Castelo e sua gestão do século passado

castelo3Salvo algumas raras exceções, a gestão do prefeito de São Luís, João Castelo (PSDB), se pauta por métodos arcaicos, comuns
ao regime ditatorial que travou o desenvolvimento do Brasil por duas décadas no século passado. Intolerância a críticas, ações de cunho populista, desprezo a reivindicações de funcionários públicos, colapsos inexplicáveis em serviços essenciais, entre outros fatores, levam à conclusão de que os destinos da capital maranhense estão entregues a um governante pouco afeito ao diálogo aberto com o povo e, portanto, avesso à democracia.

Demonstrações de que o presente raciocínio é correto não faltam. Entre os secretários de Castelo, poucos são os que se dispõem a dar satisfação sobre o desempenho pífio de suas pastas. Alguns, até hoje, são desconhecidos da população e mesmo não dizendo a que vieram, mantêm-se fechados em redomas instransponíveis, com pleno aval do chefe maior.

Um exemplo é a Secretaria Municipal de Obras e Serviços Públicos (Semosp), que apesar do saldo nada positivo de suas ações, não vem a público explicar o porquê de tanta inoperância. Mesmo com o rosário de queixas de ruas e avenidas esburacadas, de bairros sujeitos a inundações, coleta de lixo deficiente e falhas na iluminação, o órgão, em quase onze meses de governo, permanece em profunda apatia.

O mesmo pode-se dizer da Secretaria Municipal de Educação (Semed), um dos pontos fracos da gestão de Castelo, embora tenha à frente o professor Moacir Feitosa, técnico de larga experiência e reconhecida competência. Nesse caso específico, a explicação pode estar nas trapalhadas administrativas que marcam a gestão municipal, que não mantém um ordenamento financeiro capaz de atender as demandas dos seus diversos órgãos.    

Há ainda aqueles que atribuem o próprio fracasso à gestão do ex-prefeito Tadeu Palácio. Nesse grupo está o presidente da Fundação Municipal de Cultura (Func), Euclides Moreira Neto, cuja gestão vem sendo marcada por sucessivas queixas de falta de recursos para bancar os eventos que fazem parte do calendário artístico da cidade, a exemplo do Carnaval e São João. Sentindo-se respaldado por esse argumento, ele grassa, desinibido, em meio ao fiasco que deixou mais pobre o cenário cultural de São Luís.

Até o momento, não há sinal de que haverá mudança na postura do prefeito Castelo. Enquanto isso, a população tem seus apelos ignorados por um governante que parece não ter entrado em sintonia com o presente.

Foto: arquivo/O Estado do Maranhão

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