16 de janeiro de 2009
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Uma fonte bem situada no sistema de segurança pública garantiu a este blog que a paralisação de dois dias iniciada ontem pelos delegados da Polícia Civil é pura fachada. Para justificar sua tese, a fonte argumenta que o atual presidente da Associação dos Delegados (Adepol), Marcos Afonso Jr. (foto), é aliado incondicional da secretária de Segurança Cidadã, Eurídice Vidigal, com influência até para indicar nomes para ocupar cargos na pasta. Por isso, a pseudo mobilização seria apenas um artifício adotado por ele para passar a impressão de que está disposto a bater de frente com a chefa.
Nada mais mentiroso, de acordo com o informante. Ele alega que a paralisação de 48 horas foi a maneira encontrada por Marcos Afonso de mostrar aos colegas que está insatisfeito com o descumprimento do acordo judicial firmado com o governo, em 2007, que prevê a isonomia entre delegados e procuradores do Estado.
A fonte alega que se a paralisação de dois dias soa como um grito de protesto da categoria contra a enganação do governo, não chega a desagradar de todo a secretária. O informante observou que se estivesse mesmo disposto ao embate, o presidente da Adepol teria proposto uma greve por tempo indeterminado. E foi além: disse que a decisão de parar foi previamente acertada entre a direção da entidade e a cúpula da Sesec.
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