Edivaldo Holanda Jr. desbancou o prefeito João Castelo e governará São Luís a partir de 1º de janeiro de 2013
Edivaldo Holanda Jr., candidato da coligação “Muda São Luís”, é o novo prefeito de São Luís. Com 98,13% das urnas totalizadas, ele tem 56,10% dos votos, contra 43,90% de João Castelo, da coligação “Pra Fazer Muito Mais”.
Edivaldo obteve 270.188 votos, contra 211.010 dados a João Castelo, uma diferença de quase 60 mil votos. O índice de abstenção foi de 22,02%. Os votos nulos somaram 15.594 (3%) e os brancos, 11.654 (2,24%).
A maior diferença entre os dois candidatos a prefeito da capital foi registrada na 91ª Zona, que abrange a área Itaqui-Bacanga. Nessa região, o placar pró-Edivaldo foi de 63,9% a 36,1%.
A Polícia Federal no Maranhão realizou hoje (28/10) a Operação Eleições 2012 – 2º Turno, em São Luís, com o objetivo de prevenir e reprimir crimes eleitorais nas diversas zonas eleitorais da capital. Na ação, foram empregados 80 policiais federais, divididos em equipes de campo, ostensivas e veladas, e equipes de apoio para a realização de procedimentos de polícia judiciária.
Hoje, somente uma ocorrência foi registrada, às 16h00, quando a Polícia Militar conduziu até a Superintendência da PF em São Luís um presidente de mesa eleitoral que teria abandonado a seção por algumas horas, retornando apenas por volta das 15h00 e exalando odor de bebida alcoólica. O fato ocorreu na 2ª Zona Eleitoral, na Unidade Integrada Gonçalves Dias, Bairro de Fátima. No caso, foi lavrado termo circunstanciado de ocorrência pelos crimes de promoção de desordem que prejudica os trabalhos eleitorais e abandono do serviço eleitoral sem justa causa (Código Eleitoral, artigos 296 e 344). O autuado será liberado ao término do procedimento, após assinar termo de compromisso de comparecimento em juízo, conforme determina a legislação em vigor.
As atividades deste domingo (28/10) encerram com êxito essa etapa da participação da Polícia Federal nos trabalhos de segurança judiciária eleitoral. Tendo atuado nos dois turnos da eleição com a totalidade de seu efetivo disponível nas unidades de São Luis, Imperatriz e Caxias, a Polícia Federal esteve presente em mais de 30 municípios no Estado, auxiliando o Poder Judiciário e o Ministério Público Eleitoral no desempenho de suas competências, e colaborando para o pleno exercício do direito ao voto pela sociedade maranhense.
A Operação Eleições 2012 foi também exemplo de cooperação e coordenação com as demais forças e instituições de segurança no Estado. Agora, a Polícia Federal dará prosseguimento às investigações eleitorais instauradas no período, buscando verificar autoria, materialidade e circunstâncias de crimes eleitorais supostamente praticados, cumprindo sua missão institucional de proteger a democracia.
Este blog volta a transmitir, hoje, em tempo real, a apuração dos votos para prefeito de São Luís. A previsão do Tribunal Regional Eleitoral (TRE-MA) é que neste segundo turno a contagem termine mais cedo, por volta das 19h30.
Para ter acesso aos números em tempo real, o leitor deve clicar no link que está no fim deste texto. Quando abrir a página, deve clicar sobre o Maranhão no mapa de Brasil e, logo abaixo, escolher a opção “São Luís”. Depois, deve selecionar “Eleição Municipal 2012 2º Turno” para acessar os dados, que serão exibidos à direita do mapa.
Ao circular pela cidade, no início da tarde de hoje, este repórter percebeu um clima de tranquilidade, sem manifestações exaltadas de militantes dos candidatos João Castelo e Edivaldo Holanda Júnior. Muito do sossego se deve ao reforço da segurança público, inclusive com a atuação de tropas do Exército Brasileiro.
A calmaria deverá ser quebrado tão logo comece a apuração e, principalmente, após a definição do vencedor. Vale conferir aqui.
Tropas federais permanecem a postos até o fim da votação para coibir violações
As tropas do Exército que atuam no segundo turno da eleição para prefeito de São Luís não têm tido muito trabalho durante a votação. Poucas ocorrências significativas foram registradas até o momento, a maioria de desrespeito à Lei Seca e pelo crime eleitoral de boca de urna.
Todos os casos aconteceram na área da Cidade Operária. Nos arredores da Unidade Escolar Pedro Álvares Cabral, no Jardim América, que funciona como local de votação, foram fechados alguns bares cujos proprietários foram flagrados vendendo bebida alcoólica.
A tropa destacada para atuar na área, comandada pelo sargento Paulo Sérgio, também fez a prisão de um cidadão que fazia boca de urna próximo à unidade de ensino. A ocorrência foi comunicada à Justiça Eleitoral e o indivíduo detido foi entregue à polícia.
Uema
Próximo à Universidade Estadual do Maranhão (Uema), onde também funcionam seções eleitorais, policiais civis prenderam quatro homens que bebiam em um bar. Um quinto homem foi detido próximo ao muro da instituição de ensino após ter sido flagrado fazendo boca de urna.
As duas ocorrências foram informadas ao juiz eleitoral da referida zona e os cinco indivíduos presos foram encaminhados à delegacia.
Muitos erros e poucos acertos marcaram gestão de Castelo
O prefeito João Castelo (PSDB), a esta altura, já deve estar ciente de que amargará a derrota nas urnas neste domingo. Com 44% das intenções de votos, contra 56% de Edivaldo Holanda Jr., segundo pequisa Ibope divulgada ontem pela TV Mirante, o tucano, a partir de amanhã, começará a esvaziar as gavetas para dar lugar ao rival, que, à custa de alguns bons apoios políticos, do equilíbrio demonstrado no embate e de críticas certeiras à administração castelista, soube conduzir sua campanha rumo à vitória.
Diante dos muitos erros registrados nestes quase quatro anos de gestão, pode-se afirmar que Castelo perdeu para si mesmo. Alçado ao posto de prefeito, em 2008, graças a uma série de promessas, ele não só descumpriu o que anunciara aos eleitores como cometeu falhas que resultaram em desgaste irreversível à sua imagem de homem público.
Castelo não recriou o Bom Preço, não melhorou o trânsito e o transporte, muito menos a educação e a saúde. O desempenho do ensino sob sua administração foi sofrível. Trafegar nas ruas e avenidas da cidade tornou-se um martírio devido aos congestionamentos e à falta de fiscalização. Locomover-se de ônibus também virou suplício, em razão da superlotação e da falta de conservação de grande parte da frota.
A iminente derrota é o preço a ser pago por um prefeito que não primou pelo bem estar dos cidadãos que o elegeram. Centralizador ao extremo, Castelo não foi capaz de imprimir um ritmo administrativo que resultasse em melhorias aos ludovicenses. E o que é pior: sua gestão foi marcada por alguns retrocessos, como é o caso da própria educação.
Diante do cenário desfavorável, Castelo, certamente, está refletindo sobre os erros que cometeu. E sabe muito bem que a desaprovação do eleitorado ao seu nome pode ser atribuída, principalmente, à sua falta de sintonia com as modernas práticas políticas e de gestão.
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