Amarante: Supremo arquiva reclamação da prefeitura contra ampliação de reserva indígena

O ministro Ricardo Lewandowski negou seguimento (arquivou) à Reclamação (RCL) 13769, na qual o Município de Amarante do Maranhão alegou que a sentença proferida pelo Juízo da 20ª Vara Federal da Seção Judiciária do Distrito Federal, em mandado de segurança impetrado pelo município maranhense, teria desrespeitado a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) no processo envolvendo a Terra Indígena Raposa Serra do Sol (PET 3388/RR).

O município pretendia obter a declaração de nulidade de duas portarias da Fundação Nacional do Índio (Funai), que determinaram a formação de grupos técnicos para fazer os estudos necessários para verificar a ocorrência de eventual equívoco na delimitação da área da Terra Indígena Governador, demarcada em 1982. Com base nesses estudos, a área poderá ser ampliada.

No STF, o município pediu liminar para suspender o processo administrativo de ampliação da reserva até o julgamento final da Reclamação e, no mérito, a sua integral anulação. Para isso, alegou que, ao manter os estudos que visam à ampliação de reserva já demarcada e homologada, mediante o acréscimo de área não ocupada por índios em 1988, a sentença da 20ª Vara Federal do DF teria contrariado o entendimento do STF de que 5 de outubro de 1988 é o marco temporal para aferição da ocupação territorial por uma determinada etnia indígena.

Mas, o relator constatou a manifesta inadmissibilidade da Reclamação. Segundo o ministro Ricardo Lewandowski, no caso Raposa Serra do Sol, o Plenário do STF declarou especificamente a constitucionalidade da demarcação contínua da terra indígena e de seu respectivo procedimento administrativo-demarcatório, desde que observadas 19 condições ou salvaguardas institucionais para conferir maior teor de operacionalidade ao acórdão. Tal decisão não tem efeito vinculante, segundo esclareceu.

“Observo, portanto, que o acórdão invocado nas razões desta Reclamação apreciou, especificamente, o procedimento de demarcação da Reserva Indígena Raposa Serra do Sol, não podendo, por isso mesmo, ter sua autoridade afrontada por atos e decisões que digam respeito a qualquer outra área indígena demarcada, como é o caso narrado nos autos. Isso porque não houve no acórdão que se alega descumprido o expresso estabelecimento de enunciado vinculante em relação aos demais órgãos do Poder Judiciário, atributo próprio dos procedimentos de controle abstrato de constitucionalidade das normas, bem como das súmulas vinculantes”, concluiu o relator.

Fonte: Supremo Tribunal Federal (STF)

Acaba greve de rodoviários

Em assembleia, rodoviários decidiram encerrar greve

Depois de 17 dias, terminou agora há pouco a greve de rodoviários. Em assembleia geral realizada no sindicato da categoria, motoristas, cobradores e fiscais decidiram aceitar a proposta de reajuste salarial de 7% mais 7% de acréscimo no valor do tíquete-alimentação. A partir de amanhã, 100% da frota de coletivos de São Luís voltará a circular.

Em relação à recomposição dos custos de operacionalização do sistema, reivindicada pelo Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros (SET), ficou acertado que dentro de 120 dias serão instaladas nos ônibus da capital catracas dotadas com o sistema de biometria, de modo a evitar o uso fraudulendo das gratuidades, que em São Luís beira os 30%, enquanto a média nacional é de 8%.

Também foi acordado entre as partes que no mesmo prazo de 120 dias será retomada a discussão sobre o pedido dos trabalhadores de inclusão de mais um dependente no plano de saúde, excluído da pauta da negociação, neste momento.

Foto: Leandro Santos/O Estado do Maranhão

SSP divulga retrato falado do matador de Décio Sá

A Secretaria de Estado da Segurança Pública (SSP), por meio da Polícia Civil do Maranhão, divulgou nesta quinta-feira (31), o retrato falado do suposto executor do jornalista e blogueiro Décio Sá.

A SSP informa que o documento foi confeccionado pela Polícia Federal (PF) juntamente com os peritos do Instituto de Criminalística do Maranhão (Icrim). O retrato já foi encaminhado para todos os centros de inteligência das secretarias de Segurança e das polícias de todo o Brasil.

As investigações sobre o caso devem continuar em sigilo. A Comissão de Delegados já havia solicitado na semana passada a prorrogação do prazo para conclusão de inquérito por mais trinta dias.

Décio Sá foi morto com cinco tiros na noite do dia 23 de abril (segunda-feira), por volta das 23h, em um bar na Avenida Litorânea.

Informações

Informações que levem à prisão dos envolvidos na morte de Décio Sá podem ser repassadas para o Disque Denúncia pelos telefones 3223-5800 (São Luís) e 03003135800 (no interior), que está oferecendo a recompensa de R$ 100 mil pela denúncia que leve à elucidação do crime.

Fonte: Secretaria de Segurança Pública (SSP)

Paço do Lumiar: pré-candidatura de Adriano Sarney será lançada amanhã

Bia Venâncio cumprimenta Adriano Sarney durante inauguração do Comitê Metropolitano do PV, no Maiobão

Seis partidos lançarão amanhã a candidatura do presidente do Comitê Metropolitano do Partido Verde (PV), Adriano Sarney, a prefeito de Paço do Lumiar. O ato político está marcado para as 8h30, no auditório do Instituto de Ensino Superior Franciscano (Iesf) (avenida 14, nº 18, Quadra 2, Maiobão).

Filho do deputado federal Sarney Filho, Adriano Sarney conta com o apoio da prefeita Bia Venâncio. Estarão presentes ao lançamento dirigentes e filiados ao PV, PSDC, PSD, PPL, PSC e PSDB.

Na última segunda-feira (28), Bia Venâncio anunciou sua desistência de concorrer à reeleição. Indagada por repórteres sobre o nome que apoiaria para a sua sucessão, a prefeita inicialmente evitou dar nomes, mas, diante da insistência acabou revelando sua preferência por Adriano Sarney.

Segue nota enviada à imprensa informando sobre o lançamento:

Convidamos toda a imprensa a comparecer amanhã, dia 1º de junho, ao lançamento da pré-candidatura de Adriano Sarney (PV) à prefeitura de Paço do Lumiar nas eleições de 2012.

Estarão presentes dirigentes e filiados dos partidos PV, PSDC, PSD, PPL, PSC e PSDB para dá o apoio ao pré-candidato do grupo.

O ato de lançamento acontecerá no auditório do IESF, na Avenida 14, no Maiobão, a partir das 8h30.

Invasões, miséria e oportunismo

Após serem expulsos, invasores deixam terreno na Jerônimo de Albuquerque, onde está sendo construído galpão

A ocupação irregular de áreas em plena zona urbana de São Luís é um problema que está longe de ser erradicado. O exemplo mais recente foi a invasão de um terreno à margem da Avenida Jerônimo de Albuquerque, nas imediações do antigo Roque Santeiro, que, não fosse a mobilização imediata dos proprietários, com apoio da polícia, se instalaria em uma das regiões mais movimentadas da cidade. Mais do que expor as condições de carência por teto de centenas de famílias, as invasões demonstram quão próspera continua sendo a exploração da pobreza.

A falta de utilização do espaço foi o motivo alegado pelas cerca de 200 famílias, a maioria residente no bairro Cantinho do Céu, para ocupar o terreno. Mesmo murada, a área foi invadida sábado (26). Desde então, dezenas de casebres passaram a ser erguidos, transformando aquela região da capital maranhense, onde o comércio está em franco desenvolvimento, em um cenário deprimente, marcado pela ilegalidade.

A indústria das invasões é um fenômeno antigo em São Luís. Da mesma forma como projetaram e continuam projetando muito econômica e politicamente, as ocupações já fizeram inúmeras vítimas, principalmente na periferia. Vila Luizão e Residencial Carlos Augusto, este último em Paço do Lumiar, são exemplos de bairros da região metropolitana que nasceram invasões e foram batizados com os nomes de pessoas mortas na disputa por áreas para fins de moradia.

Não fosse a intervenção da polícia, a ocupação na Jerônimo de Albuquerque poderia ter tido um desfecho sangrento. Isso porque além de se instalar na área ilegalmente, os invasores saquearam uma obra que está em andamento no terreno, levando vários sacos de cimento do local. Em resposta, homens contratados pelo proprietário teriam efetuado disparos de arma de fogo, conforme relatado ao delegado Rodson Almeida, titular do 14º Distrito Policial, no Bequimão, onde o caso está sendo investigado. Felizmente, ninguém foi atingido e o clima, pelo menos por enquanto, é de tensão controlada.

Várias outras áreas da Ilha de São Luís estão suscetíveis a invasões, algumas também situadas em vias com intenso movimento, como a Avenida dos Africanos e a MA-203, rodovia estadual que dá acesso ao Araçagi. Se por um lado os proprietários facilitam as ocupações ilegais ao não murar ou cercar seus terrenos, por outro as autoridades pecam por não exercer efetivamente o poder de fiscalização. Vítimas da ganância e da busca inescrupulosa por dividendos políticos, muita famílias acabam seduzidas pela promessa de moradia fácil e pagam por lotes em propriedades alheias, sem obter qualquer garantia dos vendedores, na maioria falsários.

A invasão é um fenômeno que escancara a falta de controle das autoridades municipais sobre o espaço urbano. Também evidencia a atuação de verdadeiras quadrilhas especializadas em usurpar a sociedade por meio da apropriação indevida de áreas públicas e privadas. Diante dos prejuízos que causa, é, em última instância, um grave atentado às normas de civilidade.

Editorial publicado em O Estado do Maranhão nesta quinta-feira

Foto: Edivan Fonseca/O Estado do Maranhão

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