Sesec descumpre acordo judicial e abre sindicância contra servidora que participou da greve da segurança

A Secretaria de Segurança Cidadã descumpriu o acordo judicial que pôs fim à última greve de policiais civis, agentes penitenciários e peritos criminais, que durou 43 dias. Em um dos itens do acordo, referendado pelo juiz Itaércio Paulino da Silva, da 3ª Vara da Fazenda Pública, a Sesec havia se comprometido a não fazer retaliações ou lançar faltas referentes aos dias parados e a não abrir processos administrativos relacionados à greve.

Ignorando o compromisso, a secretaria abriu sindicância administrativa disciplinar para apurar responsabilidade funcional da agente de saúde pública Liana Mara Ribeiro Furtado, lotada na Casa de Detenção, com base no memorando nº 367/2008, da Supervisão da Penitenciária de Pedrinhas, publicado no Diário Oficial do Estado.

Segundo a acusação, no dia 16 de junho, por volta das 9h, Liana teria entrado, mais uma vez, na penitenciária sem autorziação superior para convocar servidores administrativos que trabalhavam na área de segurança do presídio para aderir ao movimento grevista. 

No processo, a servidora é acusada de ter dito aos colegas que não temessem a direção, pois o diretor não mandava na cadeia, proferindo ainda palavras ofensivas ao supervisor Hamilton Assunção Louzeiro, na presença de agentes penitenciários, presos e familiares de presos.

A denúncia feita contra a servidora requer uma apuração rigorosa, já que o relato é de uma conduta reprovável. No entanto, isso não dá o direito à Sesec de passar por cima de um acordo firmado sob o olhar vigilante da Justiça. 

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