Citado na Lava Jato, Flávio Dino agora está vulnerável

Citado na extensa lista de políticos envolvidos em atos de corrupção investigados pela Operação Lava Jato, o governador Flávio Dino (PCdoB) está vulnerável. O vazamento dos nomes mencionados pelos delatores da Odebrecht não poderia ter ocorrido em pior momento para o comunista, que, em pleno ano pré-eleitoral, passa a ser alvo de desconfiança geral, situação capaz de minar não só o seu projeto de poder, como o seu próprio governo.
Com a incômoda citação, Dino tem sua credibilidade abalada e fica a um passo da desmoralização. A não ser que consiga provar logo que a inclusão do seu nome na lista não passa de mero mal entendido, ficará acuado, sem chance de reação.
Há quem afirme que a citação do governante maranhense tem toda razão de ser. Tal convicção estaria relacionada a uma doação de campanha de R$ 5 milhões, oriundos de caixa dois, feita pela Odebrecht ao PCdoB nacional na campanha de 2014.
Ciente das chances reais de Dino de vencer o pleito daquele ano e se tornar o primeiro governador da história do PCdoB, a cúpula do partido teria canalizado parte do dinheiro sujo ao seu candidato no Maranhão. O suposto plano deu certo, mas, ao que tudo indica, o ônus agora recai sobre os ombros do principal expoente comunista desde então.
Tão logo o seu nome veio à tona entre os apontados pelos delatores, Dino recorreu, como de hábito, às redes sociais para tentar se eximir de qualquer culpa e desqualificar os acusadores.
Mas, diferente do que costuma ocorrer no Maranhão, onde, não raro, lança mão da sua poderosa estrutura mediática, da maquina estatal e até da sua influência nos tribunais para se esquivar de denúncias, o comunista não contará com nenhum fator extra para tentar provar sua inocência ao Superior Tribunal de Justiça (STJ).
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