Esquema do governo Jackson no Carnaval deixou compositores sem cachês por direitos autorais
Compositores maranhenses denunciam um suposto esquema ocorrido na Secretaria Estadual de Cultura na gestão do ex-govrnador Jackson Lago que os deixou sem os cachês que deveriam ter recebido pela execução de músicas de sua autoria no último Carnaval. Auditoria realizada pelo Escritório Central de Arrecadação e Distribuição (Ecad), entidade que defende a propriedade intelectual das obras musicais, descobriu que grande parte do valor destinado aos autores iria para os bolsos de um ex-dirigente da Secma, que assina várias composições que animaram a temporada carnavalesca.
O esquema funcionou da seguinte forma: como não poderia receber direitos autorais por ocupar cargo de chefia na pasta da Cultura, o gestor-compositor teria distribuído suas músicas entre várias brincadeiras. Assim, esperava burlar as regras e faturar alta soma com suas marchas, sambas e músicas de outros gêneros executadas nos salões e nos circuitos de rua.
Ele só não contava com uma checagem minuciosa feita pelo escritório do Ecad no Rio de Janeiro. Ao analisar a lista, os auditores constataram a existência de várias músicas de autoria do gestor, que renderiam a ele uma boa quantia. Imediatamente, determinaram ao núcleo local da entidade a suspensão do pagamento dos cachês referentes aos direitos autorais, cujo repasse já havia sido feito pela Secma.
A esperteza do ex-gestor prejudicou dezenas de outros compositores maranhenses.
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