Após fuga de 30 presos, Eurídice limita poderes de diretor da penitenciária de Timon

timon1.jpgDepois das duas fugas em massa registradas nos últimos dias 24 e 26 de setembro na Penitenciária Jorge Vieira, em Timon, a secretária de Segurança Cidadã, Eurídice Vidigal, determinou, por meio de portaria, que a gestão do presídio seja compartilhada entre a atual direção do presídio e a Polícia Militar. A alegação é de que o pequeno efetivo de agentes penitenciários e a superlotação na unidade prisional – que acarreta uma considerável movimentação de presos para encaminhar às audiências judiciais e aos atendimentos hospitalares – favorecem não só as fugas, mas também a revolta dos detentos, o que pode resultar em rebeliões.

Para assumir a co-gestão, foi designado o capitão PM Hudson Carneiro Vieira. Ele cuidará exclusivamente das funções de segurança da unidade prisional, enquanto o atual diretor, Amaury de Oliveira Chaves, ficará encarregado da parte administrativa. Sendo assim, caberão ao militar a movimentação de presos (entre celas e escoltas), elaboração das escalas de serviço de militares e agentes penitenciários, revistas e inspeções nas instações físicas do presídio, revistas de visitantes e familiares e todos os atos que envolvam a segurança da unidade e do detento. 

Ao atual diretor restarão atribuições como expedição de atestados, ofícios junto às instituições judiciárias e ao Ministério Público, encaminhamentos a hospitais, atendimentos a familiares, atendimento aos benefícios do preso e a incidentes ocorridos na execução da pena e todos os atos ligados à administração da penitenciária.

Em primeira análise, a medida soa como uma estratégia que pode ser eficaz para a manutenção da ordem no presídio. Porém, uma observação mais atenta permite perceber o pequeno grau de confiança da secretária Eurídice Vidilga secretária em relação aos agentes penitenciários.    

Jackson apresenta como novidade modelo de gestão copiado do governo Roseana

modelo-gestao.jpgDepois de quase dois anos no poder, o governador Jackson Lago decidiu descentralizar sua gestão, por meio da divisão do Maranhão em 32 regiões de planejamento. Para anunciar a medida, ele reuniu, no último dia 9, parte do seu secretariado no seminário “Descentralização e Desenvolvimento Regional”. No evento, o projeto foi detalhado exaustivamente, inclusive com o anúncio da implantação, ainda este mês, das três primeiras regiões. Em meio à intensa discussão, só não foi mencionado que a medida representa tão somente a retomada de um modelo implantado com êxito nos dois mandatos de Roseana Sarney e que foi desmontado pelos dois gestores que a sucederam.

A gestão baseada nas gerências regionais, tão bem implementada por Roseana, foi considerada uma revolução no âmbito da administração pública em todo o país. Ao constatar o sucesso do modelo, governadores de outros estados seguiram o exemplo. Um dos aspectos positivos da regionalização era o fato de o gerente responsável por cada pólo retransmitir de forma precisa à então governadora as carências de cada município.

Ao fazer uso desse instrumento, Roseana conseguia ter a exata dimensão dos problemas do Maranhão e levavas aos municípios exatamente as melhorias que o povo necessitava. Também de forma revolucionária, a ex-governadora fazia com freqüência incursões pelo interior, no bem-sucedido “Governo Itinerante”. Nessas ocasiões, conversava com os prefeitos e não deixava de ouvir diretamente o povo, em uma verdadeira lição de como um gestor deve agir.

Portanto, a descentralização que será promovida por Jackson Lago representa tão somente a reedição de um modelo já testado e aprovado. Anunciá-la como novidade é um gesto desprovido de honestidade e é uma prova do quanto o rancor político alimentado pelo governador pode compromenter o desenvolvimento do Maranhão.

A diferença da descentralização promovida por Roseana e a que está sendo projetada por Jackson é puramente temporal. Oxalá que a distinção entre o modelo atual e seu antecessor seja apenas essa e que a incompetência que tem marcado o presente não se sobreponha aos bons resultados alcançados no passado.

Foto: Secom do Governo do Estado     

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