Sem um governador extremista e perseguidor, Maranhão tem tudo para recuperar transporte por ferryboat

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Com seu equilíbrio e visível inclinação ao diálogo, Carlos Brandão tem chance de dar fim ao caos no transporte por ferryboat que opera entre São Luís e a Baixada Maranhense

O Maranhão tem tudo para viver uma nova era a partir de agora, quando deixa de estar sob a influência de governantes extremistas e perseguidores. Visivelmente mais equilibrado, afeito ao diálogo e sem inclinação para impor retaliações, Carlos Brandão, reeleito para governar por mais quatro anos, no último dia 2, tem em suas mãos a chance de livrar a população do caos e da incompetência que marcam a prestação de serviços públicos, alguns de forma direta, outros em caráter de permissão.

Um dos serviços mais impactados pela má gestão é o transporte por ferryboat, que há mais de dois anos e meio tem sua maior operadora, a Serviporto, sob intervenção do Estado, medida que levou ao sucateamento de embarcações da empresa e a deixou à beira da inviabilidade técnica e financeira. Com a vontade expressada por Brandão de governar de forma eficiente, otimizando a máquina pública, é possível que haja a tão esperada reorganização da travessia aquaviária entre São Luís e a Baixada Maranhense, favorecendo usuários e os permissionários que operam a rota.

Se de fato quiser imprimir a sua própria marca no governo e apagar qualquer resquício de radicalização e revanchismo, Brandão deve eliminar as más práticas e até mesmo exonerar de cargos-chave da administração estadual pessoas que em nada contribuíram para torná-la melhor. Pelo contrário, afundaram certos órgãos do Estado em um mar de incompetência, tamanha a sua inaptidão para exercer as funções para as quais foram nomeados. A Agência Estadual de Mobilidade Urbana e Serviços Públicos (MOB), responsável por gerir os terminais de ferryboat e estabelecer normas para a prestação do serviço, é, inquestionavelmente, um dos principais focos dessa instabilidade.

Para ser eficiente e dar o devido retorno aos impostos pagos pela sociedade, o governador tem que administrar com isenção, movido apenas pela missão de corresponder às expectativas daqueles que lhe deram o voto de confiança. Com base nessa premissa, deve escolher – ou manter – parcerias que verdadeiramente ofereçam serviços de qualidade ao povo.

Nesse contexto, nada depõe contra a Serviporto, que por décadas sempre cumpriu sua obrigação de operar o transporte por ferryboat com boas condições técnicas e de segurança, fazendo investimentos constantes na manutenção das suas embarcações, no aumento da sua frota, em mão de obra qualificada e em outras melhorias.

Intervenção desastrosa e tragédia anunciada

É público e notório que após o confisco das embarcações, da receita e de outros itens do património da Serviporto, o serviço de transporte aquaviário entre São Luís e a Baixada piorou absurdamente e passou a ser prestado sem o mínimo de conforto, com número reduzido de embarcações e sob risco permanente de acidentes, dando margem a um clima de tragédia anunciada.

Já passou da hora de o governo estadual restabelecer a normalidade da travessia entre a Ilha de São Luís e o continente, via terminais de passageiros da Ponta da Espera e do Cujupe. Carentes, nos últimos anos, de um transporte aquaviário eficaz e humanizado, os mais de 2 milhões de usuários clamam ao bom senso e à racionalidade de Brandão, para que resolva o problema definitivamente, de preferência, devolvendo a operação do serviço a quem tem capacidade técnica e experiência para gerenciá-lo.

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