A convite, mulher de senador cassado do Amapá virá a São Luís no dia do julgamento de Jackson

capiberibe.jpgA deputada federal Janete Capiberibe (na foto, ao lado do senador cassado João Capiberibe, seu marido) será uma das convidadas de honra do governador Jackson Lago na próxima quinta-feira, dia em que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) retomará o julgamento do recurso que pede a cassação do mandato do pedetista e do seu vice, Luiz Carlos Porto. A parlamentar do PSB assistirá ao júri ao lado de Jackson, na área em frente ao Palácio dos Leões, onde mais uma vez foi montado o acampamento batizado de “Balaiada”.

Cassada em 2004, junto com o marido, o senador cassado João Capiberibe (PSB), sob a acusação de compra de votos na eleição de 2002, ela agora prestará solidariedade ao governador maranhense, mantido no cargo desde o ano passado na condição de sub judice. Profunda conhecedora do assunto, a deputada dará uma espécie de apoio moral a Jackson Lago, que hoje embarcou para São Paulo após sentir um leve mal-estar, segundo informaram fontes próximas a ele.

Cassação 

A cassação do casal Capiberibe foi baseada em dois eventos. No primeiro, a apreensão, na véspera da eleição de 2002, de material de campanha e de R$ 15.495 na residência de uma militante do PSB, Eunice Bezerra de Paula, no bairro Perpétuo Socorro, de Macapá. Segundo a acusação, a verba seria destinada à compra de votos. Ao se defender, na época, a deputada alegou que o dinheiro se destinava ao custeio de transporte, alimentação e remuneração de fiscais que atuariam no dia do pleito. O outro evento foi o testemunho de Maria de Nazaré da Cruz Oliveira e Rosa Saraiva dos Santos, que disseram ter recebido R$ 26 cada uma em troca de seus votos nos candidatos do PSB.

Apesar da cassação, Janete Capiberibe foi eleita novamemente em 2006, quando obteve a maior votação para deputada federal no Amapá. Na época, mantinha, junto com o marido, ligação quase umbilical com o então governador do Maranhão, José Reinaldo Tavares, seu colega de partido. Por coincidência, o mesmo José Reinaldo figura na denúncia que embasa o pedido de cassação de Jackson Lago como o principal financiador da campanha que levou o pedetista ao Palácio dos Leões. 

Os fatos mostram que a presença da deputada amapaense em um momento tão delicado para o governador maranhense é bastante sugestiva. 
 

Farsa: militantes foram pagos para participar de carreata pró-Jackson

propina.jpgAos poucos, ganha mais consistência a versão de que não passou de uma farsa a carreata realizada neste domingo por supostos membros do Movimento dos Sem-Terra (MST) em apoio ao governador Jackson Lago, que na próxima quinta-feira terá seu destino decidido pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Depois da estranheza causada pela presença de vários carros de luxo no cortejo, surge agora a informação de que muitos dos pseudo-militantes que percorreram São Luís a bordo dos veículos foram pagos para participar do ato.

Um forte indício do embuste veio à tona com as declarações de um dos supostos ativistas. Quando a carreata passava pela avenida Luiz Rocha, no bairro Monte Castelo, o homem decidiu entrar em uma mercearia para comprar cigarros e refrigerantes. Indagado pelo comerciante sobre o motivo da manifestação, ele disse que era um ato em defesa do governador, mas revelou que só participou porque recebeu dinheiro para estar ali. “Na verdade, não importa o motivo. O que interessa é que eu recebi”, declarou, sem revelar a quantia e o nome da pessoa que o pagou.

O falso ativista foi além e fez um comentário que em nada agradaria ao governador e aos seus seguidores. Sem cerimônia, ele disse que seu desejo é que “Jackson seja cassado, pois não está fazendo nada em benefício do povo do Maranhão”.    

Sesec abre processo contra policiais por ameaça, tentativa de homicídio e homicídio

violencia2.jpgPor meio de sua Corregedoria, a Secretaria de Segurança Cidadão abriu três processos disciplinares para investigar o envolvimento de três policiais em casos de agressão e tentativa de homicídio, em São Luís e Barreirinhas, e um assassinato, cometido no interior de uma delegacia, em Caxias. Os crimes aconteceram ano passado.

O primeiro processo, aberto por meio da Portaria nº 002/2009, apura supostas agressões cometidas pelo comissário de Polícia Civil Jaime Santos de Faria contra o camelô Cosmo Ferreira da Conceição, em 23 de janeiro do ano passado, na rua Oswaldo Cruz, em frente ao antigo Cine Passeio. Na ocasião, segundo os autos, Jaime teria pedido ao ambulante a troca de dois DVDs piratas que havia comprado dele três dias antes, alegando que os mesmos não funcionaram adequadamente. O policial teria abordado o camelô em tom agressivo, insultando-o, empurrado-o e, por último, sacando e engatilhando uma arma de fogo. Por seu ato, o comissário pode ser enquadrado por “comportamento incompatível com a dignidade da função policial”. A investigação do caso está a cargo de uma comissão presidida pelo delegado Francisco Lucas Neto.

Outro policial alvo de processo é o agente Mizael Leal Dias, indiciado em inquérito policial por ter atentado contra a vida de Aroldo Pires da Conceição, crime ocorrido em avenida Rodoviário, bairro Cidade Nova, em Barreirinhas, no dia 19 de agosto do ano passado, por volta das 22h30. O agente participava de uma festa de aniversário em uma residência quando se desentendeu com a vítima. Após discussão, sacou uma pistola Taurus, de propriedade da Secretaria de Segurança Cidadã, e atingiu o rival com um tiro no abdômen. Aroldo foi encaminhado a um hospital local e posteriormente foi transferido para o Socorrão II, em São Luís, onde foi submetido a cirurgia. A comissão que apura o caso é presidida pelo delegado Mauro Costa da Rocha.

O caso mais grave, um homicídio, ocorrido em 17 de setembro de 2008, tem como acusado o agente Vilamar Alves, lotado no 1º Distrito Policial de Caxias. De acordo com o inquérito instaurado para investigar o fato, o agente matou Eugênio dos Santos com três tiros depois que este entrou na delegacia, portando uma chave de fenda, em atitude suspeita. Com o auxílio de um colega, Vilamar ordenou que ele se retirasse do local. Em vez de sair, Eugênio investiu contra o policial e foi alvejado nas pernas. A vítima morreu horas depois devido à gravidade dos ferimentos. A comissão que investiga o caso também é presidida pelo delegado Maurco Costa da Rocha.  

     

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