Gaeco realiza operação contra facção criminosa interestadual

Operação Cela 3 chega à segunda fase

O Ministério Público do Maranhão (MPMA), por meio do Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas (Gaeco), deflagrou nesta quarta-feira, 22, a segunda fase da Operação Cela 03. A ação concentra-se na desarticulação de um braço financeiro e operacional de facção criminosa.

O objetivo é combater os crimes de organização criminosa, tráfico de drogas, associação para o tráfico e, principalmente, “lavagem” ou ocultação de bens, direitos ou valores.

Mandados são cumpridos no Maranhão e no Piauí

As investigações, conduzidas pelo Gaeco, revelaram um esquema criminoso estruturado com abrangência interestadual, com intensa atuação entre o Maranhão e o Piauí, notadamente nas cidades de Timon (MA) e Teresina (PI).

ORIGEM E FOCO DA INVESTIGAÇÃO

Esta segunda fase foi iniciada a partir de evidências probatórias obtidas na primeira fase da Operação Cela 03, deflagrada em 12 de agosto de 2024. Naquela ocasião, investigações desvendaram a existência de um braço da organização que opera com o tráfico ilícito de substâncias entorpecentes e uma rede perene e estabilizada de comércio ilegal de veículos furtados ou roubados.

Estão sendo cumpridos mandados de prisão e busca e apreensão

A Vara Especial Colegiada dos Crimes Organizados de São Luís (MA), responsável pelo processo em segredo de justiça, expediu 15 mandados de prisão preventiva e vários mandados de busca e apreensão.

APOIO E EXECUÇÃO OPERACIONAL

A complexidade e a natureza interestadual desta fase da Operação Cela 03 demandaram a cooperação de diversas forças de segurança, além de promotores de justiça e de servidores dos Ministérios Públicos do Maranhão e do Piauí, totalizando 180 agentes públicos envolvidos.

Agente do Gaeco vistoria veículo em busca de mais indícios dos crimes investigados

O Gaeco-MA tem o apoio fundamental do Gaeco-PI na execução dos mandados de prisão e de busca e apreensão. O apoio em campo foi garantido pela Polícia Militar do Maranhão (11º BPM de Timon) e pela Polícia Militar do Piauí (BOPE e BEPI).

Conspiração contra Brandão escancarada em áudios e prints torna ruptura com “dinistas” irreversível

Ao comprovar, nesta terça-feira (21), a conspiração contra o governo Carlos Brandão (PSB), com participação de políticos e possível envolvimento de autoridades do Poder Judiciário, o deputado estadual Yglésio Moyses (PRTB) sepultou todas as possibilidades de recomposição entre o Palácio dos Leões e o grupo chamado de dinista. A ruptura, agora, é irreversível, tanto que o PCdoB, chefiado pelo deputado federal Márcio Jerry, figura proeminente da oposição, entregou o último espaço que ainda detinha na administração estadual: a Secretaria de Cidades e Desenvolvimento Urbano (Secid).

Após a desarticulação da trama, com direito a revelação, pelo deputado Yglésio, de áudios e prints de conversas nada republicanas, entre os quais uma fala do deputado federal Rubens Pereira Jr., durante reunião reservada no palácio, com menção ao ex-governador e atual ministro do STF Flávio Dino e ao desembargador federal Ney Bello Filho. Assista ao vídeo abaixo:

Transtornado com a exibição da gravação, que chamou de traição, o parlamentar subiu à tribuna da Câmara Federal e esperneou o quanto pode, apontando a suposta montagem de uma rede de arapongagem no centro do poder governista. Por fim, Rubens Jr. anunciou, de forma “irrevogável”, a entrega do cargo de secretário de Estado de Articulação Política até então ocupado pelo seu pai, Rubens Pereira.

Se ainda existia um fio de esperança na recomposição entre Brandão e seu grupo e os outrora aliados, tal possibilidade está totalmente descartada. É o que garantem os mais respaldados analistas políticos, com a chancela de alguns protagonistas do conflito, de parte a parte.

A tese de ruptura irreversível é reforçada/consolidada por uma nota divulgada à noite pelo presidente estadual do MDB, Marcus Brandão, irmão do governador Carlos Brandão, que ressalta a guerra deflagrada por meio de “medidas judiciais no STF, subsidiadas por documentos plantados criminosamente no sistema do governo por hackers militantes do PCdoB”.

Visivelmente disposto a sacramentar o rompimento, Marcus Brandão diz que “o Maranhão inteiro sabe das pressões, tentativas de achaques, ameaças e da prática de chantagens, bem como das barganhas de apoios políticos por alívio da onda de judicializações contra o governador.

E finaliza, em tom de apelo: “que os olhos da imprensa e da Justiça se abram para o que vem acontecendo no Maranhão!”.

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