Coronel Flávio apresenta atestado à PM alegando distúrbio mental
O coronel Flávio de Jesus apresentou à junta médica da Polícia Militar do Maranhão um atestado em que alegou estar sob estado de insanidade mental no dia em que fez duras críticas na imprensa ao Comando Geral da corporação e à Secretaria de Segurança Pública, o que resultou em sua exoneração do cargo de comandante do Policiamento Metropolitano. A revelação foi feita pelo próprio comandante-geral da PM, coronel Franklin Pacheco, durante entrevista coletiva concedida esta manhã para apresentar o esquema de segurança para o Carnaval.
Até o momento, nenhum procedimento havia sido aberto com com a finalidade punir Flávio pelas declarações. Segundo o coronel Franklin, o caso ainda estava sendo estudado. O comandante-geral deu a entender, entretanto, que o laudo médico sobre o estado mental do oficial pode livrá-lo de uma eventual pena. “Ainda não tínhamos aberto procedimento contra ele (Flávio). Com a apresentação do atestado, teremos que averiguar a situação para sabermos se ele está sofrendo de algum distúrbio mental”, assinalou.
Franklin negou que o ex-comandante do CPM estivesse sendo pressionado, como ele afirmou à imprensa. “Não havia e não há qualquer tipo de pressão sobre ele. O que posso dizer é que o assunto foi superado no mesmo dia. Já temos outro oficial competente no posto e ele já está dando sua contribuição para as ações da PM”, observou.
Desabafo
No desabafo que fez ao jornalista Marcial Lima, que apresenta interinamento o programa Abrindo o Verbo, na rádio Mirante AM, o coronel Flávio se disse revoltado por não estar recebendo apoio dos seus superiores. Ele se disse chateado por causa da extinção do Serviço Velado, da retirada dos batalhões especiais do patrulhamento da cidade e por ter sido excluído do comando das ações de policiamento no Carnaval.
“Aguentei até quando pude. Venho sofrendo dificuldade sem poder me mexer. Estou aqui enquanto o comandante, o secretário e a governadora quiserem. Quero ser respeitado. Quero dizer na cara de qualquer um que me respeite! Não devo nada a ninguém. Se quiserem me prender, me prendam por mil anos. Botem as condições nas minhas mãos e eu vou mostrar do que sou capaz”, declarou ele, em um dos trechos mais fortes da entrevista.
Foto: arquivo/O Estado do Maranhão
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