Conspiração contra Brandão escancarada em áudios e prints torna ruptura com “dinistas” irreversível

Ao comprovar, nesta terça-feira (21), a conspiração contra o governo Carlos Brandão (PSB), com participação de políticos e possível envolvimento de autoridades do Poder Judiciário, o deputado estadual Yglésio Moyses (PRTB) sepultou todas as possibilidades de recomposição entre o Palácio dos Leões e o grupo chamado de dinista. A ruptura, agora, é irreversível, tanto que o PCdoB, chefiado pelo deputado federal Márcio Jerry, figura proeminente da oposição, entregou o último espaço que ainda detinha na administração estadual: a Secretaria de Cidades e Desenvolvimento Urbano (Secid).

Após a desarticulação da trama, com direito a revelação, pelo deputado Yglésio, de áudios e prints de conversas nada republicanas, entre os quais uma fala do deputado federal Rubens Pereira Jr., durante reunião reservada no palácio, com menção ao ex-governador e atual ministro do STF Flávio Dino e ao desembargador federal Ney Bello Filho. Assista ao vídeo abaixo:

Transtornado com a exibição da gravação, que chamou de traição, o parlamentar subiu à tribuna da Câmara Federal e esperneou o quanto pode, apontando a suposta montagem de uma rede de arapongagem no centro do poder governista. Por fim, Rubens Jr. anunciou, de forma “irrevogável”, a entrega do cargo de secretário de Estado de Articulação Política até então ocupado pelo seu pai, Rubens Pereira.

Se ainda existia um fio de esperança na recomposição entre Brandão e seu grupo e os outrora aliados, tal possibilidade está totalmente descartada. É o que garantem os mais respaldados analistas políticos, com a chancela de alguns protagonistas do conflito, de parte a parte.

A tese de ruptura irreversível é reforçada/consolidada por uma nota divulgada à noite pelo presidente estadual do MDB, Marcus Brandão, irmão do governador Carlos Brandão, que ressalta a guerra deflagrada por meio de “medidas judiciais no STF, subsidiadas por documentos plantados criminosamente no sistema do governo por hackers militantes do PCdoB”.

Visivelmente disposto a sacramentar o rompimento, Marcus Brandão diz que “o Maranhão inteiro sabe das pressões, tentativas de achaques, ameaças e da prática de chantagens, bem como das barganhas de apoios políticos por alívio da onda de judicializações contra o governador.

E finaliza, em tom de apelo: “que os olhos da imprensa e da Justiça se abram para o que vem acontecendo no Maranhão!”.

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