Castelo recorre ao TJ para não pagar dívida de R$ 3,9 milhões da Quimicanorte com o banco Bamerindus

O prefeito de São Luís, João Castelo (PSDB), ajuizou apelação cível, no início deste mês, para tentar anular uma decisão judicial que o obriga a pagar uma dívida de R$ 3.831.940,32 contraída pelas Indústrias Químicas do Norte (Quimicanorte), empresa de sua propriedade, junto ao banco Bamerindus.
Castelo ingressou com o recurso no dia 2 deste mês, após ter sido condenado, em 16 de dezembro do ano passado, pelo juiz Josemar Lopes Santos, titular da 1ª Vara Cível da Comarca de São Luís. O relator da ação é o desembargador Raimundo Freire Cutrim, que integra a Segunda Câmara Cível do TJ. Após analisar os autos, o magistrado pediu vista do processo e no último dia 17 o remeteu à Procuradoria Geral de Justiça.
Ao dar provimento à ação ordinária de cobrança ajuizada pelo Bamerindus em dezembro de 2002, o juiz da 1ª Vara Cível da capital determinou ainda que o valor da dívida fosse acrescido de correção monetária e juros compensatórios de 12% ao ano, juros moratórios de 1% ao mês, a contar da citação, e multa contratual de 2%.
Desativada
Durante a campanha que o alçou ao cargo de prefeito de São Luís, João Castelo declarou à Justiça Eleitoral possuir um patrimônio de R$ 6.363.437,58. A Quimicanorte foi avaliada em R$ 1.964.432,63, valor pouco acima da metade da dívida com o Bamerindus. Localizada no KM 5 da MA-201, a Estrada de Ribamar, a empresa, que já foi uma grande fabricante de soro da região Nordeste, está desativada há vários anos.
Foto: arquivo/O Estado do Maranhão
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