“Nunca tinha visto nada igual”, diz delegado sobre grilagem na Ilha em reunião na CGJ

Carlos Damasceno detalha a membros da CGJ inquérito sobre grilagem: crime ocorre desde 1979 na Ilha

Em reunião realizada na tarde dessa segunda-feira (27), no auditório do Fórum Desembargador Sarney Costa, em São Luís, a delegada-geral da Polícia Civil, Teresa Cristina Menezes, o superintendente de Polícia Civil da Capital, Sebastião Uchoa, os delegados que integram a comissão que investiga os crimes de grilagem de terras nos municípios de São José de Ribamar, Paço do Lumiar e Raposa, fizeram uma ampla explanação sobre o andamento do inquérito à juíza auxiliar da Corregedoria Geral de Justiça, Alice Prazeres, que representou o corregedor-geral de Justiça, desembargador Cleones Cunha, e aos magistrados dos três municípios.

O delegado que preside a comissão, Carlos Alberto Damasceno, ilustrou suas explicações através de slides, mostrando a genealogia do crime de grilagem principalmente nas áreas do Araçagi e Maioba, que data de 1979, com respaldo dos cartórios onde ocorriam as fraudes nas documentações.

Além do delegado Damasceno, também compõem a comissão os delegados Joviano Furtado e Pedro Adriano. “Os lotes eram comercializados seguidas vezes para diversas pessoas, sem que os compradores pudessem tomar posse dos imóveis, porque havia a interferência de ‘jagunços’ e só virava proprietário quem os grileiros queriam”, disse o delegado Damasceno. O delegado também relatou que muitos loteamentos detinham mais de uma matrícula.

“É uma tarefa árdua, que exige muita paciência, porque o crime de grilagem nesses municípios é algo que nunca tínhamos visto antes”, destacou o delegado Sebastião Uchoa, garantindo que o inquérito está em fase conclusiva.

Uchoa ressaltou que estão sendo realizadas as últimas perícias documentais em livros de cartórios, enfatizando que várias pessoas já prestaram depoimentos. Ele disse ser importante esse contato com a Justiça, para que a magistratura tenha amplo conhecimento do andamento da peça informativa.

Morte do empresário

O delegado Sebastião Uchoa acrescentou, ainda, que o fio do novelo que provocou a descoberta dessa meada de crimes imobiliários foi puxado após o assassinato do empresário Maggion Lanyere Ferreira Andrade, executado a tiros na manhã de 14 de outubro de 2011, no Araçagi.

Participaram da reunião os juízes Sebastião Bonfim, diretor do Fórum de São Luís, Marcio José Carlos Martins Costa, da 3ª Vara de São José de Ribamar, Ana Cristina Araújo, que responde pela 2ª Vara de São José de Ribamar, Vanessa Clemente Sousa, da 2ª Vara de Paço do Lumiar, e Joelma Sousa Santos, do Juizado Especial de Paço do Lumiar, e Rafaella Saif, juíza da comarca de Raposa.

De acordo com a juíza Alice Prazeres, os delegados fizeram uma boa explanação dos fatos relacionados ao inquérito que apura irregularidades em registros públicos, mostrando a real situação da investigação ao Poder Judiciário.

Fonte: Corregedoria Geral de Justiça

Máquinas paradas

Máquinas que deveriam repor camada asfáltica da Avenida dos Franceses estão paradas na Vila Palmeira

As máquinas que deveriam repor o asfalto retirado há quase dois meses do trecho da Avenida dos Franceses entre o elevado Alcione Nazaré e o Detran estão paradas, inexplicavelmente, numa área em frente ao Parque Folclórico da Vila Palmeira. Enquanto isso, motoristas são obrigados a fazer malabarismo para trafegar na via, tornando o trânsito ainda mais complicado na área.

Ao desviar dos buracos que se formaram com a remoção da camada asfáltica, alguns condutores se expõem ao risco de acidentes, já que o tráfego na via é intenso. Alunos e instrutores de auto-escolas reclamam que a retirada do asfalto deixou o piso irregular, tornando as aulas ainda mais penosas.

Buraco teve diâmetro ampliado com retirada do asfalto: o que era para melhorar aumentou transtorno

Incomodados pelo problema, populares perguntam insistentemente aos operários da empreiteira contratada pela Prefeitura de São Luís para executar o serviço por que as máquinas permanecem paradas há vários dias, como se tivessem sido abandonadas. Mas a única resposta que recebem é “não sei”.

A Secretaria Municipal de Obras e Serviços Públicos (Semosp) também não dá resposta objetiva para o problema, limitando-se a informar que as obras na Avenida dos Franceses já começaram, sem revelar, no entanto, quando serão concluídas.

Fotos: Diego Chaves/O Estado do Maranhão

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