Secretária abre sindicância para apurar sumiço de processos da Sema na gestão de Othelino Neto

othelino-neto.jpgA secretária estadual de Meio Ambiente, Telma Thomé Travincas, determinou a abertura de sindicância para investigar a perda de processos que tramitavam na pasta durante a gestão do ex-secretário Othelino Neto (2002-2008), atual secretário de Governo do prefeito João Castelo (PSDB). Os processos tratam de crimes ambientais praticados em São Luís e em Grajaú e desapareceram inexplicavelmente dos arquivos da pasta.

Um dos processos, de número 691/08, apurava a mortandade de peixes no rio Anil, o maior da Ilha de Sao Luís. Os outros dois, de números 5.392/07 e 4.612/07, referem-se ao represamento do riacho Grande com a construção de diversas tapagens, o que acarretou a mudança do curso do curso d’água e o seu assoreamento. O crime aconteceu na fazenda Bonito, em Grajaú.

O desaparecimento dos processos é uma prova da negligência que imperava na Sema sob o comando de Othelino. Devido à gravidade dos crimes ambientais praticados, o mínimo que se esperava do órgão era a punição severa dos culpados, na forma de pesadas multas. Por isso, a sindicância deverá se empenhar para descobrir o real motivo do sumiço.  

A sindicância poderá ter três desfechos distintos: o arquivamento dos processos, a aplicação da penalidade de advertência, repreensão ou suspensão do(s) resposável(is) por até 30 dias ou ainda a instauração de processo disciplinar. O prazo para a conclusão dos trabalhos é de 30 dias e pode ser prorrogado por igual período.

A iniciativa da secretária é válida, mas é possível que não tenha efeito prático. Isso porque o verdadeiro culpado pode estar longe do alcance de qualquer apuração em âmbito administrativo ou disciplinar da pasta.     

Após ser exonerado, ex-controlador do Detran assumiu alto cargo na Euromar

ronaldo-campos.jpgControlador do Detran na gestão do ex-diretor-geral Fernando Palácio, o capitão Ronaldo Campos (foto) foi contratado para uma função de liderança na Euromar tão logo foi exonerado do cargo, no início de janeiro. Militar com vários anos de serviços prestados à autarquia, Campos era apontado como “homem de confiança” do empresário Alessandro Martins quando atuava no órgão de trânsito.

Hoje, é lotado na filial da concessionária no Shopping do Automóvel, na avenida dos Holandeses, Calhau. Do seu escritório, supervisiona uma equipe de vendedores de veículos e faz outros despachos para o chefe. A revelação foi feita por uma fonte de dentro do próprio Detran.

A informação faz todo sentido. Como controlador do órgão, Campos tinha poder suficiente para operar o esquema de sonegação descoberto pelo Ministério Público do Maranhão e que hoje está sob investigação, também, da Polícia Civil e da Polícia Federal. Por isso, é no mínimo estranho que, até o momento, apenas funcionários de cargos menores sejam acusados.

Enquanto a culpa é atribuída somente aos pequenos, o mentor da trama pode estar por aí, livre, leve, solto e impune.      

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