“Gorilas diplomados”: Sindicato dos Jornalistas diz que declaração de advogado destoa do seu dever

Em nota divulgada no início da tarde de hoje, o Sindicato dos Jornalista Profissionais de São Luís reprovou as declarações publicadas em um blog pessoal pelo presidente da Comissão de Direitos Humanos da seccional maranhense da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB/MA), Antônio Pedrosa, contra a categoria, por ocasião do assassinato do jornalista Décio Sá. De acordo com a entidade, Pedrosa, “em momento provável de alguma dúvida, classificou os jornalistas que conquistaram formação superior como gorilas diplomados”.

O sindicato lamentou a posição externada pelo advogado, que ao enveredar pelo ódio vilipendiou a memória de um companheiro que agora não pode mais se manifestar. Segue a íntegra da nota:

SINDICATO DOS JORNALISTAS PROFISSIONAIS DE SÃO LUÍS/MA

NOTA

Esta entidade vem a público discordar, profundamente, das declarações do conceituado advogado Antônio Pedrosa, Presidente da Comissão dos Direitos Humanos da Seccional da OAB-MA, que, em momento provável de alguma dúvida, classificou os jornalistas que conquistaram formação superior, como “gorilas diplomados”.

Ditas palavras foram para classificar o trabalho daquele que em vida conquistou seu diploma de jornalista e exerceu a profissão dentro do seu estilo e liberdade: Nosso saudoso companheiro DÉCIO SÁ.

A classificação expressada pelo Advogado, destoa do seu dever, que plenamente respeitamos, em defender pessoas que cometem os mais bárbaros crimes, mas  são cobertos pelo manto e preceitos dos Direitos Humanos, representados na OAB-Maranhão pelo Dr. Antônio Pedrosa.

Lamentamos, portanto, que, ao emitir o seu conceito contra o nosso companheiro tão covardemente eliminado da vida, o respeitável profissional do Direito tenha enveredado pelo ódio a uma classe jornalística, e vilipendiado a memória de um companheiro que agora não mais pode se manifestar.

Amarildo denuncia falta de segurança em São João Batista

Amarildo denuncia violência em São João Batista

A Equipe de Reportagem do Blog de São João Batista, recebeu na última quarta-feira, 25, por e-mail ([email protected]) uma nota do bioquímico e pré-candidato a prefeito do município, Amarildo Pinheiro. Na nota, o pré-candidato fala sobre a onda de violência que tomou conta da cidade nos ultimos meses.
Amarildo Pinheiro

“Pelo amor do Pai Eterno: São João Batista está sangrando, socorra-nos Senhor! Mais uma vitima foi ceifada covardemente em nossa antes pacata, ordeira e extrovertida cidade Joanina. Já se foram tantos num curto espaço de tempo, “faltaria” espaço neste texto pra enumerá-los? São assassinatos de todas as ordens, quer seja pela morte matada ou morrida, na impiedosa forma de ser, chamada violência. Tenha esta, origem dentro do próprio lar, nas avenidas, nos ambientes de trabalho, nos vai e vem da vida cotidiana quer seja na zona urbana ou rural, e por fim, no mais cruel dos inimagináveis ambiente: A falta de respeito e dolo do gestor público como guardiã do seu povo.

Sabemos que a segurança do município, é de responsabilidade institucional do nosso estado, todavia se o gestor do município, não se sensibiliza por esta onda de terrorismo execrável em sua cidade, deveria sim, ser responsabilizada por improbidade administrativa.E em tudo ver acontecer às claras e escuras, das barbáries rotineiras ao seu redor e, em momento algum, tomou ou tomará uma decisão responsável como mandatária maior do município, mostrando pelo menos pra inglês ver, lógico, um absurdo, está preocupada com essa carnificina humana. Denunciando a toda imprensa falada, escrita e televisada, pra que o quarto poder (imprensa) tome conhecimento das atrocidades acontecidas em sua casa, qual seja seu município, estaria sim, fazendo sua parte.

Se é que se julga impotente, bradaria em alto e bom tom, S.O. S Governo do Estado, caracterizaria ai, seu respeito pelo povo. A esta apatia, falta de atitude, desprezo por seus conterrâneos, que clama por segurança e apoio, a essa conivência com tudo isto, chamaríamos senão conivência, com certeza despreparo pro cargo! Pois tudo assisti e nada ver? O pior de tudo, omiti e colabora com a impunidade! E haja maus noticiários do nosso município a, envergonhar nossa geração.

Por isso mesmo, caros conterrâneos, no calor desta insegurança, dessas constantes atrocidades da qual estamos reféns hoje, quiçá por mais dias? Imploramos aos políticos deste lugar, que não comungam com esse triste momento de nossa historia, assumamos total responsabilidade pela libertação política total e irrestrita da era Zequinha e Surama Soares deste comando. Caso contrário, estaremos por diante, incompetentes, levianos, vulneráveis e incapazes de reabilitar a tranquilidade habitual de nossa terra.

Por que saber que somos: individualistas nesta terra de gente boa, onde há mais “espaço” entre o céu e a terra, do que a nossa vã filosofia possa imaginar! Deus seja louvado, e em nome de Jesus! Perdoai-vos, eles não “sabem” o que fazem! “Amarildo PinheiroBioquímico e Pré-candidato a prefeito de São João Batista

Fonte: Blog de São João Batista

ONU denuncia assassinato de Décio Sá

Site da rádio ONU publicou matéria denunciando assassinato de jornalista maranhense; em nota, organização se diz "alarmada"

A alta comissária da Organização das Nações Unidas (ONU) para os Direitos Humanos, Navi Pillay, divulgou nota em que denuncia o assassinato do jornalista Décio Sá, ocorrido na noite da última segunda-feira (23), em um bar na avenida Litorânea.

Na nota, a representante da ONU se disse alarmada com a execução de mais uma jornalista no Brasil, a quarta somente este ano. Ela condenou o crime e disse estar preocupada com o que “parece ser uma tendência de assassinatos de jornalistas, o que está atrapalhando o exercício da liberdade de expressão no país”.

Em entrevista à rádio ONU, sediada em Nova York, o autor deste blog voltou a conclamar os colegas a ficar vigilantes para que o caso não caia no esquecimento e cobrou novamente a elucidação de crime.

Segue a íntegra da nota:

Estamos alarmados com a morte de outro jornalista no Brasil, chegando a quatro o número de jornalistas assassinados no país até agora este ano. Décio Sá, repórter investigativo que escrevia sobre política, corrupção e crime organizado, foi morto em um bar na segunda-feira, 23 de abril.

Nós condenamos seu assassinato e estamos preocupados com o que parece ser uma tendência de assassinatos de jornalistas e que está atrapalhando o exercício da liberdade de expressão no Brasil. Há muito tempo temos nos preocupado com a necessidade de os defensores dos direitos humanos dos brasileiros, incluindo jornalistas, poderem desenvolver seu trabalhar sem medo de intimidação ou coisa pior.

Nós nos congratulamos com o fato de que as autoridades têm estado comprometidas com este e outros casos semelhantes, para que eles possam ser tratados como prioridades afim de que os agressores não sejam encorajados pela impunidade de tais crimes.

Ao mesmo tempo, nós instigamos o governo à implementação de medidas de proteção para prevenir outros incidentes.

Um projeto de lei introduzido no Congresso em 2011, o qual determina a investigação policial de crimes contra jornalistas pela instância federal, pode ser considerado um passo em direção aos direitos. Esperamos que estas e outras medidas de proteção a jornalistas sejam adotadas com urgência.

Ouça o áudio da matéria no site da Rádio ONU clicando aqui.

À espera de um acordo

Ônibus permaneceram em garagem de empresa durante paralisação de rodoviários, na última terça-feira

A falta de acordo entre os sindicatos das empresas e dos trabalhadores em transporte rodoviário de São Luís pode resultar, nas próximas semanas, em mais uma greve de motoristas, cobradores e fiscais de ônibus. Apesar das sucessivas reuniões já realizadas, as duas partes ainda não fecharam o tão esperado acordo, que além de representar melhoria salarial e outros ganhos à categoria, afastará o risco de a população ser novamente penalizada por uma paralisação por tempo indeterminado.

Todos os anos, em abril, mês que antecede a data-base dos rodoviários, patrões e empregados do setor de transporte urbano da capital se envolvem em uma exaustiva negociação salarial, sempre marcada pela resistência das duas partes em ceder em praticamente todos os itens da pauta apresentada. Devido à intransigência, o Ministério Público do Trabalho não raro é acionado para mediar as discussões, o que novamente acontecerá, a partir de hoje, devido a mais um impasse.

Em nota divulgada no início da noite de ontem, o Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros de São Luís (SET) informa que “houve um avanço nas negociações de certas cláusulas de cunho social”. A expressão, no entanto, é tão vaga que não é possível dimensionar até que ponto as discussões evoluíram. Por isso, arriscar qualquer prognóstico, pelo menos neste momento, seria precipitado. O certo é aguardar os próximos lances e torcer para que o bom senso prevaleça de parte a parte.

Nas ruas é possível perceber o receio da população diante da ameaça de mais uma greve no transporte rodoviário, sempre sinônimo de atrasos e faltas ao trabalho, quebra-quebra de ônibus e até prisões. Por conhecer bem os transtornos causados por esse tipo de movimento, os usuários acompanham com expectativa o noticiário sobre a negociação. A possibilidade de greve também agita os demais meios de transporte, principalmente os clandestinos, que faturam mais à custa do desespero dos cidadãos, obrigados a se locomover em veículos sem o mínimo de conforto e segurança. 

Por ser a detentora das concessões, a Prefeitura de São Luís deve agir com determinação para evitar a greve. E, se for preciso, terá que impor sua autoridade. Neste momento de incerteza, a administração municipal não pode assumir postura vacilante, pois sua intervenção pode ser decisiva para que os dois lados ora em conflito encontrem uma solução sem precisar recorrer a radicalismos.       

O Estado reconhece o direito legal de qualquer trabalhador à greve, mas entende que este deve ser o último dos recursos. Mesmo com o acordo ainda distante, o melhor caminho continua sendo o do diálogo, até que se esgotem todas as possibilidades de negociação. É o que a sociedade espera.

Editorial publicado nesta sexta-feira em O Estado do Maranhão

Foto: Flora Dolores/O Estado do Maranhão

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