Cassação: Jackson acusa golpe, mas evita se expor ao povo
O governador Jackson Lago perdeu, ontem, durante a missa campal em louvor a Nossa Senhora da Conceição, no Aterro do Bacanga, uma grande chance de testar sua popularidade em São Luís. Mais ainda: de saber se o povo da capital deseja sua permanência no Palácio dos Leões às vésperas do julgamento, no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), cujo desfecho pode ser a sua cassação. Mesmo classificando como golpe o processo no qual é acusado de comprar votos para se eleger ao governo, em 2006, ele evitou comparecer à celebração, que reuniu dezenas de milhares de fiéis.
Em vez de dar as caras e sentir o apoio que pensa ainda ter do povo, Jackson preferiu manter-se recolhido e mandou apenas a primeira-dama Clay Lago à missa. Para um governante que alega inocência e se autoproclama o libertador do Maranhão, uma eventual – mas improvável – manifestação de apoio no maior evento religioso do estado poderia dar ânimo novo em meio à turbulência.
O certo é que o governador está atordoado ao ver se concretizar a cada dia o pesadelo da perda do mandato. Ciente de que sua aprovação popular já não é mais a mesma dos tempos em que se elegeu três vezes prefeito de São Luís e que o consagrou nas urnas há dois anos, ele evita aparições públicas. Talvez seja esse o artifício que o faz alimentar a esperança de que continuará no cargo.
Foto: Secom do Governo do Estado
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