Flávio Dino contrata engenheira da Petrobras por R$ 240 mil, sem licitação, como consultora da Emap

A Empresa Maranhense de Administração Portuária (Emap) vai promover uma gastança com consultoria especializada em infraestrutura, mesmo dispondo de técnicos altamente qualificados em seu quadro de servidores para cumprir tal tarefa. E o que é pior: a contratação, no valor de R$ 240 mil, foi feita com inexigibilidade de licitação, ou seja, a estatal abriu mão de realizar concorrência pública para contratar o serviço.
Contrariando discurso recente do governador Flávio Dino (PCdoB) de que no Estado o tempo é de “vacas magras”, a Emap contratou a engenheira carioca Magda Maria de Regina Chambriard, funcionária de carreira aposentada da Petrobras e ex-diretora geral da Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) como consultora para serviços de análise de infraestrutura portuária relacionados à movimentação de granéis líquidos. O extrato de resenha do contrato foi publicado no Diário Oficial do Estado no último dia 14.
Ficará a cargo de Magda a elaboração de estudos técnicos que contenham análises, recomendações e pesquisas conclusivas para o desenvolvimento de projeto para posicionar e indicar o potencial do Porto do Itaqui como Hub Port (Porto Concentrador de Carga).

O contrato, que teve a inexigibilidade de licitação ratificada nos autos do processo nº 1030/2017 e foi assinado pelo presidente da Emap, Ted Lago, e pelo diretor de Planejamento de Desenvolvimento da estatal, Jailson Macedo Feitosa Luz, terá vigência de 12 meses.
Currículo
Em 2014, Magda Chambriard foi acusada de participar de uma manobra do governo petista da presidente afastada Dilma Rousseff para retardar as investigações feitas pela Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) da Petrobras ao prestar depoimento em uma sessão esvaziada, na Câmara Federal.

Também foi acusada de trair os ex-presidentes Lula e Dilma, que a alçaram ao cargo de diretora-geral da ANP, ao estimular, durante audiência pública no Senado, o Congresso Nacional a discutir se para o país seria bom que a Petrobras fosse obrigada a ter participação mínima de 30% em todos os consórcios de exploração das áreas de petróleo e gás da camada pré-sal no regime de partilha de produção, como prevê a Lei nº 5.938, de 2009, fruto de articulação dos dois ex-governantes petistas.
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