
Um oficial da Polícia Militar do Maranhão foi morto em confronto com criminosos em um posto de combustíveis próximo à rotatória do bairro São Francisco, em São Luís, no final da tarde desta quarta-feira (39). De acordo com informações obtidas pelo blog, a vítima é o major André Felipe, que seria lotado no Gabinete Militar da Assembleia Legislativa do Maranhão.
O oficial PM chegou ao posto, de bandeira Petrobras, pertencente à rede de revenda de combustíveis Júlia Campos, em uma Toyota SW-4. Logo em seguida, dois bandidos se aproximaram em uma motocicleta e tentaram assaltá-lo. O militar reagiu a bala e no tiroteio acabou tombando, com a pistola em punho, junto ao seu veículo, enquanto os autores do crime fugiram.

A forças de segurança pública já deram início às buscas com a intenção de capturar os assassinos do major no menor tempo possível.
4 comentários em “Major da PM morre ao reagir a assalto em posto de combustíveis no retorno do São Francisco”
Tái tem que botar polícia e na rua não encabinet de políticos o desgoverno de Brandão
Infelizmente, um policial militar teve a vida ceifada em tentativa de assalto. A sensação de insegurança está em todos os lugares. Nem um profissional treinado e armado, está seguro em nossa cidade. É preciso combater a criminalidade com medidas mais eficazes.
Lamentável, e ainda existem políticos a favor de induto, liberdade, brincadeira. Isso porque nunca aconteceu com familiares e ou amigos deles. Tem que ter é cadeira elétrica pra quem não ama o próximo a esse nível.
ESTADO E OS LIMITES DO DISCURSO DE JUSTIÇAMENTO*
Governador Carlos Brandão,
As recentes declarações de Vossa Excelência, nas quais empregou expressões como “Nossas forças de segurança não vão descansar até prender os envolvidos. Já determinei o início imediato das buscas e investigação, para que a justiça seja feita com todo o rigor da lei.” para referir-se à perseguição de um homicida, suscitam profunda reflexão sobre os limites da atuação estatal em um Estado Democrático de Direito. Embora reconheçamos a legitimidade da indignação popular e do dever constitucional de combater a criminalidade, é imperioso lembrar que a autoridade máxima de um Estado não pode se confundir com a figura do justiceiro.
A Constituição Federal de 1988 é clara: o Estado deve agir com rigor, mas sempre dentro da legalidade. Quando um governador adota retórica que ecoa a lei de Talião (“olho por olho”), corre-se o risco de:
•Incentivar abusos por parte das forças de segurança, como prisões arbitrárias ou violações de direitos humanos;
•Minar a credibilidade das instituições, substituindo a justiça processual por espetáculos de punição sumária;
•Alimentar ciclos de violência, já que a linguagem bélica (“justiça seja feita”) tende a legitimar confrontos em vez de soluções estruturais. Se o Estado reproduz a lógica do “inimigo a ser eliminado”, como diferenciá-lo daqueles que pretende combater? A história recente do Brasil mostra que operações baseadas em discursos de “guerra” frequentemente resultam em:
•Mortes de inocentes (como em operações policiais com altas taxas de letalidade);
•Erosão da confiança pública (dados do Fórum Brasileiro de Segurança Pública revelam que 76% das vítimas de intervenção policial são negras e periféricas);
•Impunidade para agentes do Estado que cometem excessos, sob o pretexto de “combate ao crime”. Senhor Governador, a sociedade maranhense clama por segurança, mas também por respeito aos direitos fundamentais. Sugerimos que Vossa Excelência priorize:
•Inteligência policial com bases técnicas, não emocionais;
•Fortalecimento do Ministério Público e do Judiciário para assegurar investigações ágeis e legalidade nas prisões;
•Políticas preventivas (emprego, educação e inclusão social) que ataquem as raízes da violência. A Força do Estado Reside na Lei, não na Força Bruta. Um governante não é um vingador, mas o guardião da ordem legal. Conclamamos Vossa Excelência a revisitar o discurso público, substituindo a linguagem da vingança pela da justiça eficiente e imparcial. O Maranhão merece um líder que una firmeza contra o crime e inalterável respeito à dignidade humana – pois só assim se constrói uma paz duradoura.