Câmara de Paço do Lumiar deverá cassar Júnior do Mojó dia 14

Em entrevista concedida esta manhã à rádio Educadora AM, durante a solenidade de abertura do ano legislativo de 2012, o presidente da Câmara Municipal de Paço do Lumiar, Alderico Campos, informou que a Casa anunciará a decisão sobre o destino do vereador Júnior do Mojó na sessão do próximo dia 14 (terça-feira). Foragido da Justiça após ter a prisão decretada sob a acusação de ser um dos mandantes do assassinato do empresário Margion Lanyere, em outubro do ano passado, Mojó deverá ser cassado e dar lugar ao primeiro suplente, Thiago Aroso, atual secretário-chefe de Gabinete, Orçamento e Gestão do município.
Na entrevista, Alderico defendeu a cassação do colega. “O vereador Júnior do Mojó não reúne mais condições de integrar esta Casa, tendo em vista a gravidade dos fatos em que está envolvido”, assinalou. O presidente deu a entender que a decisão já está tomada e que falta apenas o anúncio oficial. “Já entramos em contato com o ‘vereador’ Thiago Aroso para comunicá-lo sobre a realização da sessão em que será anunciada a decisão da Câmara Municipal”, declarou, praticamente antecipando o defecho do caso.
Alderico Campos informou que os salários do vereador foragido foram suspensos em janeiro, dois meses depois do desaparecimento do parlamentar.
CPI
Sobre a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), instalada em 18 de novembro para apurar o episódio envolvendo Júnior do Mojó, Alderico voltou a explicar que os trabalhos não foram iniciados por causa da licença de saúde solicitada pelo vereador José Itaparandi, que presidiria as investigações, e, posteriormente, pela licença requerida pelo vereador Fernando Muniz, escolhido para substituí-lo.
O crime
Júnior do Mojó é acusado de envolvimento no assassinato do empresário Marggion Lanyere Ferreira Andrade, cujo corpo foi encontrado em uma cova rasa em um terreno no Araçagi, alvo de acirrada disputa. Em associação com o corretor de imóveis Elias Orlando Nunes Filho, o vereador teria mandado matar Margion, que havia comprado a propriedade e já havia começado a construir no local.
O vereador está foragido da Justiça há quase quatro meses. O Disque-Denúncia oferece uma recompensa de R$ 1 mil por informações sobre o seu paradeiro.
Como justificativa para interromper a atuação na Câmara Municipal, Mojó alegou estresse. Ele pediu uma licença de apenas 15 dias, mas até hoje jamais retornou à Casa.
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