Após ordenar prisão arbitrária, subsecretário do Sistema


Penitenciário recua e apela à Justiça para soltar detento

O subsecretário do Sistema Penitenciário, delegado Sindonis Cruz (foto), está suando a camisa para tirar da Penitenciária de Pedrinhas o detento Geovane Silva Santos, que alega ter sido torturado e preso arbitrariamente há 19 dias, sob a acusação de arrombar a casa de uma servidora da Secretaria de Segurança Cidadã (Sesec), na Cidade Operária, durante a Semana Santa.

Depois de ter percebido a bobagem que cometeu ao mandar prender o acusado com base apenas em depoimento da vítima, sem respaldo da Justiça, Sindonis agora apela à Vara de Execuções Penais para liberar o detento. Por sua vez, o juiz Jamil Aguar, titular da vara, quer esclarecer as circunstâncias da prisão, o que pode complicar o subsecretário.

Segundo uma fonte de dentro do Complexo Penitenciário de Pedrinhas, Geovane, que cumpre pena em regime condicional após ter sido condenado por assalto, foi beneficiado com saída temporária de Páscoa. Quatro dias depois, foi abordado por homens em um carro descaracterizado, que o apontaram como o autor do arrombamento da casa da servidora da Sesec.

Segundo o acusado, ao entrar no veículo, ele passou a ser vítima de uma sessão de torturas. Em seguida, foi levado à Delegacia Especial da Cidade Operária (Decop) para prestar depoimento. A condução foi feita por uma guarnição da Força Nacional e não por aqueles que o prenderam, o que levou Geovane a suspeitar que seus agressores não eram policiais.

Depois de prestar depoimento e ser coagido até confessar o crime, o acusado foi encaminhado à Penitenciária de Pedrinhas pela mesma guarnição da Força Nacional. Ao verificarem que não havia mandado judicial para recolher o detento, os agentes penitenciários se recusaram a recebê-lo.

Nesse momento, entrou em cena o subsecretário Sindonis Cruz, que ordenou aos subordinados que recolhessem Geovane ao presídio. Sem ter como contestar, os agentes cumpriram a determinação, mesmo sabendo que não era o correto.

Agora, temendo as possíveis conseqüências do ato arbitrário que cometeu, o delegado tenta desfazer o erro apelando à Justiça, mas pode encontrar pela frente um juiz disposto a esclarecer o fato.

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