Investigações apontam que um grupo vendia dados bancários e pessoais de vítimas na Espanha e Portugal
A Polícia Federal cumpre cinco mandados de busca e apreensão no Maranhão, nesta quarta-feira (17), durante a Operação Eurocyber, que investiga uma suposta organização criminosa internacional envolvida em fraudes bancárias na Europa. O prejuízo às vítimas, segundo a investigação, equivale a mais de R$ 35 milhões em contas em Portugal e na Espanha.
As ações ocorreram nos municípios de Imperatriz e Sítio Novo, onde foram apreendidos dispositivos eletrônicos, mídias, computadores, hardwallets, dinheiro e documentos. Os nomes dos alvos da PF não foram divulgados.
Como funciona o esquema
Segundo a polícia, o principal alvo das investigações foi responsável pelo desenvolvimento das ferramentas de fraude, como páginas falsas, e vendia dados bancários e pessoais sensíveis das vítimas. Em troca, recebia pagamentos por meio de contas bancárias e criptoativos.
A polícia não deu detalhes sobre a quantidade de vítimas, mas estima o prejuízo de mais de 7 milhões de euros, valor equivalente a mais de R$ 35 milhões, em contas bancárias em Portugal e na Espanha.
A ação é um desdobramento da Operação Eurogolpes e teve início a partir de cooperação policial com autoridades europeias. Segundo a PF, os investigados podem responder pelos crimes de lavagem de dinheiro, organização criminosa e estelionato eletrônico.
