Propina estaria agilizando pagamentos a credores da Secid
Após a cassação do governador Jackson Lago (PDT) pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) por compra de votos e abuso de poder econômico, várias situações suspeitas estão acontecendo em praticamente todos os órgãos da administração estadual. Em boa parte dos casos, as denúncias partem de dentro das próprias repartições. Uma das mais recentes refere-se à cobrança de propina por servidores comissionados em troca da liberação de pagamentos na Secretaria Estadual de Cidades, Infraestrutura e Desenvolvimento Regional Sustentável (Secid).
De acordo com uma fonte com livre trânsito na pasta, os valores extorquidos variam de R$ 100 a R$ 500. O informante, que se disse horrorizado com a prática, afirmou que a entrega do dinheiro aos funcionários é garantia certa da liberação de processos referentes à quitação de débitos da Secid com seus fornecedores e prestadores de serviço. O denunciante assegura que todos os servidores envolvidos na negociata são lotados no gabinete da secretária Telma Pinheiro e que a maioria é evangélica, assim como a chefa.
Por sua gravidade, a denúncia, se comprovada, é capaz de causar efeito devastador a qualquer gestão. Naquelas pautadas pela seriedade, desencadearia, de imediato, uma apuração criteriosa e, conseqüentemente, a punição dos eventuais culpados. Resta saber se isso se aplica ao atual governo. Com a palavra, Jackson Lago e Telma Pinheiro.
Comentários