Um nó difícil de desatar

caos transporteO conflito de interesses que envolve os Sindicatos dos Trabalhadores e das Empresas de Transporte e a Prefeitura de São Luís é um nó difícil de desatar. A cada manifestação, como a que deixou a cidade sem ônibus durante cinco horas, hoje, a crise se agrava. O pior é que até o momento, não se enxerga qualquer indício de solução para o impasse, que tantos transtornos têm causado a milhares de usuários do serviço na capital.

O jogo de pressão parece interminável e é marcado sempre pelos mesmos lances. Trabalhadores reivindicam reposição salarial aos empresários. Os patrões, por sua vez, reagem adotando uma postura irredutível, alegando que o sistema opera no vermelho. A insatisfação das duas partes converge para a Prefeitura, que, por não saber o que fazer para atender ambos os lados, mantém-se inerte, contribuindo para a degradação progressiva do sistema.

Em entrevista concedida hoje a uma emissora de rádio local, o prefeito João Castelo (PSDB) voltou a reconhecer a crise do transporte coletivo. Apesar de estar ciente do caos que tomou conta do setor, ele não toma qualquer atitude para mudar a situação. Questionado sobre a possível criação de uma empresa pública de ônibus, ele se diz favorável que o serviço continue sendo explorado pela iniciativa privada. Se o assunto é a licitação de linhas iniciada ainda na gestão do ex-prefeito Tadeu Palácio, o silêncio é sepulcral.

Enquanto a Prefeitura não se manifesta, patrões e empregados conduzem a crise a seu modo. Livres do monitoramento rigoroso do poder público, empresários e trabalhadores submetem os usuários aos mais cruéis abusos. Vítima da instabilidade de um sistema cuja desorganização é um infeliz contraste em relação à sua importância, a população é obrigada a utilizar um serviço cuja qualidade cai a cada dia.

Resta saber até quando a crise do transporte coletivo de São Luís perdurará. É preciso encontrar uma solução que satisfaça a todos e que não imponha aos usuários o sacrifício de arcar com um indesejável aumento de tarifa.

Foto: Douglas Jr./O Estado do Maranhão

DEM pode ganhar mais um prefeito no Maranhão

fecury pleitoO Democratas pode ganhar mais um prefeito no Maranhão após a nova a eleição que será realizada no próximo mês, em São Francisco do Maranhão. Os eleitores do município irão novamente às urnas por determinação do Tribunal Regional Eleitoral (TRE), que cassou os mandatos do prefeito Jônatas Alves (PDT) e do seu vice, Alberone dos Santos, por compra de votos.

Com a decisão, o democrata Francisco Ademar, o Chico Pechó, derrotado por Jônatas por apenas seis votos, em outubro de 2008, surge com grandes chances de vencer o pleito, marcado para 28 de fevereiro. Em caso de vitória, o DEM, que hoje tem 18 prefeitos, ganhará mais um representante entre os gestores municipais.

O Diretório Regional do DEM acompanha com atenção o quadro eleitoral em São Francisco do Maranhão. O presidente estadual da legenda, deputado federal Clóvis Fecury (foto), promete dar total apoio ao correligionário. “Nosso esforço é permanente no sentido de aumentar a representatividade do nosso partido e torná-lo ainda mais forte mais forte”, assinalou.

Força

Com cinco secretários estaduais (Segurança, Educação, Infra-Estrutura, Assuntos Estratégicos e Desenvolvimento para o Sul do Maranhão), o DEM é o segundo maior partido da base de sustentação ao governo estadual e só não tem mais membros no primeiro escalão da atual gestão que o PMDB, partido da governadora Roseana Sarney. A sigla tem ainda 18 prefeitos, três deputados estaduais no exercício do mandato (outros três estão licenciados para exercer cargos de secretário estadual), dois deputados federais e algumas centenas de vereadores.

Foto: Biné Morais/O Estado do Maranhão

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