Demissão em massa de diretores gera nova crise na educação municipal de São Luís

A demissão de cerca de 200 diretores de escolas que ocupavam cargos comissionados repercutiu negativamente para o prefeito de São Luís, Edivaldo Holanda Júnior, e gerou uma nova crise na educação municipal. Faltando exatos cinco dias para o início do ano letivo de 2013, dezenas de unidades de ensino da capital ainda não têm planejado seu cronograma de atividades em razão da medida. A portaria que determinou as exonerações foi baixada pelo prefeito dia 7 deste mês, mas somente na última quinta-feira (14) os profissionais souberam que estavam demitidos.
A grande maioria dos diretores afastados tinha o trabalho nas escolas como única fonte de sustento. Muitos ficaram desesperados ao saber que estavam desempregados. Segundo informações repassadas ao blog, os ex-diretores terão direito a receber por apenas sete dias de trabalho – justamente o período de fevereiro anterior à portaria.
Os gestores acusam Edilvado Holanda Júnior de ter descumprido a promessa feita em campanha de que todos os servidores contratados do Município que estivessem trabalhando efetivamente teriam os empregos mantidos.
Denúncia
A demissão em massa de diretores veio a público na última segunda-feira, quando o vereador Chaguinhas (PRP) criticou a medida no Plenário da Câmara Municipal. Ele cobrou providência do prefeito e afirmou que as medida foi tomada para acomodar apadrinhados políticos da atual gestão municipal. Um exemplo aconteceu na escola Paulo Freire, na Liberdade, onde uma diretora que ocupava o cargo há mais de uma década foi exonerada em em seu lugar assumiu uma leiga, que, segundo fontes, não teria experiência para exercer a função.
Na opinião deste blog, as exonerações são um contra-senso, pois ocorrem em um período crítico, a poucos dias do reinício das aulas, e depois de um ano desastroso para a educação municipal.
Com a necessidade urgente de reorganização da rede municipal de ensino, o mais sensato seria manter os profissionais já habituados com a rotina escolar, que tinham conhecimento dos problemas das escolas e já vinham trabalhando para contorná-los.
Diante das circunstâncias, a demissão em massa de diretores é, no mínimo, temerária.
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