A dança das cadeiras no grupo de Jackson Lago

cadeirasO governador Jackson Lago participou, ontem, na sede estadual do PSDB, de uma reunião para discutir a aliança entre o seu PDT e os tucanos visando à eleição de outubro. O grupo até que tentou manter um clima de harmonia no encontro, mas o conflito de interesses que marca a relação entre os dois partidos e seus respectivos membros ficou visível.

Entusiasmado com o apoio recém-anunciado do prefeito de São Luís, João Castelo, à sua candidatura, Jackson Lago postou-se ao lado da deputada estadual Gardênia Castelo, filha do chefe do executivo municipal. Dona de forte influência na gestão do pai, Gardênia foi sua emissária na reunião.

O líder pedetista até que tentou dividir a cabeceira da mesa com o deputado federal e presidente estadual do PSDB, Roberto Rocha, mas este logo deixou claro que estava ali para conduzir as discussões. Rocha, diga-se de passagem, não conseguia esconder seu desconforto, talvez pelo sepultamento do seu projeto, por influência de Jackson, de lançar-se candidato ao governo, o que acabou o empurrando a uma disputa praticamente suicida a uma cadeira de senador.

Também marcaram presença à reunião os prefeitos de Imperatriz, Sebastião Madeira, e de Açailândia, Ildemar Gonçalves. Junto com Castelo, os dois líderes tocantinos formarão a trinca que tentará dar sustentação político-financeira ao projeto do grupo de voltar ao Palácio dos Leões.

Sentindo-se uma das peças fundamentais da aliança, o ministro aposentado do Superior Tribunal de Justiça (STJ) e pretenso candidato ao Senado Edson Vidigal fez questão de sentar-se ao lado de Rocha. Depois de chegar atrasado à reunião, pediu uma cadeira e sem acanhamento algum abriu espaço e posicionou-se ao lado do presidente estadual do PSDB, para espanto geral dos presentes, como mostra a foto de De Jesus (O Estado do Maranhão).

Sentaram-se ainda à mesa o deputado federal Julião Amim, cuja reeleição está ameaçada pelo “arrojado” colega de partido Weverton Rocha; o deputado estadual sub-júdice Chico Leitoa (PDT), o vice-governador cassado Luiz Porto e os tucanos Lula Almeida e Aderson Lago. Este último, minado por inúmeras denúncias de corrupção nos dois anos de gestão de Jackson Lago, limitou-se a fazer piadinhas, em uma tentativa frustrada de descontrair o ambiente.

O acesso da imprensa ao encontro foi restrito. O teor das discussões foi mantido em sigilo, pelo menos aos veículos de comunicação não alinhados ao projeto político do grupo tucano-pedetista. Por isso, o blog, ao descrever o encontro, tomou como base apenas a situação dos principais personagens da aliança. Mas, pelo perfil e interesses de cada um, a impressão é de profunda incompatibilidade.

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