Escolas da rede municipal são aprovadas para programa de cultura do Governo Federal

Secretário Geraldo Castro Sobrinho destaca valorização de iniciativas de professores, gestores e coordenadores escolares
Secretário Geraldo Castro Sobrinho destaca valorização de iniciativas de professores, gestores e coordenadores das escolas municipais de São Luís

Seis unidades da rede de ensino da Prefeitura de São Luís foram aprovadas na seleção do programa Mais Cultura nas Escolas, de iniciativa dos ministérios da Cultura e da Educação. A lista divulgada pelo governo federal contempla as Unidades de Educação Básica (U.E.B.) Justo Jansen, José Cupertino, Rosário Nina, Gomes de Sousa, Evandro Bessa e São Raimundo.

Atendendo à diretriz do prefeito Edivaldo Holanda Júnior de proporcionar formação gratuita, integral e de qualidade a todos os estudantes do município, os projetos desenvolvidos nas escolas de São Luís e selecionados pelo governo federal incentivam o aprendizado através de experiências lúdicas, que mesclam o imaginário infanto-juvenil a aspectos da cultura popular.

“Valorizamos e incentivamos a iniciativa dos gestores, coordenadores pedagógicos e professores que buscam boas parcerias e alternativas à rotina das salas de aula. Especialmente quando conseguimos, através delas, auxiliar no exercício da criatividade e na construção da identidade das crianças e adolescentes”, disse o titular da Secretaria de Educação (Semed), Geraldo Castro.

Cada iniciativa selecionada receberá entre R$ 20 mil e R$ 22 mil para desenvolver as atividades descritas pelo projeto. Os recursos serão repassados diretamente às escolas por meio do Programa Dinheiro Direto na Escola, do Fundo Nacional do Desenvolvimento da Educação (PDDE/FNDE). O valor é calculado conforme o número de estudantes matriculados na unidade de ensino. As atividades poderão acontecer dentro ou fora da escola, por pelo menos seis meses, durante o ano letivo.

Cordel

Autor de três livros de literatura de cordel, o professor Carlos Alberto Scanssette é o coordenador do “Convivência escolar”, um dos projetos aprovados para participar do programa Mais Cultura nas Escolas. A proposta para os alunos da U.E.B. São Raimundo é envolvê-los na produção de um livro de literatura de cordel e organizar um espetáculo teatral de bonecos com o tema da convivência escolar.

“A aprovação de um projeto como esse resgata a dignidade e a autoestima das nossas crianças e adolescentes. A partir desse projeto, eles serão autores de livros, produtores de peças, atores e sonoplastas. Isso renova o nosso sentimento de que vale a pena continuar investindo na formação dos estudantes”, disse orgulhoso o coordenador Scanssette.

O projeto Baú de Visões, da U.E.B. Rosário Nina, também foi selecionado pelo programa federal. A formação cultural e as manifestações populares do Bairro de Fátima ganharão cor e vida nas exposições artísticas e apresentações teatrais feitas pelos próprios alunos. “No projeto, contaremos com a participação do artista gráfico Jonilson Bruzaca e da jornalista Zina Nicácio. A dança, o bumba-meu-boi, as artes visuais e músicas serão alguns dos temas abordados pelos nossos alunos”, disse a gestora Gilmara Carneiro.

Os projetos inscritos na seleção poderiam dialogar com um ou mais eixos dos nove estabelecidos pelo programa Mais Cultura nas Escolas: Criação, Circulação e Difusão da Produção Artística, Cultura Afro-brasileira, Promoção Cultural e Pedagógicas em Espaços Culturais, Educação Patrimonial, Tradição Oral, Cultura Digital e Comunicação, Educação Musical, Culturas Indígenas e Residências Artísticas para Pesquisa e Experimentação nas Escolas.

Saiba mais

O programa Mais Cultura nas Escolas pretende potencializar processos de ensino e aprendizado por meio da democratização do acesso à cultura e da integração de práticas criativas e da diversidade cultural brasileira à educação integral. O investimento totaliza R$ 100 milhões apenas na primeira etapa, podendo ser investido na contratação de serviços culturais relacionados às atividades artísticas e pedagógicas.

Fonte: Secretaria Municipal de Comunicação (Secom)

Recepção calorosa

Lobão Filho é abraçado por membros da Juventude do PMDB ao surgir na área de desembarque (Fotos: Biné Morais/O Estado)
Lobão Filho é abraçado pela Juventude do PMDB ao surgir no saguão do aeroporto (Fotos: Biné Morais/O Estado)

O senador e pré-candidato ao governo Lobão Filho teve uma recepção calorosa ao desembarcar hoje, por volta de 13h30, no Aeroporto Marechal Cunha Machado. Centenas de correligionários foram cumprimentar o peemedebista, entre políticos, lideranças comunitários, representantes de movimentos sociais, entre outros aliados.

Assim que surgiu no saguão do aeroporto, Lobão Filho foi abraçado por membros da Juventude do PMDB, que o conduziram em meio à multidão. Os partidários usaram um megafone para reforçar o apoio ao pré-candidato e pedir a adesão de todos ao projeto de elegê-lo governador.

A imprensa deu cobertura ampla à chegada de Lobão Filho a São Luís, sem dúvida, o fato mais importante da pré-campanha ao governo até o momento.

O pré-candidato do PMDB em meio à multidão que foi recebê-lo; Arnaldo Melo foi um dos que o saudaram
O pré-candidato do PMDB em meio à multidão que foi recepcioná-lo; Arnaldo Melo foi um dos que o saudaram

Prefeitos, deputados federais, estaduais e vereadores de todo o Maranhão foram prestigiar o aliado. O presidente da Assembleia Legislativa, Arnaldo Melo (PMDB), também foi recepcioná-lo, na companhia de outros parlamentares.

Do aeroporto, Lobão Filho e comitiva seguiram para o Sítio Rangedor, sede do Poder Legislativo, onde já aguardavam a governadora Roseana Sarney (PMDB) e centenas de outros correligionários.

Saída temporária: após matéria do blog, Justiça anuncia que expedirá mandado de prisão a foragidos

“Os presos que não retornaram da saída temporária de Páscoa terão o mandado de prisão imediatamente expedido tão logo recebamos a informação”, garante a titular da 1ª Vara de Execuções Penais, juíza Ana Maria Almeida Vieira. O prazo para o retorno dos apenados se esgotou às 18h da última segunda-feira (21).

Os nomes dos presos que não cumpriram a exigência devem ser informados à VEP pelos dirigentes de estabelecimentos prisionais até as 12h do próximo dia 28 de abril.

Um total de 230 presos saiu das respectivas unidades prisionais no último dia 15. A saída dos apenados foi autorizada em portaria conjunta assinada pela titular da VEP e pela juíza Sara Fernanda Gama, auxiliar da 1ª Vara de Execuções Penais de São Luís.

As saídas temporárias têm base na Lei de Execuções Penais (artigos 122 a 125). De acordo com a LEP, “a autorização será concedida por ato motivado do juiz da execução, ouvidos o Ministério Público e a Administração Penitenciária e cumpridos os seguintes requisitos: comportamento adequado; cumprimento mínimo de um sexto da pena, se o condenado for primário, e um quarto, se reincidente; compatibilidade do benefício com os objetivos da pena”.

Fonte: Corregedoria Geral de Justiça

20% dos presos liberados na Semana Santa não retornaram

saida temporaria2Por meio da sua Assessoria de Imprensa, a Secretaria de Estado de Justiça e Administração Penitenciária (Sejap) informou que 20% dos 230 apenados beneficiados com a saída temporária da Semana Santa não retornaram às unidades prisionais onde cumpriam suas sentenças. São quase 50 foragidos, alguns temerosos por sua vida no cárcere e tantos outros dispostos a cometer os mais violentos crimes.

Os 230 apenados beneficiados com a saída temporária deveriam ter voltado aos presídios até as 18h do dia último dia 21. Todos deixaram a prisão na terça-feira, 15. Portanto, tiveram praticamente uma semana para visitar familiares, objetivo único da liberação.

Nesse período, era expressamente proibido a eles se ausentar do estado, ingerir bebida alcoólica, portar armas, frequentar festas, bares ou similares. Todos deveriam se recolher às suas casas até as 20h.  Mas é sabido que muitos costumam violar as normas e que alguns voltam a praticar crimes tão logo ganham a rua.

O regresso dos detentos aos presídios e eventuais alterações devem ser comunicadas pelos dirigentes dos estabelecimentos prisionais à 1ª Vara de Execuções Penais (VEP) até as 12h do próximo dia 28. E pelo percentual dos que não retornaram, a informação a ser repassada às juízas Ana Maria Almeida Vieira e Sara Fernanda Gama, que assinaram a portaria determinando a liberação, não será das melhores.

Os apenados que não voltaram aos presídios traíram a confiança da Justiça e provaram que não mereciam o benefício. E o que é pior, grande parte dos foragidos retornou à vida do crime.

Protesto por água

Moradores da Liberdade interditam, desde as primeiras horas de hoje, o trecho da Avenida Getúlio Vargas em frente à escola Fernando Perdigão (antiga Casa Inglesa), em um protesto contra a falta d’água. Os populares reclamam não há água sequer para satisfazer as necessidades básicas, como matar a sede e tomar balho. Eles exigem providência imediata da Companhia de Saneamento Ambiental (Caema).

Os manifestantes queimaram pneus na pista e exibem baldes e panela vazios. Um congestionamento quilométrico formou-se a partir do local do bloqueio.

Populares queimaram pneus e galhos de árvores para protestar contra falta d'água na Liberdade
Populares queimaram pneus e galhos e troncos em protesto contra falta d’água na Liberdade (Fotos: Nuna Neto)
Pista ficou bloqueada para o tráfego de veículos; motoristas foram obrigados a fazer desvios para seguir em frente
Pista foi bloqueada para o tráfego de veículos; motoristas foram obrigados a fazer desvios para seguir em frente
Avenida Luiz Rocha foi uma das opções de desvio para os condutores que fugiam do congestionamento
Avenida Luiz Rocha foi opção de desvio para os condutores que fugiam do congestionamento na Getúlio Vargas

Crime ou castigo

decio missaHá exatos dois anos, a imprensa do Maranhão, em particular o jornal O Estado, foi atingida por um fato brutal: o assassinato do jornalista Décio Sá, um dos profissionais mais destacados da sua geração e que, com coragem pessoal e competência profissional, alterou alguns parâmetros do fazer jornalístico, principalmente no segmento internet, como blogueiro. Décio Sá foi executado por um assassino de aluguel, contratado por chefões de uma máfia movida a agiotagem e extorsão e com atuação na seara dos municípios. Um crime hediondo, pela sua natureza cruel e covarde.

Não há como definir o sentimento que assolou corações e mentes de jornalistas na noite do dia 23 de maio de 2012. No final de uma jornada de mais um dia de trabalho duro e comprometido com a apuração e a divulgação de boas informações, Décio Sá deixou a Redação de O Estado pouco depois das 21h. Deslocou-se para o restaurante Estrela do Mar, que costumava freqüentar, onde chegou, acomodou-se, fez um pedido e, como sempre agia, usou o telefone – um dos números mais cobiçados e chamados por políticos, dirigentes públicos de todos os escalões, empresários, jornalistas, enfim, um amplo universo gerador e consumidor de informação.

Momentos depois, o pistoleiro Jhonatan de Sousa Silva desceu da garupa de uma moto, entrou no restaurante e, com a frieza dos facínoras, o executou a tiros de pistola na cabeça, sem dar-lhe tempo de sequer esboçar uma reação. E como fazem os covardes fugiu em seguida. A notícia do assassinato de Décio Sá acordou o Maranhão e o Brasil, que já dormiam tal o impacto causado pela perda de um homem de imprensa da sua estatura. As reações foram da perplexidade à indignação. A notícia ganhou o país e o mundo levando os mesmos sentimentos, porque é absurdo que um garimpeiro de informações do quilate do repórter de O Estado tivesse sido executado a tiros. Décio Sé se encontrava gozando de plena juventude, construindo uma família e consolidando cada vez mais, a cada dia, uma trajetória profissional que muitas contribuições ainda teria a dar ao jornalismo maranhense. Mais do que um crime, seu assassinato foi uma injustiça covarde.

Mas as verdades que publicara acerca da agiotagem que vinha extorquindo impunemente municípios pobres, reduzindo drasticamente os já minguados recursos destinados principalmente a educação, por serem escandalosas e inaceitáveis, causaram a ira dos bandidos, que decidiram sentenciá-lo à morte. Com a decisão, os canalhas pretenderam calá-lo e espalhar o medo na imprensa e a incerteza na sociedade. Executaram o plano torpe e brutal, mas erraram no segundo objetivo, porque a imprensa não se intimidou nem a Polícia cruzou os braços. Em pouco tempo assassino, mandantes e comparsas estavam atrás das grades.

Muitas maquinações e chicanas judiciais foram tentadas para livrar a pele do assassino, proteger mandantes e comparsas da mão pesada da Justiça, mas não funcionou. O executor e seu apoio já foram julgados e condenados. Os demais tentam de todas as maneiras fugir do júri popular, mas pelo visto não conseguirão. Nos próximos dias, a desembargadora Ângela Salazar deve se pronunciar sobre os vários recursos dos bandidos e tudo indica que ela confirmará o pedido do Ministério Público no sentido de que todos eles sentarão no banco dos réus e responderão por seu crime. Os familiares, os amigos, os jornalistas e a sociedade como um todo esperam que esse seja o rumo do caso.

De resto, permanece a lembrança do colega brincalhão e zoadento, que agitava a Redação com alegres provocações sobre política e futebol, sempre que adentrava nos finais de tarde; se mantém a imagem do profissional correto e eficiente, referência entre os colegas; alimenta-se a lembrança do blogueiro bem informado e destemido, que contribuiu decisivamente para valorizar esse canal da internet; aumenta, enfim, a certeza de que sua morte consolidou a realidade segundo a qual, por mais selvagem que tenha sido, o crime não será páreo para uma imprensa livre e comprometida com a verdade.

Editorial publicado nesta quarta-feira em O Estado do Maranhão

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