Flávio Dino defende processo criminal contra Sérgio Moro se o ex-ministro não delatar Bolsonaro

Sem cacife político algum e relegado à insignificância e ao vexame de ter pontuado muito abaixo da margem de erro na mais recente pesquisa de intenções de votos para a sucessão presidencial, o governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB), não consegue esconder seu desespero com desempenho tão inexpressivo e força a barra para tentar se inserir no debate nacional com uma ameaça explícita ao ex-ministro da Justiça e Segurança Pública Sérgio Moro.
Em meio à troca de acusações entre o seu ex-colega de toga e o presidente Jair Bolsonaro, o comunista abandona a sua alçada em plena pandemia de novo coronavírus para sugerir um processo criminal contra Moro caso este deixe de delatar o chefe do Poder Executivo nacional, a quem acusou de tentar interferir em investigações da Polícia Federal e de cometer outros atos incompatíveis com o cargo público máximo da Nação.
Desprezando completamente a situação de grave descontrole do contágio pela Covid-19 no Maranhão, onde já foram confirmados nada menos do que 4.227 casos, com 249 mortes, Dino prioriza uma interferência inoportuna nos destinos da República, sem qualquer legitimidade para tal, enquanto milhares de cidadãos a quem deveria cuidar, agonizam sem leitos e com chances reduzidas de sobreviver à peste, inclusive centenas de profissionais de saúde que atuam na linha de frente do combate à grave doença sem condições plenas de atender os pacientes e de proteger a si próprios.
Atitude oportunista, desumana, desprezível e, portanto, preocupante, digna do mais sonoro repúdio.
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