Eurídice arregimenta populares


para aplaudir cadeião privatizado

Fotos: Paulo Soares

Populares aplaudiram cadeião na inauguração…


…enquanto vigilantes ficaram a postos em celas

Teve de tudo na inauguração do Centro de Detenção Provisória de Segurança Provisória, o popular cadeião, ocorrida no final da manhã de hoje, em Pedrinhas. Discursos pouco convincentes do governador Jackson Lago e de aliados de ocasião em defesa da secretária Eurídice Vidigal, protesto de agentes penitenciários contra a terceirização do presídio e um sol escaldante, que deixou incomodados todos os presentes, marcaram a solenidade. Mas o que chamou mesmo atenção foi a claque arregimentada pelo governo para aplaudir o cadeião.

Portando faixas e cartazes com mensagens de agradecimento pela construção do presídio, um pequeno grupo de populares bateu palmas para o governador e para a secretária do início ao fim da solenidade. A claque teve acesso às dependências do cadeião, dando a impressão de que seus integrantes tiveram o respaldo das autoridades de segurança para fazer o elogio público.

A manifestação de contentamento dos gatos pingados que se dispuseram a defender o empreendimento carcerário vai na contramão da opinião da maioria. Em toda São Luís e especialmente nos bairros onde a Secretaria de Segurança tentou executar o projeto, o cadeião foi sumariamente rejeitado. A própria comunidade de Pedrinhas se insurgiu contra a instalação do presídio próximo às suas casas. É estranho que na inauguração da unidade prisional apareçam pessoas querendo mostrar o oposto.

O modelo de gestão do cadeião, cuja administração ficará a cargo de uma empresa de segurança privada, também foi reprovado pela maioria da população. Os mais descontentes são agentes e inspetores penitenciários, que vêem a terceirização como um artifício do governo para não realizar concurso público. Por sinal, a secretária Eurídice Vidigal foi indagada sobre a realização do seletivo. Sem saber o que dizer, ela passou a bola para o secretário adjunto do Sistema Penitenciário, Sindonis Cruz, que alegou entraves burocráticos para a realização imediata do concurso.

Mesmo diante de tamanha impopularidade, Jackson, Eurídice e cia. bateram o martelo e hoje vêem seu projeto concretizado. Para eles, não importa a opinião contrária da maioria, desde que seu seleto grupo se beneficie.

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