Sem policiamento suficiente, pau cantou na Capela de São Pedro

Homem atira cadeira na direção de oponentes (Fotos: Biné Morais/O Estado)
Sem nenhum policial por perto, homem atira cadeira na direção de oponentes (Fotos: Biné Morais/O Estado)

Além da devoção, das homenagens e da alegria, a violência foi uma das marcas do último festejo de São Pedro, na capela que dá nome ao santo, na Madre Deus. Pessoas do público e até integrantes do grupos de bumba-meu-boi se envolveram em confusões e algumas saíram feridas. Enquanto o pau cantava, a polícia corria de um lado para o outro, atônita, para tentar conter os brigões.

Vítima de matracada, homem que se divertia no festejo é socorrido por amigo
Vítima de matracada na cabeça, homem que se divertia no festejo é socorrido por amigo, ensanguentado

Uma das brigas que mais chamou atenção envolveu brincantes dos bois Unidos Venceremos, de zabumba, e da Madre Deus, de matraca. O conflito ocorreu ao amanhecer, quando os dois grupos se encontraram no meio da multidão e nenhum quis abrir passagem para o outro. Resultado: socos, pontapés, matracadas, cadeiradas, pedradas e muito sangue.

Um dos brigões joga matraca para atingir rival, enquanto o público só obvervava
Um dos brigões joga matraca para atingir rival, enquanto o público só obvervava

A polícia demorou cerca de 15 minutos para chegar conter os ânimos. Enquanto os militares não chegavam, restou a alguns brincantes e espectadores tentar apartar a briga, sem sucesso. Houve até quem saísse machucado ao tentar apaziguar o clima.

Sentado no meio-fio, homem protege a cabeça, enquanto agressor o ameaça com matraca
Sentado no meio-fio, homem protege a cabeça, enquanto agressor o ameaça com matraca e é contido por mulher

As sucessivas brigas não deixaram dúvida de que o quesito policiamento foi negligenciado. Tanto a organização quanto os órgãos se segurança pública deveriam ter feito um planejamento adequado para a festa de São Pedro, que reúne, todos os anos, dezenas de milhares de pessoas na capela e no seu entorno.

Homem tenta levantar do solo após levar rasteira, enquanto é desafiado novamente
Homem tenta levantar do solo após levar rasteira, enquanto dois indivíduos ameaçam agredi-lo novamente

Ignorando todos os riscos, organizadores e forças policiais permitiram que fosse destacado um contingente policial reduzido para o evento. Por isso, sobrou pancadaria.

Gil Cutrim nega ter sido vítima de atentado no interior

Gil Cutrim disse que a informação sobre atentado não passa de boato
Gil Cutrim disse que a informação sobre atentado não passa de boato

O prefeito de São José de Ribamar e presidente da Federação dos Municípios do Estado do Maranhão (FAMEM), Gil Cutrim, desmentiu, na manhã desta quinta-feira (30), informação de que o mesmo teria sido vítima de atentando no interior do Estado.

Utilizando suas redes sociais, Cutrim classificou de boato a referida informação, que começou a circular na noite de ontem.

“Não passa de boato a informação, que circulou na noite de ontem, dando conta de que eu teria sido vítima de um atentado no interior do Maranhão. Estou muito bem, graças ao bom Deus, e logo mais, a partir das 17h, estarei inaugurando a Unidade Básica de Saúde do Residencial Pitangueiras, localizada na região da sede de São José de Ribamar”, afirmou o gestor em um dos trechos da nota.

Servidores municipais deflagram greve por tempo indeterminado em Bacuri

Servidores foram às ruas, mesmo debaixo de chuva, para reivindicar seus direitos
Servidores foram às ruas, mesmo debaixo de chuva, para reivindicar seus direitos

Fica cada vez mais complicada a situação no pequeno município de Bacuri, na Baixada Maranhense. Em todas as esquinas, seja na sede ou zona rural, a indignação da população é latente. Moradores alardeiam que por conta de ações na esfera cível e criminal, o prefeito José Baldoíno da Silva Nery(PP) não vem medindo esforços para manter-se no cargo.

E visando alcançar seus objetivos, vem atrasando o pagamento do funcionalismo e fornecedores em detrimento de um seleto e restrito grupo de advogados com forte trânsito no Tribunal de Justiça. No mês em curso, de acordo com informações de alguns vereadores, ao invés do dia 20, o repasse ao Legislativo foi feito no dia 22.

Na semana passada, revoltados, mesmo debaixo de chuva, centenas de professores deflagraram greve e fizeram passeata pelas ruas do município, dirigindo-se às sedes do Fórum, Promotoria e Câmara de Vereadores. No entanto, inexplicavelmente, ao que parece, em Bacuri a população continuará abandonada a própria sorte, haja vista que as autoridades constituídas assistem de braços cruzados os mandos e desmandos do prefeito, no auge do seu coronelismo, usurpar o erário público como se dele fosse.

“Todos nós sabemos como esse analfabeto(prefeito) se mantém no poder. Esses advogados, sobrinhos, genros e filhos de desembargadores, juntamente com esse pilantra, estão saqueando os cofres públicos, mas ninguém faz nada, ninguém diz nada. Todo mundo se faz de cego, surdo e mudo. Essa sangria do nosso dinheiro é que faz esse prefeito incompetente e despreparado está no cargo ainda hoje. Essa justiça é uma vergonha”, desabafou um professor que, temendo represália, pediu para não ser identificado.

Funcionária exibe cartaz cobrando regularização do transporte escolar
Funcionária exibe cartaz cobrando regularização do transporte escolar

Na Câmara de Vereadores, assim como no Fórum e sede do MP, os manifestantes pediram apoio. No legislativo, presidente do sindicato dos professores de Bacuri – Elivaldino Mafra, conhecido como Pulesco, ocupou a tribunal e apresentou a pauta de reivindicação, dentre elas, o pagamento dos Servidores em data certa (calendário); repasse das receitas do Sindicato (mensalidades sindicais); servidores em desvio de função; plano de cargos para todos os servidores e terço de ferias de 2012, nunca pago, mesmo depois de acordo judicial, e garantiu que a greve será por tempo indeterminado.

Notoriedade

O pequeno município de Bacuri, distante 501.7 km da capital maranhense, ganhou notoriedade nacional em abril de 2014, quando um fatídico acidente no povoado Madragoa, entre as cidade de Bacuri e Apicum Açu, resultou na morte de 08(oito) adolescentes com idade 11 e 17 anos.

Os estudantes, diferentemente do que determina a lei, estavam sendo transportados em uma camionete antiga, conduzida também por um adolescente de apenas 14 anos, que ao fazer uma ultrapassagem colidiu frontalmente com um caminhão.

Desde então, o Ministério Público Estadual ajuizou várias ações contra o prefeito, que vem a todo custo lutando para se manter no cargo. Na ação de Improbidade Administrativa, o MP afirma que “ houve fraude no procedimento licitatório(pregão presencial de nº 008/2013) de transporte escolar no município, verificando, sem sobra de dúvida que as partes estão ligadas, tendo agido, deliberadamente, com total aversão ao ordenamento jurídico brasileiro, ferindo princípios basilares da administração pública, como a moralidade, legalidade e impessoalidade, sem deixar de frisar que o gestor público faltou com o dever de bem gerir a coisa pública, efetuando a contratação de serviços por meio de processos licitatórios fraudulentos”.

Em outro cartaz, funcionária cobra pagamento das férias de 2012
Em outro cartaz, funcionária cobra pagamento das férias de 2012

Ainda no parecer ministerial, dos R$ 1.092.700,00(um milhão, noventa e dois mil e setecentos reais), valor total da licitação, dita pelo Parquet como fraudulenta, muito embora não tenha prestado qualquer serviço, 10%, ou seja, R$ 109.270,00(cento e nove mil e duzentos e setenta reais) ficou com o responsável da empresa vencedora, no caso Conservis Construção Comércio Ltda – ME.

Já os outros 90% eram devolvidos aos gestores, mas precisamente ao prefeito Baldoino da Silva Nery e a irmã dele, na época Secretaria de educação – Célia Vitória Neri, atualmente subsecretária do Cerimonial no Executivo Estadual. Além da condenação do prefeito José Baldoino, da irmã dele, Célia Nery(secretária de Educação), o MPE pede a condenação de vários outras pessoas, como Gersen James Correia Chagas(presidente da CPL), Wagno Setúbal de Oliveira(pregoeiro), Maria José dos Santos Azevedo( membro da CPL), Flavia Regina Assunção de Azevedo(secretaria da CPL), Raimundo Nonato Amorim Costa(integrante de apoio da CPL), Andrew Fabrício Ferreira Santos(sócio proprietário da Conservis) e Conservis Construção Comércio e Serviços Ltda – ME.

Com base no art. 12 da lei 8429(enriquecimento ilícito), o MP pugnou pela aplicação de multa, perda do cargo, suspensão dos direitos políticos e proibição de contratar com o poder público dos denunciados. No entanto, mesmo com o processo estando apto para julgamento há mais de dois meses, sabe-se lá com a conivência de quem, em Bacuri, tudo continua como antes no quartel de Abrantes.

Já na seara criminal, cujo relatoria do feito está a cargo do desembargador José Joaquim Figueiredo dos Anjos, uma audiência acontecerá no próximo dia 14. Vamos aguardar o desenrolar dos fatos.

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