Condutores sem habilitação estão envolvidos em quase um terço dos acidentes nas rodovias federais do Maranhão

Número de infrações relacionadas a motoristas inabilitados cresceu 14,8% em 2025; PRF reforça importância da fiscalização e alerta para os riscos dessa prática

Policial rodoviário federal verifica documentação de motociclista abordado em fiscalização

De janeiro a setembro de 2025, foram registrados 829 acidentes nas rodovias federais que cortam o Maranhão. O dado, por si só, já chama atenção. Mas um recorte dentro desse total revela um problema ainda mais grave: em quase um terço das ocorrências havia ao menos um condutor sem habilitação. No mesmo período, 265 motoristas inabilitados estiveram envolvidos em sinistros de trânsito, muitos deles com consequências fatais.

Entre os 155 acidentes com mortes atendidos pela Polícia Rodoviária Federal (PRF) neste ano, 79 tiveram a participação de condutores que não possuíam carteira de habilitação. As estatísticas também revelam que, das 183 vítimas fatais, 139 estavam na condução do veículo — e 80 desses condutores não eram habilitados, o que significa que mais da metade dos motoristas que morreram nas rodovias federais do Maranhão não tinham permissão legal para dirigir. A faixa etária mais atingida vai dos 18 aos 49 anos, que concentra a maior parte das vítimas — em sua maioria, motociclistas.

O crescimento desse tipo de ocorrência acompanha o aumento das autuações por condução sem habilitação. Entre janeiro e setembro deste ano, foram 7.024 infrações registradas no estado — um acréscimo de 14,8% em relação ao mesmo período de 2024, quando houve 6.118 registros. Em todo o ano passado, o total chegou a 8.342 autuações, o que indica que o número de flagrantes em 2025 deve ultrapassar a marca do ano anterior.Fiscalização da PRF na BR-222, em Barra do Corda (MA).

Fiscalização da PRF na BR-222, em Barra do Corda (MA)

Dirigir sem possuir habilitação é infração gravíssima, conforme o artigo 162, inciso I, do Código de Trânsito Brasileiro (CTB). A penalidade prevê multa multiplicada por três e a retenção do veículo até a apresentação de um condutor habilitado. Quando essa conduta gera perigo de dano, também pode configurar crime de trânsito, previsto no artigo 309 do CTB, com pena de detenção de seis meses a um ano, além de multa. Já entregar o veículo a pessoa inabilitada também é uma infração de trânsito, tratada no artigo 163, e pode, inclusive, resultar em responsabilização criminal, conforme o artigo 310.

intensificação da fiscalização tem sido uma das estratégias da PRF para enfrentar o problema. As equipes atuam de forma integrada em pontos estratégicos do estado, realizando abordagens educativas e preventivas, além das ações de comando de fiscalização em trechos com maior incidência de acidentes. O objetivo é reduzir o número de ocorrências graves e retirar das rodovias condutores que representam risco à segurança pública.

O superintendente da PRF no Maranhão, Francinácio Medeiros, destaca que a condução de veículo sem habilitação é uma das práticas mais perigosas no trânsito e reforça o papel da fiscalização na preservação da vida.

Fiscalização da PRF na Br-135, em São Luís (MA)

“A habilitação não é apenas um documento, mas a comprovação de que o cidadão passou por um processo de formação e está apto a conduzir um veículo com segurança. Quando alguém assume o volante sem essa preparação, coloca em risco a própria vida e a de todos que trafegam na rodovia. Nosso trabalho de fiscalização é essencial para coibir essa conduta e salvar vidas”, afirmou o superintendente.

O levantamento reforça a necessidade de ações contínuas de educação, fiscalização e conscientização no trânsito. A presença das equipes nas estradas e o cumprimento das normas, principalmente por condutores, são fatores decisivos para a redução da violência viária e a preservação de vidas nas rodovias federais do Maranhão.

Ação de acolhimento e reflexão sobre saúde mental no ambiente hospitalar

Colaboradores do Hospital dos Servidores Estaduais participaram de dinâmica e roda de conversa

Roda de conversa sobre acolhimento e saúde mental com colaboradores do Hospital dos Servidores Estaduais

O Hospital dos Servidores Estaduais (HSE-HSLZ) encerrou as atividades alusivas à campanha setembro amarelo com uma programação especial organizada pelo Grupo de Trabalho Humanizado (GTH).

Sob o tema da campanha “Se precisar, peça ajuda!”, a iniciativa buscou oferecer um espaço de diálogo, acolhimento e conscientização sobre a prevenção do suicídio. A ação foi conduzida pelo psicólogo e coordenador do GTH, Paulo Vasconcelos, que mediou as atividades ao lado da equipe multidisciplinar.

O Diretor-Geral do HSE-HSLZ, Plínio Tuzzolo, destacou a importância do acolhimento no ambiente hospital em prol da saúde mental dos profissionais de assistência

Logo na recepção, os participantes foram recebidos com abraços simbólicos de acolhimento e energia. A programação contou com dinâmicas, exibição de vídeos, depoimentos de superação e rodas de conversa, sempre com o objetivo de desmistificar tabus, identificar sinais de sofrimento mental e apresentar recursos de enfrentamento.

Colaboradores do HSE-HSLZ Wanderley, Jullya e Jéssica aprovaram a ação

Saúde Mental deve ser prioridade o ano todo

Segundo dados do Ministério da Saúde, o Brasil registra em média 14 mil suicídios por ano – cerca de 38 mortes por dia. Para Paulo Vasconcelos, promover espaços de fala e escuta é fundamental: “Criar um espaço para que seja tratado de forma consciente e humanizada esse tema significa possibilitar o acolhimento dessa demanda e plantar a sementinha da esperança naqueles que, por alguma razão, a perderam e estão em sofrimento psíquico.”

Time multidisciplinar de profissionais de saúde do Hospital dos Servidores Estaduais (HSE-HSLZ) reunidos em ação de conscientização sobre saúde mental

O Diretor Geral do HSE-HSLZ Plínio Tuzzolo destacou a relevância dessas iniciativas de prevenção no ambiente hospitalar. “Manter a humanização no ambiente profisisonal também implica em abrir espaços de escuta ativa e acolhimento das equipes de saúde. Esse momento reforçou esse diálogo e serviu para lembrar que a saúde mental deve ser prioridade todos os dias do ano”, destacou o Diretor.

Grupo Ceuma reúne autoridades do Judiciário para debater desafios da democracia e das instituições em época de COP30

O Grupo Educacional Ceuma promove, no dia 15 de outubro de 2025, na Biblioteca de Águas Claras, do Centro Universitário UNIEURO, um grande encontro para debater os rumos da democracia e das instituições brasileiras em um contexto de transformações globais marcadas pela COP30.

Autoridades confirmadas:

Ministro do STF, André Mendonça
Ministra do TST, Liana Chaib
Ministro do STJ, Teodoro Silva Santos
Ministro do STJ, Reynaldo Soares da Fonseca
Desembargador Pablo Zuniga Dourado
Desembargador Newton Pereira Ramos
Desembargador João Carlos Mayer
Desembargador Roberto Veloso
Juiz de Direito TJ-MA Douglas Martins
Prof. Dr. Rafael Fonseca

O evento será realizado nos turnos matutino e noturno, com participação de estudantes, egressos e professores em atividades integradas ao calendário acadêmico.

Links da transmissão:

Manhã: https://youtube.com/live/cgDJUttrlFQ?feature=share

Noite: https://youtube.com/live/eq7p_M7u4Dw?feature=share

Projeto de Lei assegura amparo a mães que perderam seus filhos em crimes violentos

O vereador Marlon Botão ressalta que a violência tem deixado um rastro de dor nas comunidades e que em meio a esse triste contexto as mães não podem ser esquecidas

“A dor de uma mãe que perde um filho para a violência é profunda e devastadora. É dever do poder público acolher e cuidar dessas mulheres”. A observação é do vereador Marlon Botão (PSB), em justificativa ao Projeto de Lei nº 239/2025, de sua autoria, que propõe a criação de uma política pública de acompanhamento psicológico a mulheres que perderam filhos vítimas de crimes fatais ou mortes violentas. 

De acordo com o projeto, o município deverá oferecer atendimento psicológico gratuito, contínuo e de qualidade, por meio dos sistemas públicos de saúde e apoio social. O serviço incluirá sessões individuais, acompanhamento familiar e a criação de grupos de apoio. A proposta também prevê que o acompanhamento se estenda à família como um todo, reconhecendo o impacto coletivo da tragédia.

O projeto considera como beneficiárias todas as mulheres – independentemente de idade ou condição socioeconômica – cujos filhos tenham morrido em decorrência de crimes violentos, desde que a causa da morte esteja comprovada por laudos oficiais. Entre as ações previstas na lei, estão a formação de profissionais da rede municipal de saúde mental, o incentivo à criação de grupos de apoio e o encaminhamento das famílias a programas de proteção à vida, quando necessário. 

Estudos mostram que mães que vivenciam esse tipo de luto traumático estão mais propensas a desenvolver quadros graves de depressão, ansiedade e estresse pós-traumático. A ausência de apoio adequado pode comprometer não só sua saúde mental, mas também sua capacidade de retomar a vida, cuidar de outros filhos e permanecer ativa na sociedade. “Essa dor silenciosa precisa ser ouvida e tratada com responsabilidade”, completou o vereador.

A proposta também se alinha com os princípios do Sistema Único de Saúde (SUS), da Política Nacional de Saúde Mental e do Estatuto da Mulher, ao promover atenção integral e equidade no cuidado às populações em situação de vulnerabilidade. Um gesto de solidariedade e uma política de saúde pública, fundamentada na dignidade e na justiça social.

“A violência tem deixado um rastro de dor nas comunidades, e as mães não podem ser esquecidas. Elas precisam ser acolhidas com empatia, estrutura e compromisso”, declarou Marlon Botão. A proposta foi encaminhada às comissões de Justiça, Saúde e Assistência Social da Câmara Municipal de São Luís.

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