Assim como maioria das obras de Jackson, reforma da Biblioteca Benedito Leite será feita sem licitação
O governador Jackson Lago usou novamente o artifício da emergência para fugir do processo licitatório em uma grande obra de sua gestão. Depois da ponte José Sarney (São Francisco), da avenida Litorânea, Castelão, entre outras, agora é a vez da Biblioteca Pública Benedito Leite, que terá sua estrutura física recuperada por uma empreiteira escolhida ao bel prazer do esquema jackista. Há algumas semanas, o prédio está cercado por tapumes e o acesso dos usuários foi deslocado por uma das laterais do imóvel.
O novo decreto emergencial, de nº 25.225, foi publicado no Diário Oficial do Estado no último dia 30. No documento, assinado por Jackson Lago, pelo chefe da Casa Civil, Aderson Lago, e pela secretária de Cidades e Infra-Estrutura, Telma Pinheiro, é alegado o estado de degradação e instalações elétricas do prédio. Para reforçar seu argumento, o governador enfatiza que o imóvel só foi reformado uma vez desde a sua inauguração, há quase 180 anos.
Ele invocou ainda uma suposta preocupação com o acervo histórico do estado ao ressaltar a “urgente necessidade de recuperação deste patrimônio cultural do Maranhão, evitando risco a centenas de pessoas que visitam o prédio diariamente”.
O estado de emergência terá duração de 90 dias. Nesse período, o governo está livre para contratar sem licitação qualquer construtora para reformar a biblioteca. Considerando que Jackson poderá ser afastado do cargo nos próximos dias, pode-se presumir que a escolha obedecerá a critérios nada convencionais.
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