Descaso e perigo

Pedestres viram equilibristas e caminham perigosamente no acostamento da rua Rio Branco por causa da obstrução da calçada por um amontoado de asfalto inutilizado. O material foi removido e despejado sobre a área de passeio na última segunda-feira por uma equipe da operação “São Luís Trafegável”, que no fim de semana prolongado foi realizada em várias vias do Centro.

Passados dois dias, o asfalto descartado continua sobre a calçada, em uma das ruas mais movimentadas do Centro, itinerário de dezenas de linhas de ônibus. Além de dificultar a circulação de pedestres e de expô-los ao risco de acidentes, o material deixa a via, que sofre com sérios problemas de infra-estrutura, com um aspecto ainda mais feio.

Foto: Flora Dolores/O Estado do Maranhão    

Em entrevista, procurador tentará esclarecer polêmica do falso aumento populacional de São Luís

O procurador-geral do Município, Francisco Coelho Júnior (foto), convocou uma entrevista para a tarde de hoje na qual pretende esclarecer a polêmica causada pela divulgação de que São Luís atingira a casa de 1 milhão de habitantes por conta de uma decisão proferida pela Justiça Federal em favor da Prefeitura São Luís. A princípio, Coelho Júnior concederia uma entrevista coletiva, mas, posteriormente, a Secretaria Municipal de Comunicação informou que ele atenderá cada veículo individualmente, o que causou estranheza nas redações.

Não se sabe que argumentos o procurador apresentará à imprensa em sua tentativa de esclarecer a situação. Mas, certamente, terá que trazer dados convincentes para desfazer a impressão de que cometeu uma trapalhada ou de que agiu de má-fé. Isso porque o prefeito de São José de Ribamar, Luís Fernando Silva, foi taxativo ao dizer que as informações prestadas por ele à imprensa são falsas.

Na entrevista que concedeu ontem, Luís Fernando esclareceu que a decisão judicial que elevou o montante destinado à Prefeitura de Ribamar pelo Fundo de Participação dos Municípios (FPM) não envolveu a inclusão no território ribamarense de bairros limítrofes antes considerados como pertencentes a São Luís. Assim, enfatizou o prefeito, com a nova decisão, não houve alteração do número de habitantes da capital, seja para mais, seja para menos.

Assessoria   

Uma fonte com trânsito livre nos principais gabinetes da prefeitura atribuiu ao ex-superintendente regional do IBGE, Pedro Guedelha, a informação de que houvera aumento populacional na capital. Nomeado assessor especial do prefeito João Castelo, Guedelha teria orientado o procurador a repassar as informações. A mesma fonte acusa o ex-superintendente do IBGE de nutrir antipatia pelo prefeito de São José de Ribamar, o que o teria levado a agir dessa forma.

A polêmica está só no começo, mas os interesses que a movem começam a ficar visíveis. O desenrolar dos fatos revelarão a real motivação do conflito.

Foto: arquivo/O Estado do Maranhão

Vidigal rompe relações com Zé Reinaldo; ex-aliados já nem se falam

Amigos de longas datas e aliados incondicionais na eleição de 2006, o ex-governador José Reinaldo Tavares (PSB) e o ex-ministro do Superior Tribunal de Justiça, Edson Vidigal, recém-filiado ao PSDB, romperam de vez as relações. Uma fonte próxima ao neo-tucano garantiu que hoje os dois já nem se falam. A animosidade tende a ficar ainda mais acirrada durante a corrida ao Senado, na qual ambos poderão se confrontar.   

Recém-filiado ao PSDB, o ex-ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ) Edson Vidigal já fechou questão: vai mesmo disputar a eleição para senador no próximo ano. Antes, pretendia concorrer ao cargo pelo PSB, mas encontrou forte resistência em Zé Reinaldo, que queria sair candidato sozinho, não só pelo partido, mas com as bênçãos de toda a oposição. A obsessão do ex-governador obrigou Vidigal a procurar outro rumo partidário. Empurrado para o ninho tucano por conta da intransigência do ex-aliado, o ex-ministro agora o incluiu em sua lista de desafetos.  

O sonho de Zé Reinaldo de ter o apoio unânime dos oposicionistas esbarrou em projetos equivalentes aos seus dentro do grupo do qual ele pensava ser um dos cardeais. Sem respaldo, ele agora vive o pesadelo de ser obrigado a alçar vôos menos ambiciosos, como disputar uma cadeira na Assembléia Legislativa. 

A hostilidade entre Zé Reinaldo e Vidigal pode ganhar um tom de ironia tão logo seja divulgado o resultado das urnas. Isso porque ambos têm grandes chances de sair derrotados e acabar precisando do “ombro amigo” um do outro para afogar as mágoas.

Foto: arquivo/O Estado do Maranhão

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