Esquema do governo Jackson no Carnaval deixou compositores sem cachês por direitos autorais

ecad.jpgCompositores maranhenses denunciam um suposto esquema ocorrido na Secretaria Estadual de Cultura na gestão do ex-govrnador Jackson Lago que os deixou sem os cachês que deveriam ter recebido pela execução de músicas de sua autoria no último Carnaval. Auditoria realizada pelo Escritório Central de Arrecadação e Distribuição (Ecad), entidade que defende a propriedade intelectual das obras musicais, descobriu que grande parte do valor destinado aos autores iria para os bolsos de um ex-dirigente da Secma, que assina várias composições que animaram a temporada carnavalesca. 

O esquema funcionou da seguinte forma: como não poderia receber direitos autorais por ocupar cargo de chefia na pasta da Cultura, o gestor-compositor teria distribuído suas músicas entre várias brincadeiras. Assim, esperava burlar as regras e faturar alta soma com suas marchas, sambas e músicas de outros gêneros executadas nos salões e nos circuitos de rua.

Ele só não contava com uma checagem minuciosa feita pelo escritório do Ecad no Rio de Janeiro. Ao analisar a lista, os auditores constataram a existência de várias músicas de autoria do gestor, que renderiam a ele uma boa quantia. Imediatamente, determinaram ao núcleo local da entidade a suspensão do pagamento dos cachês referentes aos direitos autorais, cujo repasse já havia sido feito pela Secma. 

A esperteza do ex-gestor prejudicou dezenas de outros compositores maranhenses.

Irreverência: nova fórmula para sensibilizar maus gestores

boneco-buraco3.jpgSem muito a fazer em relação ao descaso das autoridades para com a infra-estrutura de seus bairros, moradores vêm diversificando as formas de protestar contra a falta de ação do poder público. Nos últimos meses, percebe-se uma mudança de estratégia de várias comunidades para sensibilizar prefeitos, secretários e demais agentes públicos sobre os problemas que enfrentam. Movidos por aguçado senso criativo e elevada dose de ironia, populares passaram a trocar a violência – externada em forma bloqueios de ruas e avenidas, incêndios e até depredação de ônibus e prédios públicos – pela criatividade ao fazer seus reclames, dando verdadeiros tapas de luva nos maus gestores que elegeram.

Em São Luís, a mais recente manifestação foi idealizada por moradores da avenida Pavão Filho, principal via de acesso à Janaína, um dos muitos bairros situados no entorno da Cidade Operária. Revoltados com o estado precário da via, eles confeccionaram um boneco e o batizaram de “João Buracão”, em alusão ao personagem que, recentemente, fez estrondoso sucesso Brasil a fora ao aparecer em denúncias de falta de conservação de vias públicas.

Nacionalmente, a presença de “João Buracão” sensibilizou um número significativo de prefeitos e outros agentes públicos. O boneco deu ajuda providencial para a resolução de uma série de problemas, tornando-se uma figura extremamente popular e necessária. No plano local, ainda não é possível saber se a estratégia terá o mesmo resultado. Só o tempo e o bom senso dirão.

Foto: Biné Morais/O Estado do Maranhão  

       

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