Paço do Lumiar: Justiça condena ex-prefeito Mábenes Fonseca a 8 anos e meio de prisão

mabenesDecisão da 1ª Vara de Paço do Lumiar, assinada pela juíza Jaqueline Reis Caracas nessa terça-feira (10), condena o ex-prefeito do município, Manoel Mábenes da Cruz Fonseca, a oito anos e seis meses de reclusão e pagamento de multa no valor de R$ 31.695,36 por crimes contra o patrimônio da administração pública (Meta 2- 2009 CNJ). A Ação Penal foi movida pelo Ministério Público.

A sentença refere-se a crimes cometidos durante o exercício financeiro de 2001, cujas contas foram desaprovadas pelo Tribunal de Contas do Estado do Maranhão.

De acordo com a decisão, o ex-prefeito cometeu crimes dispostos no art. 89 da Lei nº 8.666/93 (Lei de Licitações) – “Dispensar ou inexigir licitação fora das hipóteses previstas em lei, ou deixar de observar as formalidades pertinentes à dispensa ou à inexigibilidade” –, e crimes previstos no art. 1º, inc. II do Decreto-Lei nº 201/1967 – “utilizar-se, indevidamente, em proveito próprio ou alheio, de bens, rendas ou serviços públicos”.

Pena

Para o primeiro crime, a condenação foi de dois anos e nove meses de reclusão e multa de R$ 2% sobre R$ 1.584.768,17 (R$ 31.695,36), montante envolvido nas ilegalidades apuradas. Já em relação ao segundo crime, a condenação foi de cinco anos e nove meses de reclusão. A juíza determinou, ainda, o impedimento do ex-prefeito a exercer cargo ou função pública, eletivo ou de nomeação pelo prazo de cinco anos.

Entre os fatos levados em consideração para a condenação do ex-prefeito de Paço do Lumiar, destaca-se que ele realizou diversas contratações emergenciais de prestação de serviços que, somadas, totalizaram mais de R$240 mil, sem formalização dos respectivos processos de dispensa das licitações, o que segundo a magistrada era “indispensável para se aferir se realmente era hipótese de dispensa ou se a situação era realmente caracterizada como emergencial”.

Somente para a empresa A.A Pereira Serviços, de acordo com os autos, foram formalizados cinco pagamentos no valor individual de R$ 12 mil, referentes a aluguéis de caçambas em um mesmo mês ou meses subsequentes, “ficando evidente o fracionamento da despesa, já que se trata do mesmo objeto”.

Também foi ressaltada a formalização de contratos de prestação de serviços e aquisição de bens/produtos, com o ex-prefeito autorizando os respectivos pagamentos, sem que tenha sido demonstrado o processo licitatório. A não obediência à Lei de Licitações ficou evidente nos contratos com a Empresa Alvema – Alcan Veículos Máquinas, Const. N. Sra. Conc. Luminense Ltda., Treliça Constr. Ltda., Brilhante Constr. Ltda., Embraco, MCV Abrantes, Construtora Vila Ltda., totalizando R$ 1.315.820,68.

Os gastos com a aquisição de material hospitalar e medicamentos também foram fragmentados, reduzindo os valores de contratos para caracterizar dispensa de licitação, propiciando a contratação de empresa escolhida pelo ex-prefeito. “Não há explicação plausível para a fragmentação de despesas com medicamentos e material hospitalar, não havendo nos autos qualquer justificativa para a aquisição desses materiais de forma fracionada, o que leva a crer que somente assim se deu para burlar processo licitatório”, conclui a juíza Jaqueline Caracas na sentença.

Mais ilícitos

Além das irregularidades citadas acima, a decisão cita ausência de diversos contratos de prestação de serviços com pagamento realizado no valor de mais de R$ 13 mil; empenhos posteriores em mais de R$ 6 mil; aquisição de combustível sem processo licitatório e excedendo o limite de dispensa, no valor de mais de R$ 49 mil; e repasse para a Câmara de Vereadores em valor superior ao determinado pela Constituição Federal.

“Diversas empresas e pessoas foram beneficiadas com a malversação do dinheiro do município, inclusive houve utilização de verbas públicas em proveito dos vereadores”, diz a magistrada.

O ex-prefeito Mábenes Fonseca poderá apelar da decisão em liberdade.

A magistrada ressaltou, no entanto, na sentença, que se vislumbra a prescrição em relação à condenação referente ao art. 89 da Lei de Licitações, devido à data dos fatos ocorridos até o recebimento da denúncia.

Fonte: Corregedoria Geral de Justiça

 

Trânsito estrangulado

A situação mostrada abaixo se repete diariamente, com maior frequencia no início da manhã, na Rua Barão de Itapary, no Centro. Devido à falta de espaço no estacionamento do Hospital Universitário Presidente Dutra, chega um momento em que os vigilantes da unidade de saúde põem um cavalete com o aviso de que o espaço está lotado. Acontece que alguns motoristas, insatisfeitos, insistem em ficar parados em frente ao portão, à espera de uma vaga, formando uma fila que ocupa quase meia pista.

O resultado é um congestionamento gigantesco, que costuma se estender até as proximidades da Ponte Bandeira Tribuzi. Vale lembrar que a faixa esquerda da rua também é usada como estacionamento e, não raro, condutores também param do lado direito.

Para piorar, os veículos que descem a Rua da Alegria, transversal à Barão de Itapary, ficam impedidos de fazer a conversão à esquerda, transformando o trecho em ponto de estrangulamento do tráfego.

Já passou da hora de as autoridades tomarem uma providência em relação ao problema, que tende a piorar a cada dia e pode evoluir para algo mais grave, pois é comum os ânimos ficarem exaltados, tamanho o abuso.

Motorista para carro na entrada do Hospital Dutra ao se deparar com placa com aviso "Estacionamento lotado"
Motorista para carro na entrada do Hospital Dutra ao se deparar com placa com aviso “Estacionamento lotado”
Logo atrás, motoristas tentam passar em meio à confusão de carros se forma devido à imprudência e a falta de fiscalização
Motoristas tentam passar em meio à confusão de carros formada devido à imprudência e à falta de fiscalização

Paço do Lumiar: prefeitura inaugura Unidade de Beneficiamento de Pescados e Mariscos

unidade pescado

A Prefeitura de Paço do Lumiar inaugura nesta quarta-feira a Unidade de Beneficiamento de Pescados e Mariscos do município, instalada na comunidade de Timbuba/Pau Deitado. A inauguração faz parte da programação da 10ª Semana Nacional do Peixe.

A solenidade acontecerá às 16h, com a presença do prefeito Josemar Sobreiro, da secretaria municipal de Agricultura, Pesca e Abastecimento, Rosany Aranha, pescadores e marisqueiros da região.

Serviço:

O quê: Inauguração da Unidade de Beneficiamento de Pescados e Mariscos de Paço do Lumiar
Onde: Avenida Principal S/N, Vila Bom Jesus, Timbuba/Pau Deitado
Quando: 11 de setembro (quarta-feira)
Horário: 16h

Mobilidade em risco

Parada de ônibus na Avenida dos Franceses, na Alemanha, foi destruída por carro desgovernado
Abrigo para usuários de ônibus na Avenida dos Franceses destruída por carro desgovernado (Foto: Flora Dolores)

A Prefeitura de São Luís parece fazer pouco caso com o drama dos mais de 740 mil usuários do transporte público da capital. Além de não adotar as providências necessárias ao bom funcionamento do sistema, como a melhoria das vias e a licitação das linhas, a administração municipal deixa de executar serviços básicos como substituição e recuperação de abrigos em vários pontos da cidade. Há paradas de ônibus sem cobertura, sem assentos, sujas e até destroçadas, a exemplo da instalada próximo à escola municipal Ciep, na Avenida dos Franceses, na Alemanha, parcialmente destruída no último domingo por um carro desgovernado e que até hoje está na mesma situação.

Devido à complexidade do sistema, as ações com vistas à melhoria do transporte público devem ser adotadas em várias frentes. O problema é que a prefeitura não consegue agir com eficiência em nenhuma delas. Uma prova é incapacidade de recuperar as vias destinadas ao tráfego de ônibus, quase todas congestionadas, esburacadas e mal sinalizadas. O péssimo estado de conservação da frota é outro incômodo cuja solução não se vislumbra. Da mesma forma, a superlotação dos coletivos, que atormenta o dia a dia dos usuários, parece incorrigível.

Voltando aos abrigos danificados, há mais exemplos que evidenciam o descaso com a comodidade e a segurança dos cidadãos que usam ônibus como meio de locomoção. Um deles é a parada em frente ao antigo Cine Monte Castelo, na Avenida Getúlio Vargas, atingida por um coletivo há mais de dois meses. Apesar do longo tempo decorrido, a estrutura ainda não foi substituída. A prefeitura não se prontificou sequer a consertá-la, a fim de devolver aos usuários o mínimo conforto.

O descaso também pode ser constatado em um abrigo instalado na Avenida Jaime Tavares, entre o Terminal de Integração da Praia Grande e o espaço do Aterro do Bacanga onde funciona uma feira livre. Assim como as duas já citadas, a estrutura foi atingida por um veículo e jamais foi recuperada. Não há outra explicação para a não execução de serviços tão básicos senão a falta de compromisso público. Por isso mesmo, a reação cada vez mais indignada da população é perfeitamente compreensível e justificável.

Em audiência pública, ontem, na Câmara de Vereadores, o novo secretário municipal de Trânsito e Transportes, Carlos Rogério Araújo, apresentou um plano de ações que, se executado da forma como foi concebido, solucionará o problema da mobilidade urbana em São Luís. O projeto prevê, entre outras melhorias, a licitação das linhas, a criação de um corredor exclusivo para ônibus e a construção de um novo anel viário. Espera-se que não seja um item a mais na já extensa lista de promessas que marcam a gestão do prefeito Edivaldo Holanda Júnior (PTC) nestes primeiros oito meses.

O caos no transporte público da capital já extrapolou todos os limites. O sistema está permanentemente sob o risco de um colapso e é alvo de críticas não só dos usuários, mas também de motoristas e cobradores, que alegam falta de condições de trabalho. Não menos insatisfeitos, os empresários se queixam constantemente de uma suposta crise financeira e, com base em tal argumento, restringem investimentos, o que fere gravemente o direito de ir e vir dos cidadãos.

Diante da complexidade do problema e da incapacidade da Prefeitura em resolver questões simples, a perspectiva ao transporte não é das melhores. O caos que impera no sistema impõe à administração municipal um grau de dificuldade extremo, que só será superado com dose extra de competência e disposição, virtudes que a atual gestão não demonstrou até agora.

Editorial publicado nesta quarta-feira em O Estado do Maranhão

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