de Prisão
– Cidades: Joinville/SC, Camboriú/SC, Itapema/SC, Piçarras/SC, Poá/SP, Guarulhos/SP, Ribeirão Preto/SP, Ponta Grossa/PR e São Luiz/MA.

Maranhão ganha estação para monitorar abalos sísmicos no Nordeste

A Rede Sismográfica Brasileira (RSBR)coordenada pelo Observatório Nacional (ON/MCTI) com apoio do Serviço Geológico do Brasil (SGB/CPRM), acaba de ser ampliada com a instalação de uma nova estação sismográfica no município de Estreito, no Maranhão. A estação, identificada pela sigla NBES, será operada pelo Laboratório Sismológico da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (LABSIS/UFRN), instituição que integra a RSBR e atua no monitoramento da atividade sísmica na região Nordeste do Brasil.

A instalação foi conduzida pelo geofísico Eduardo Menezes, do LABSIS, e contou com o apoio da Defesa Civil municipal e da Defesa Civil do Estado do Maranhão. A nova estação está localizada nas dependências da Universidade Estadual da Região Tocantina do Maranhão (UEMASUL), fortalecendo o papel das instituições acadêmicas no esforço nacional de vigilância sísmica.

Equipamentos sismográficos instalados na Universidade Estadual da Região Tocantina do Maranhão (UEMASUL)

Segundo o Dr. Sergio Fontescoordenador da RSBR e pesquisador em geofísica do Observatório Nacional, a ampliação da rede é essencial para o aprimoramento do sistema brasileiro de monitoramento sísmico. “A expansão da RSBR aumenta nossa capacidade de detectar eventos sísmicos e fornecer informações rápidas e precisas às autoridades e à sociedade, contribuindo para a segurança e o conhecimento científico”, explica o pesquisador.

No mês de abril, o município de Floriano, no Piauítambém foi contemplado com uma nova estação da RSBR, demonstrando o compromisso contínuo com a cobertura sísmica do território nordestino.

Eduardo Menezes se reúne com Ten. Miranda, Ten. Cel. Walter Junior (coordenador da Defesa Civil Regional MA Sul) e Edneis Alves (Diretor da UEMASUL)

A RSBR é composta por quase 100 estações distribuídas por todo o país e tem como missão monitorar a sismicidade do território nacional, além de gerar dados fundamentais para o entendimento da atividade sísmica e da estrutura interna da Terra. Os dados captados são transmitidos em tempo real via satélite ou internet, armazenados pelas instituições participantes e analisados por sismólogos. Todos os dados gerados pelas estações da RSBR são públicos e podem ser acessados livremente pelo site rsbr.on.br.

Além do LABSIS e do ON, integram a RSBR o Centro de Sismologia da Universidade de São Paulo (USP) e o Observatório Sismológico da Universidade de Brasília (OBSIS/UnB).

Carreta tomba sobre a ponte do Estreito dos Mosquitos, em São Luís

Carreta tombou sobre a ponte do Estreito dos Mosquitos e interditou uma das faixas de acesso à Ilha de São Luís

Uma carreta tombou e interditou uma das faixas de acesso à Ilha de São Luís, na madrugada desta terça-feira, 20 de maio de 2025, na altura do km 24 da BR-135, no início da ponte sobre o Estreito dos Mosquitos, entrada de São Luís/MA.

O veículo envolvido é cavalo trator Volvo/Fh 460 6X2T, branco, placas do estado de Goiás, que tracionava um semireboque.

Policial verifica circunstâncias do acidente para definir medidas de segurança no trecho

O condutor da carreta, um homem de 38 anos de idade, não se feriu.

A combinação de veículos deverá ser destombada e retirada da ponte na manhã desta terça-feira.

Conecta Rota: evento discute turismo sustentável e seguro para polo Lençois e Delta

Em Barreirinhas, evento realizado pelo Sebrae, marca o lançamento do Programa de Sustentabilidade da Rota das Emoções

Mais de 150 pessoas ligadas ao trade turístico prestigiaram evento realizado pelo Sebrae (Fotos: Sebrae/Divulgação)

Com o objetivo de fortalecer o turismo e discutir melhores práticas de sustentabilidade para região, o Sebrae, em parceria com a Instância de Governança Regional (IGR) Lençóis Delta, realizou, em Barreirinhas, o “Conecta Rota – Turismo sustentável e seguro: caminhos para o futuro do Polo Lençóis e Delta”. O evento, realizado no dia 15, no auditório do Gran Lençóis Flat Residence, foi destinado a apresentação de resultados das ações do Sebrae na região, promovendo o compartilhamento de boas práticas e o lançamento do Programa de Sustentabilidade da Rota das Emoções, que promete transformar a paisagem empreendedora e turística do estado.

O “Conecta Rota” foi um momento de conexão entre empresários, comunidades, instituições públicas e privadas, para a troca de experiências, debates e busca de soluções sustentáveis.“O Sebrae e seus parceiros vêm empreendendo em um território extremamente importante para o Maranhão e para o Nordeste. Com o “Conecta Rota” a gente traz reflexões muito importantes sobre temáticas relativas à sustentabilidade dessa região, como a própria segurança do turismo de aventura. A ideia é fazer com que os empresários e todo trade turístico possa refletir e trocar boas experiências, de maneira que a gente possa proporcionar aos turistas que vieram ao Maranhão, uma experiência segura e memorável”, afirmou Flávia Nadler, gestora estadual de Turismo e Cultura do Sebrae Maranhão.

Lançamento – O ponto alto do encontro foi o lançamento do Programa de Sustentabilidade da Rota das Emoções, uma iniciativa construída com base em normas internacionais que propõe uma agenda sustentável voltada para empresas do setor turístico. O programa contempla 12 temas distribuídos em três dimensões fundamentais: ambiental, social e econômica, oferecendo às empresas a oportunidade de se desenvolverem de forma estruturada, consciente e estratégica.

Flávia Nadler fez a mediação do painel “ Rota Sustentável – Turismo seguro e sustentável para o desenvolvimento do território”

“O objetivo desse programa é criar um ciclo virtuoso de transformação dos destinos turísticos, tornando-os mais sustentáveis e preparados para receber visitantes com excelência. As empresas que se destacarem no processo, serão reconhecidas pelo Sebrae ao final do ano, o que contribui para estimular a melhoria contínua e valoriza as boas práticas adotadas pelos empreendedores”, explicou Alexandre Garrido, consultor da área de sustentabilidade e de gestão de turismo.

O evento ainda destacou a gestão da segurança no turismo de aventura, uma preocupação cada vez mais presente em destinos que oferecem experiências imersivas na natureza, como o Parque Nacional dos Lençóis Maranhenses.

“Dentro do nosso planejamento regional, na IGR, temos o tema Segurança como prioridade. Ela está sob nosso guarda-chuva estratégico porque compreendemos que uma operação turística segura é também uma operação sustentável. Vamos permanecer fortalecendo ações como essa do Conecta Rota porque é de extrema importância para o desenvolvimento turístico do polo Lençóis e Delta”, destacou Patrick Araújo, Presidente da Instância de Governança Regional Lençóis e Delta.

Alexandre Garrido faz apresentação do “Programa de Sustentabilidade para a Rota das Emoções”

Case de Sucesso – Durante o evento, o Sebrae Maranhão apresentou os resultados das atividades realizadas durante o último ano na região. O evento contou com a presença do empresário de Ecoturismo e Turismo de Aventura, Bruno Leite, que apresentou o Parque Ecológico Rio Formoso de Bonito, no Mato Grosso do Sul. A ideia foi promover uma troca de experiências entre destinos que já avançaram na pauta e aqueles que ainda estão dando passos importantes rumo à sustentabilidade.

“O parque é case de sucesso para o Brasil e para o mundo. Nós conseguimos conquistar a certificação nacional em “Sistema da gestão da segurança e Turismo de Natureza”, e a certificação internacional em “Lixo Zero”, que leva a empresa a direcionar na economia circular mais de 90% de tudo que produz em resíduos”, disse o empresário.

Gestores do Sebrae Lençóis Munim e do NAE em Barreirinhas destacam resultados alcançados na região em prol do desenvolvimento do turismo

Segundo David Amorim, Gerente da Unidade de Negócios do Sebrae Lençóis Munim, o Sebrae vem assumindo o desafio de liderar a implementação de ações práticas e eficazes de sustentabilidade na Rota das Emoções. “Esse evento representa um marco para o turismo maranhense, porque a gente fez o lançamento do programa de sustentabilidade. Fizemos a conexão de pessoas, empresários e instituições em prol de um movimento que só tem a crescer. O Sebrae tem esse desafio de implementar ações específicas de sustentabilidade no território, principalmente na rota das emoções”, concluiu David Amorim. 

Justiça Federal suspende retirada de bangalôs da Península

Estruturas conhecidas como bangalôs vão permanecer na Península da Ponta d’Areia por decisão da Justiça Federal

A Justiça Federal suspendeu, agora a pouco, na noite desta segunda-feira (19), a decisão que determinava a retirada imediata de bangalôs e estruturas instaladas na praia em frente ao Champs Mall, na Península da Ponta d’Areia, em São Luís. A medida foi concedida pelo desembargador federal Newton Ramos, do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF1), ao analisar recurso apresentado por empresários responsáveis pelos empreendimentos.

Na nova decisão, o magistrado considerou que a remoção forçada das estruturas, sem o esgotamento das possibilidades de composição extrajudicial, representa medida extrema e de difícil reversão. Ele destacou que as empresas operavam com autorização prévia da Secretaria de Patrimônio da União (SPU) e que a negativa de prorrogação do uso do espaço ainda está sendo questionada judicialmente.

O desembargador entendeu que a desocupação imediata poderia provocar impactos sociais e econômicos relevantes, como o fechamento de estabelecimentos, perda de empregos e prejuízos ao turismo e à arrecadação local. A decisão apontou ainda que não houve comprovação de risco ambiental imediato e irreversível que justificasse a retirada emergencial das estruturas, tampouco fato novo que justificasse a revogação de medidas judiciais anteriores que mantinham os espaços funcionando.

O processo original foi ajuizado pelo Ministério Público Federal (MPF), que alegou omissão do poder público em fiscalizar e remover as construções erguidas sobre área de marinha, bem público de uso comum, e que segundo o órgão, ferem normas ambientais e urbanísticas.

Com a nova decisão, ficam suspensos os efeitos da ordem de retirada dos bangalôs até novo posicionamento do TRF1. A Justiça também determinou a comunicação urgente ao juízo de origem e abriu prazo para manifestação das partes envolvidas. O caso segue em análise e aguarda julgamento definitivo do recurso.

Fonte: O Informante

Justiça Federal suspende obras e programa de produção de camarão na Baixada Maranhense

Área destinada à produção de camarão (carcinicultura) na Baixada Maranhense

A Justiça Federal do Maranhão determinou, em decisão liminar proferida no dia 13 de maio de 2025, a suspensão imediata de obras e atos administrativos relacionados ao Programa Estadual PODESCAR I, que previa a expansão da atividade de carcinicultura com espécies exóticas na Baixada Maranhense. 

A medida foi tomada no âmbito da Ação Popular nº 1011269-69.2024.4.01.3700, que tramita na 8ª Vara Federal – Ambiental e Agrária, ajuizada por moradores da região, com o objetivo de evitar danos ambientais e violações aos direitos das comunidades tradicionais.

Segundo a decisão, há indícios de que as intervenções vêm sendo realizadas sem o devido licenciamento ambiental, em áreas legalmente protegidas, como a Área de Proteção Ambiental da Baixada Maranhense, reconhecida internacionalmente como Sítio Ramsar — zona úmida de importância ecológica global. Além disso, o juiz apontou a ausência de consulta prévia, livre e informada às comunidades locais, exigida pela Convenção nº 169 da OIT, da qual o Brasil é signatário.

 O que foi determinado:      

Suspensão imediata das obras viárias nos campos naturais inundáveis da Baixada Maranhense, incluindo a denominada “Estrada do Teso” ou “Travessia da Baixada” e de estrada construída no Município de Anajatuba, enquanto não concluídos estudos de impacto ambiental, licenciamento ambiental e consulta prévia, livre e informada às comunidades quilombolas e tradicionais da região;  

 Suspensão imediata das atividades de carcinicultura na Área de Proteção Ambiental da Baixada Maranhense, até regularização ambiental e consulta às comunidades; 

 Suspensão dos efeitos do Decreto Estadual nº 38.606/2023, que institui o PODESCAR I;  

 Proibição de novos licenciamentos ou dispensas para projetos de grande impacto ambiental na região; 

 Inclusão do IBAMA como parte necessária no processo, diante de sua atribuição legal de fiscalização ambiental federal. 

 A decisão visa evitar danos irreversíveis ao meio ambiente, enquanto o processo estiver em tramitação. 

 A Justiça Federal do Maranhão reafirma o seu compromisso com a proteção ambiental, os direitos das comunidades tradicionais e o cumprimento da legislação nacional e internacional em vigor.

Prefeitura de São Luís é condenada a restaurar três prédios históricos

Um dos imóveis que devem ser reformados é a antiga Fábrica Cânhamo, na Rua de São Pantaleão, no bairro Madre Deus

Três Ações Civis Públicas propostas pelo Ministério Público do Maranhão, em dezembro de 2024, resultaram na concessão de medidas liminares que determinam à Prefeitura de São Luís que adote medidas para resguardo de imóveis públicos de propriedade do Município e que são tombados pelo decreto estadual nº 10.089/1986. Os imóveis estão localizados nas Ruas do Sol e de São Pantaleão, no Centro de São Luís.

As Ações são resultado da fiscalização permanente que a 1ª Promotoria de Justiça de Meio Ambiente, Urbanismo e Patrimônio Cultural de São Luís realiza, desde 2019, em todos os imóveis de propriedade do Município de São Luís e do Estado do Maranhão que se encontram no perímetro tombado pelo Decreto Estadual nº 10.089/1986.

Um desses imóveis é a antiga Fábrica Cânhamo, na Rua de São Pantaleão, no bairro Madre Deus. Inspeções realizadas pela Promotoria apontaram que o imóvel, que é um bem público de uso especial, estava em estado de abandono, com péssima conservação de sua estrutura e escoras em paredes e na chaminé. Além disso, havia grande acúmulo de resíduos sólidos e parte do muro lateral foi derrubado, permitindo a entrada de pessoas e animais no local.

Foi verificado, ainda, que o imóvel era ocupado por uma empresa privada de fabricação de placas e por um grupo de artesãs.

Diante dos fatos, ofícios foram enviados ao prefeito, Eduardo Braide, e à Fundação Municipal de Patrimônio Histórico (FUMPH) em 21 de março de 2024 e reiterados em 6 de maio do mesmo ano. Não houve resposta da administração municipal. Nova vistoria verificou a continuidade da situação, em 3 de setembro do ano passado, quando também foram encontrados banheiros químicos na parte externa do imóvel.

“Os dois pareceres técnicos demonstram que, apesar da especial proteção recebida pelo imóvel integrante do Patrimônio Cultural da Cidade de São Luís, o Município se mantém omisso diante do estado de abandono e deterioração do imóvel”, observa, na Ação, o promotor de justiça Luis Fernando Cabral Barreto Júnior.

Na liminar da última quinta-feira, 15, o juiz Francisco Soares Reis Júnior, respondendo pela Vara de Interesses Difusos e Coletivos, determinou prazo de 15 dias para que sejam adotadas medidas emergenciais de contenção, isolamento e proteção da edificação, evitando o agravamento da situação e garantindo a segurança da coletividade.

No mesmo prazo deverá ser apresentado plano de ação com cronograma detalhado de restauração do imóvel, incluindo as etapas da obra, previsão orçamentária e medidas de fiscalização e segurança. Em cinco dias deverão ser removidos os resíduos sólidos e banheiros químicos existentes no local, dando a destinação final adequada aos materiais.

Prédio histórico que obrigou a antiga Fábrica Cânhamo precisa de intervenções estruturais urgentes

Em 30 dias, a Prefeitura de São Luís deverá proceder a remoção de todas as ocupações irregulares no imóvel, assegurando o acompanhamento técnico das equipes de assistência social e da FUMPH, preservando a integridade do bem tombado e os direitos dos ocupantes eventualmente vulneráveis.

A Prefeitura também deverá informar mensalmente o andamento das providências adotadas. Em caso de descumprimento de qualquer das determinações, foi estabelecida multa diária de R$ 5 mil, limitada inicialmente a R$ 150 mil.

RUA DO SOL

Os dois outros imóveis que resultaram na concessão de medidas liminares estão localizados na Rua do Sol, também no Centro da capital. Um deles, de número 524, pertence à Secretaria Municipal de Educação (Semed). Além de uma série de danos, foi identificado que há pelo menos três famílias vivendo no local.

Além do patrimônio cultural e do patrimônio público municipal, a situação também coloca em risco a vida e integridade física das pessoas que habitam o imóvel e daqueles que transitam pela calçada.

Na liminar, datada de 14 de maio, a Vara de Interesses Difusos e Coletivos de São Luís determinou prazo de 15 dias para que a Prefeitura adote medidas emergenciais de contenção, isolamento e proteção do prédio e apresente o cronograma detalhado de medidas para restauração e conservação do local.

Em até 30 dias deverá ser feita a desocupação do imóvel, com acompanhamento da equipe técnica de assistência social e a adoção de providências para evitar o desamparo habitacional das famílias.

Também nesse caso, a Prefeitura de São Luís deverá informar mensalmente sobre as providências adotadas. Em caso de descumprimento de qualquer das determinações, foi estabelecida multa diária de R$ 5 mil, limitada a R$ 150 mil.

Já o imóvel localizado no número 660 da Rua do Sol, que foi a sede da própria Fundação Municipal de Patrimônio Histórico, está abandonado, com algumas janelas fechadas com tapumes e mobiliários inutilizados amontoados em uma área externa existente atrás do imóvel.

Um dos prédios da Rua do Sol que devem ser recuperados pela Prefeitura de São Luís por decisão da Justiça

“Imóveis de valor cultural, quer seja por conta de sua arquitetura ou vinculação a fatos históricos, não podem ser demolidos e nem abandonados à deterioração e destruição”, argumenta Fernando Barreto.

Nesse caso, assim como nos demais, o Ministério Público notificou o prefeito de São Luís e a FUMPH, mas não teve resposta.

A liminar concedida pelo juiz Francisco Soares Reis Júnior, em 14 de maio, estabelece prazo de 15 dias para a adoção das medidas emergenciais para garantir a segurança e a estabilidade do imóvel, impedindo o agravamento da deterioração e o risco de desabamento do prédio. De 15 dias também é o prazo para a apresentação do cronograma de recuperação estrutural do bem, com previsão de recursos, etapas a serem cumpridas e prazo estimado para o início das obras.

Também nesse caso, foi determinada a comunicação mensal sobre as providências adotadas. Em caso de descumprimento de qualquer dos itens da liminar, o magistrado determinou multa diária de R$ 5 mil, limitada inicialmente a R$ 150 mil.

OUTROS CASOS

Outro imóvel do Município de São Luís, do antigo Orfanato Santa Luzia, localizado na Rua Oswaldo Cruz, teve ação julgada procedente em agosto de 2023. O caso aguarda o julgamento de apelação pelo Tribunal de Justiça do Maranhão.

Houve também uma Ação Civil Pública movida contra o Estado do Maranhão, que gerou a restauração de imóvel na esquina das ruas Rio Branco e dos Afogados, e outras que resultaram em restaurações na Rua da Inveja e Rua de Santaninha (ainda em andamento), promovidas por particulares.

De acordo com o promotor Fernando Barreto, em 2023 mais de 20 proprietários de imóveis particulares que se encontram desocupados e com aparente abandono foram notificados judicialmente, resultando em restaurações.

Deputado Wellington e Lahesio Bonfim se reúnem com lideranças durante o Agrobalsas

O deputado estadual Wellington do Curso com Lahesio Bonfim e liderança ligado ao agro durante o Agrobalsas

Durante a programação da Agrobalsas, o deputado estadual Wellington do Curso e o pré-candidato ao Governo do Maranhão Lahesio Bonfim, ambos do Partido NOVO, se reuniram com lideranças políticas, sindicais e representantes do agronegócio na região sul do estado. A visita reforça o compromisso com o desenvolvimento do setor produtivo e com o diálogo direto com quem movimenta a economia maranhense.

O Agrobalsas é considerado o maior evento de agronegócio do Maranhão e reúne produtores rurais, investidores, técnicos e lideranças políticas. A presença de Wellington e Lahesio na feira evidencia a preocupação com políticas públicas voltadas à agricultura, infraestrutura e incentivos para os produtores.

“Ao lado do médico Lahesio Bonfim, pré-candidato ao governo pelo NOVO, reafirmamos nosso compromisso com os maranhenses que vivem da terra e enfrentam tantas dificuldades. Aqui vemos de perto o esforço de empresas, produtores e trabalhadores que investem, geram empregos e fazem a economia girar, mesmo enfrentando tantos desafios. Nosso mandato está ao lado de quem produz, de quem gera renda e acredita no potencial do nosso estado para crescer com liberdade, empreendedorismo e respeito. Seguimos firmes na luta por investimentos, estradas em boas condições e toda forma de incentivo”, destacou o deputado Wellington.

Associação Comercial do Maranhão passa a integrar o Conselho da Cidade de São Luís (Concid)

Antonio Gapar, o sexto da esquerda para direita da foto, será membro titular do Conselho da Cidade de São Luís (Concid)

A Associação Comercial do Maranhão (ACM) passa a integrar o Conselho da Cidade de São Luís (Concid), que é um órgão colegiado de natureza deliberativa e consultiva, de caráter permanente, que reúne representantes do poder público e da sociedade civil.

Os membros do Concid têm como missão propor, discutir e deliberar sobre as diretrizes para a formulação e implementação da política de desenvolvimento urbano e rural da capital maranhense, acompanhar e avaliar a sua execução com participação autônoma e organizada de todos os seus integrantes.

O Concid, criado pela Lei Orgânica do Município de São Luís e pela Lei nº. 4.611/2006, é vinculado à Secretaria Municipal de Planejamento e Desenvolvimento do Município de São Luís.

De acordo com o presidente da ACM, Antonio Gaspar, que será membro titular do Conselho, esta é mais uma grande oportunidade para colaborar diretamente na construção de uma cidade mais justa, sustentável e equilibrada: “A troca de ideias com demais representantes de diferentes setores e a possibilidade de influenciar nas decisões que impactam o cotidiano dos cidadãos reforçam o compromisso da nossa entidade com o progresso da nossa capital. Além disso, esse espaço de diálogo, planejamento e deliberações é mais um pilar de fortalecimento para a nossa gestão, pois poderemos promover ações mais integradas que visam o bem-estar de toda a população da nossa capital”, destacou.

Lembrando que, além de Antonio Gaspar, o empresário e vice-presidente da ACM para Assuntos da Construção Civil, Infraestrutura e Imobiliários, Mario Túlio ocupará a vaga de suplente representando a entidade empresarial no Concid.

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