Assim como Jackson, prefeito balaio de João Lisboa pode perder o mandato
O prefeito reeleito de João Lisboa, Emiliano Menezes (PDT), pode perder o mandato, assim como seu aliado e mentor político, Jackson Lago. Ele responde a processo no Ministério Público Eleitoral sob a acusação de manter um caixa dois durante a campanha que o conduziu ao cargo, em outubro do ano passado. O prefeito foi denunciado, também, por suposto abuso de poder econômico e arrecadação indevida de recursos para financiar gastos de campanha.
Adversários relatam alguns fatos que, segundo eles, comprovam as ilegalidades cometidas por Emiliano para vencer a eleição. Em julho de 2008, ele ocupava o terceiro lugar na preferência do eleitorado do município, de acordo com pesquisas de intenção de voto realizadas na época. Em setembro, o prefeito já aparecia na primeira colocação, que manteve até o pleito. Para se ter uma idéia de quanto foi extraordinária a subida, no início da campanha, o índice de rejeição de Emiliano estava em torno de 65%, segundo sondagens feitas junto à população.
Opositores atribuem a vitória à atuação escancarada do governo da época em favor do aliado. Para beneficiá-lo, Jackson Lago teria mandado executar várias obras em João Lisboa e teria destinado elevada quantia para compra de votos.
Balaio
Em 17 de abril passado, quando Jackson Lago teve sua cassação confirmada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Emiliano Meneses e outras lideranças políticas da região de João Lisboa manitiveram-se trancados no Palácio dos Leões, junto com o ex-governador, na tentativa frustrada de despertar clamor social. A cena patética tornou ainda mais melancólico o desfecho da aventura balaia no governo do Maranhão.
O processo ainda está na fase da apuração. Mas, pela consistência das denúncias, torna-se cada vez mais forte a possibilidade de o grupo balaio sofrer mais um revés.
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