A hora dos bancos se coçarem

Por Adriano Sarney*

Nenhum setor da economia brasileira e mundial é mais lucrativo do que o bancário. São bilhões de dólares de lucro por trimestre, principalmente após o boom do crédito fácil vivido na última década. Os bancos são mais do que empresas, são instituições que, de tão grandes, não podem quebrar para “não prejudicar o sistema financeiro e a segurança nacional”. Entretanto, nesse momento de crise na saúde, mas também nas áreas sociais e econômica, as instituições financeiras não podem permanecerem alheias, todas devem dividir a dose de sacrifício em prol do coletivo. Com seu alto grau de alavancagem e volume de capital, esse setor é capaz de absorver parte do impacto econômico causado na crise atual.

Segundo a Economatica, o lucro líquido apenas dos 4 maiores bancos do Brasil (Itaú, Bradesco, Banco do Brasil e Santander) foi de R$ 81,5 bilhões em 2019 ante R$ 69,1 bilhões em 2018, um crescimento de 18%. Com efeito, é impossível o cidadão não deixar parte de sua renda para os bancos, seja em forma de taxas, juros ou serviços. Até mesmo nos investimentos que não rendem quase nada e que se paga uma alta taxa de administração, os bancos ganham bastante ao emprestar à juros o dinheiro do poupador para terceiros.

Na última década, os empréstimos bancários para pessoas físicas e empresas explodiram, assim como o nível de endividamento. Um dos principais motores de crescimento da economia após a crise financeira de 2008 foi a expansão da política de crédito, dos financiamentos a juros elevados e descolados da realidade econômica das pessoas e das atividades empresariais. Os bancos bombaram! Agora com a população endividada e carecendo de liquidez para custear o seu dia a dia, é hora dos bancos exercerem uma compensação social e, sobretudo, emergencial.

É inconcebível que algumas instituições financeiras ainda pensem somente em lucrar a qualquer custo durante a crise em que vivemos. Em reunião extraordinária remota da Frente Parlamentar em Defesa da Micro e Pequena Empresa (FPME), a qual eu coordeno, discutimos a insistência dos bancos em cobrar altos spreads bancários para o repasse dos recursos federais emergenciais de R$ 40 bilhões às pequenas empresas. Fato este que encareceria o crédito, que deveria ser uma “ajuda”, para quem está em crise. Como se também não bastasse a lógica “antiga” de análise de crédito que está sendo aplicada pelas instituições financeiras restringindo crédito as empresas e pessoas físicas que apresentam risco de inadimplência. E quando não restringem, quanto maior o risco de inadimplência, maior os juros cobrados. Qual a empresa ou cidadão na situação em que estamos não aumentou seu risco de inadimplência? Os bancos precisam buscar alternativas e NÃO empossar a liquidez disponibilizada por medidas recentes do Banco Central. A sua aversão ao risco e alta seletividade PRECISAM ser revistas. O Banco Central não criou incentivos a concessão de crédito com o objetivo de injetar liquidez apenas aos ótimos pagadores (grandes empresas).  Eles precisam entender que, pelo bom senso, estamos vivendo um novo paradigma.

Algumas iniciativas dos bancos de renegociação e postergação dos pagamentos estão sendo praticadas. NÃO é o suficiente! Os bancos são ótimos em cobrar. Agora é hora deles mostrarem que também são ótimos de conceder crédito. Não empossar a liquidez! Não ficar sentado em cima do capital. Precisam criar novas linhas de crédito direcionadas aos mais necessitados. Caso contrário, a espiral viciosa da depressão que estamos vivendo poderá colocá-los de frente com a situação de que nem as grandes empresas pagarão com os seus empréstimos. Em tempos como os de hoje em dia, os todos devem colocar as mãos na consciência e exercer sua compensação/contribuição social dos tempos que não existem mais… pelo menos por enquanto!

Deputado Estadual, Economista com pós-graduação pela Université Paris (Sorbonne, França) e em Gestão pela Universidade Harvard.
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Novo decreto de Flávio Dino endurece quarentena na Grande São Luís, mas flexibiliza normas em cidades sem casos de coronavírus

Flávio Dino deixou medidas preventivas a cargo de prefeitos em cidades sem registro de Covid-19

Novo decreto editado neste sábado (11) pelo governador Flávio Dino mantém a suspensão do comércio e dos serviços não essenciais na Ilha de São Luís até o dia 20 de abril. A medida foi tomada porque nessa região estão 94% dos casos confirmados de coronavírus e 100% das mortes causadas pela doença no estado.

Além disso, a fiscalização será intensificada, com a possibilidade do chamado lockdown, ou seja, o bloqueio total de atividades, na hipótese de crescimento acelerado de casos.

Nas cidades onde não há registro de casos ou existe uma quantidade muita reduzida, os prefeitos poderão permitir atividades econômicas, desde que observadas restrições e orientações sanitárias.

Ou seja, cada prefeito deverá avaliar a situação, diante da realidade local, e adotar as regras pertinentes – sempre seguindo as orientações e normas sanitárias.

Se o prefeito de determinado município não editar nenhum ato acerca das atividades que podem continuar, estarão valendo as restrições previstas no decreto do Governo do Maranhão. Ou seja, o comércio e os serviços não essenciais continuarão suspensos na cidade

Se houver aumento de casos em alguma região, o Governo do Estado poderá, a qualquer momento, editar novas normas restritivas.

Bancos e lotéricas

De acordo com o decreto, os bancos e lotéricas terão 72 horas para implantar medidas a fim de evitar aglomerações, tanto dentro como na porta das agências.

Também será necessário o uso de equipamentos de proteção individual pelos funcionários, podendo ser máscaras laváveis ou descartáveis

Essas medidas foram tomadas após o Supremo Tribunal Federal dar aval, nesta semana, para que os Estados adotem esse tipo de regra. O Governo do Maranhão já havia enviado ofício ao Banco Central pedindo providências nesse sentido – uma vez que a regulação bancária é de responsabilidade do Governo Federal –, mas não havia obtido resposta.

“Os bancos não estão tomando providências para organizar o fluxo de pessoas para ter acesso às suas agências. Estou determinando que o façam, sob pena de fiscalização e sanções previstas na legislação sanitária”, afirma o governador Flávio Dino.

Aulas e viagens

O decreto também mantém até o dia 26 de abril a suspensão das aulas em todo o Maranhão e das viagens interestaduais de ônibus. Ou seja, os ônibus que saem e entram no Maranhão, com exceção de áreas como Timon-Teresina, na qual muitas pessoas residem numa cidade e trabalham em outra.

Veja o que pode e o que não pode funcionar na Grande São Luís e nas cidades onde não houver novos atos editados pelos prefeitos:

NÃO PODEM FUNCIONAR

  • Atividades que impliquem aglomeração de pessoas em espaços públicos
  • Academias, shopping centers, cinemas, teatros, bares, casas noturnas, restaurantes, lanchonetes, centros comerciais, lojas, salões de beleza e estabelecimentos similares
  • Visitas a pacientes com suspeita de infecção ou infectados por coronavírus, tanto na rede pública como na particular
  • Atracação de navio de cruzeiro vindos de estados ou países com circulação confirmada do coronavírus

PODEM FUNCIONAR

  • Hospitais, clínicas, laboratórios, farmácias, óticas e demais estabelecimentos de saúde
  • Mercado, supermercados e venda de alimentos
  • Delivery, drive thru e retirada no local de bares, restaurantes, lanchonetes, depósito de bebidas e similares
  • Clínicas, consultórios e hospitais veterinários, pet shops e lojas de produtos agropecuários
  • Lojas de material de construção
  • Borracharias, oficinas e serviços de manutenção e reparação de veículos
  • Restaurantes e pontos de parada e descanso, às margens de rodovias, para caminhoneiros
  • Dedetizadoras
  • Postos de combustíveis, venda de gás e serviços de transmissão e distribuição de energia
  • Coleta de lixo e serviços funerários
  • Serviços de telecomunicações
  • Segurança privada e imprensa
  • Distribuição e a comercialização de álcool em gel e produtos de limpeza, bem como os serviços de lavanderia
  • Serviços relativos ao tratamento e abastecimento de água
  • Atividades internas das instituições de ensino visando à preparação de aulas para transmissão via internet
    Em todos os estabelecimentos autorizados a continuar funcionando, é necessário adotar:
  • Distância de segurança entre as pessoas
  • Uso de equipamentos de proteção individual, podendo ser máscaras laváveis ou descartáveis
  • Higienização frequente das superfícies
  • Álcool em gel e/ou água e sabão para clientes e funcionários

Universidade Ceuma: 30 anos de ensino, inovação e expansão

O Estado

O engenheiro Mauro Fecury com o então presidente Sarney no ato da autorização do Ceuma

“Acreditar é enxergar antes de todo mundo. E isso é o que fazemos desde o começo”. Com essa frase inspiradora, a Universidade Ceuma resume com precisão, em seu site, a sua trajetória de sucesso como centro de formação de profissionais de nível superior, que no último dia 9 completou 30 anos. Da autorização concedida pelo Governo Federal, em 1990, para ministrar cursos de graduação, até os dias atuais, a instituição avançou com determinação e de forma ininterrupta rumo ao status de melhor universidade do Maranhão, reconhecido pelo próprio Ministério da Educação, em 2015, tornando-se referência em ensino acadêmico nas regiões Norte e Nordeste do Brasil.

Em três décadas de fundação, a Universidade Ceuma já formou mais de 75 mil profissionais de nível superior, em diversas áreas de atuação, um reforço e tanto para o mercado de trabalho maranhense, um dos mais carentes de mão de obra qualificada do país. Não é exagero dizer que ao graduar tantos alunos a instituição prestou um serviço de extrema relevância ao estado, que se valeu da capacitação em massa de recursos humanos para trilhar, a passos firmes, o caminho de desenvolvimento.

“Era necessário oportunizar a um número maior de pessoas o acesso à formação profissional de qualidade, permitir que mais maranhenses tivessem a chance de mudar os indicadores sociais e, assim, garantir desenvolvimento local e nacional”, enfatiza a reitora Cristina Nitz da Cruz, em mensagem transmitida a estudantes, professores, demais servidores e a toda a sociedade para marcar os 30 anos de fundação da primeira instituição de ensino superior particular do Maranhão.

Visionários

A reitora faz questão de destacar a iniciativa do engenheiro Mauro Fecury (ex-prefeito de São Luís por dois mandatos, ex-senador e ex-deputado federal) e de sua esposa, Ana Lúcia Chaves Fecury, de lançar as bases e concretizar o ousado projeto educacional, protagonizando um feito pioneiro para os maranhenses. “Visionários, nossos mantenedores orgulham-se de ter assumido o desafio de implantar, no Maranhão, a primeira instituição de ensino superior particular”, pontuou.

A data comemorativa também é um momento oportuno para louvar os esforços dos funcionários, desde o mais graduado aos responsáveis pela manutenção física de cada prédio, para que a Universidade Ceuma se transformasse em potência no ensino superior, modelo em seu segmento em nível regional e apta a avançar ainda mais. Tal evolução é atribuída ao trabalho em equipe, ao trabalho com competência e comprometimento. “Se atingimos, ao longo desses 30 anos, patamares de qualidade, credibilidade, isso é resultante do esforço de cada um de nós”, reconhece Cristina Nitz.

Estrutura

Cerimônia de colação de grau da Universidade Ceuma: reforço para o mercado de trabalho

Da fundação até hoje, a Universidade Ceuma vem construindo a mais completa estrutura do estado. Ao apresentar-se à comunidade, em seu site, a instituição define as suas instalações físicas da seguinte forma: “Nossa estrutura se expande. Vai além das centenas de salas e laboratórios com equipamentos de ponta e das instalações modernas nos seis campi em três cidades do Maranhão. Extrapola o investimento permanente em capital humano e financeiro. Também é a forma de ensinar, é o debate instigante da sala de aula, a reflexão crítica, a valorização humana, é o trabalho diário de fazer pensar, dominar conteúdos e produzir mais e mais conhecimento. É isso o que fazemos para você e seu futuro. Para você e suas conquistas”. Tantas virtudes compõem um ambiente apropriado às melhores práticas de graduação.

Por acreditar em um futuro melhor, a instituição faz investimento maciço e permanente em pesquisas. Um dos ícones dessa agenda acadêmica positiva é a Biblioteca “Presidente Sarney”, instalada no Campus Renascença, a maior do ensino universitário do Maranhão. As bibliotecas instaladas nos demais campi também não deixam a desejar e oferecem as melhores condições ao aprendizado dos alunos, com salas de estudo em grupo, cabines de estudo individual, salão nobre e salão principal, salas de internet e terminais de consulta.

Os investimentos em tecnologia de ponta e na contratação de profissionais de alto nível também comprovam o alinhamento da Universidade Ceuma com a modernidade e a preocupação em adotar sempre um método de ensino atualizado, com uso de ferramentas inovadoras e práticas docentes conduzidas por professores que estejam em sintonia com a realidade atual da educação. “Contamos com brilhantes e experientes professores que, junto com nossa equipe, já formaram mais de 75 mil profissionais”, ressaltou a reitora.

Instituição se reinventa durante a pandemia de Covid-19

Neste momento em que o mundo é assolado pela pandemia de Covid-19, que mudou drasticamente a rotina das pessoas e das organizações, a Universidade Ceuma se reinventa e mantém o foco na formação dos seus alunos, lançando mão de plataformas tecnológicas para transmitir conhecimento.

Por causa da suspensão das aulas presenciais, por decreto estadual, e em atendimento a recomendação do Instituto de Promoção e Defesa do Cidadão e Consumidor do Maranhão (Procon-MA), além de portaria autorizativa do MEC, a Universidade Ceuma recorreu, ainda com mais ênfase, à tecnologia para possibilitar o cumprimento integral da carga horária de aulas prevista em lei.

Sem medir esforços para ofertar aos seus alunos as melhores condições de estudo possíveis durante período tão delicado, a instituição intensificou o uso da plataforma TEAMS para aulas à distância e colocou-se à disposição da comunidade acadêmica para estabelecer a melhor comunicação possível durante o período de suspensão das atividades presenciais. Outra providência tomada foi viabilizar meios para que as aulas que não puderem ser ministradas em ambiente virtual possam ser repostas conforme a necessidade de cada curso.

O intuito é um único só: minimizar quaisquer prejuízos que possam atingir os alunos, em virtude da situação ora imposta.

Grupo Ceuma

Integra a rede de seis instituições de ensino superior sediadas em quatro capitais e mais duas cidades de três regiões brasileiras:

– A primeira universidade particular do Maranhão, CEUMA, criada em 1990, em São Luís, marca o surgimento do Grupo CEUMA e seu projeto de expansão.

– Oito anos depois, nasce o Centro Universitário UNIEURO, em Brasília, e o imediato funcionamento de cinco cursos superiores na capital federal.

– Em 2007, a Faculdade Metropolitana da Amazônia, a FAMAZ, em Belém, lança o novo ciclo de empreendimentos do Grupo CEUMA. A unidade nasce com quatro cursos superiores e, em 2009, inaugura sede própria. Em menos de uma década, alcança a marca de 21 cursos, só na Pós-Graduação.

– Alguns anos depois, nasce o CEUPI, Centro Universitário do Piauí, reforçando a estratégia da proficiência na educação0 superior na região Nordeste. Em 2016, a marca CEUPI é oficialmente incorporada à rede do Grupo CEUMA.

– Em 2018, surgem mais duas instituições de ensino – o CESUP e o CESUT – , ambas na cidade de Palmas, capital do Tocantins, reforçando a política do Grupo de ampliar a educação superior na região Norte.

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