Desamparados por sindicatos pelegos, professores vão à luta sozinhos por reajuste do piso
Abandonados à própria sorte pelo Sindicato dos Profissionais do Magistério da Rede Pública Estadual (SINPROESEMMA), que hoje se resume a um braço do PCdoB no movimento sindical e claramente atrelado ao governo Flávio Dino, professores sem vinculação político/partidária decidiram ir à luta de forma independente pelo reajuste do piso salarial da categoria, cuja data-base é o mês de janeiro. Em protesto marcado para a próxima sexta-feira, a partir das 8h, em frente ao Palácio dos Leões, os educadores cobrarão o beneficio do governador Flávio Dino.
Faltando quatro dias para o fim do mês, os professores temem que o Governo do Estado viole o direito da categoria ao piso, que atualmente é de R$ 1.917,78 e já neste primeiro mês de 2016 deve ser reajustado para R$ 2.135,64. Os profissionais da educação criticam a inércia do SINPROESEMMA e a subserviência da entidade à gestão de Flávio Dino. Por isso, convocaram a categoria a se mobilizar em um dia de luta unificada, movimento extensivo aos educadores da rede municipal de ensino da capital.
“Esses dois senhores se esquivam da sua responsabilidade e usam de vários subterfúgios para não tocar nesse assunto”, denunciam os líderes do movimento, referindo-se ao governador do Maranhão e ao prefeito de São Luís, Edivaldo Holanda Júnior.
Os professores alertam também para o movimento nacional de prefeitos e governadores, que defendem a concessão do reajuste do piso salarial somente em agosto e reafirmam seu repúdio à omissão dos sindicatos que os representam.
“A postura dos presidentes e das diretorias do SINPROESEMMA e do Sindeducação (Sindicato dos Profissionais do Magistério Público do Município de São Luís) é, no mínimo, suspeita. Neste momento decisivo, essa turma se afasta da categoria e faz de tudo para não deflagrar a luta em defesa dos nossos direitos”, questionam os educadores independentes. “Não precisamos fazer muito esforço para perceber que isso é intencional e qual lado visa favorecer”.
Os educadores se dizem diante de um obstáculo que só será superado com luta e apontam como oponente não só o governo que lhes nega o direito, mas também os dirigentes sindicais que deveriam representá-los. “Eles (governo e sindicatos) lutam do mesmo lado e perseguem objetivos semelhantes”, arrematam os professores no manifesto por meio do qual convocam a categoria a se mobilizar.
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