
Em nota divulgada no início da tarde desta quarta-feira (22), o governador Carlos Brandão (PSB) abordou a polêmica envolvendo vazamento de gravações e prints de falas de políticos e autoridade do Poder Judiciário com teor conspiratório contra a sua gestão. Em um dos trechos mais contundentes, ele diz que o governo que o antecedeu tentou continuar mandando no estado. É a primeira reação literal de Brandão às investidas de ex-aliados para sabotar a sua administração e até mesmo afastá-lo do cargo.
“O governo que se encerrou em 2022 quis permanecer no comando da gestão para a qual fui eleito”, manisfestou-se o governador, pregando coerência e reafirmando sua parceria com o presidente Lula “sob qualquer circunstância”. “Mas aqui no Maranhão, há uma divisão”, lamentou.
Carlos Brandão repetiu o que disse, também em nota, o presidente estadual do MDB, Marcus Brandão, seu irmão, ao denunciar a ocorrência de chantagens e barganhas nada republicanas, que demonstraram o inconformismo dos ex-detentores do poder.
Colinas x TCE
O governador confirmou que o deputado federal Rubens Pereira Júnior (PT) levou a ele um recado, uma oferta, para que apoiasse a candidatura de interesse do também deputado federal Márcio Jerry (PCdoB) na eleição para prefeito de Colinas em troca da liberação das vagas no Tribunal de Contas do Estado (TCE), cuja escolha foi judicializada e encontra-se paralisada no Supremo Tribunal Federal (STF). Brandão ressaltou que tal versão foi ratificada pelo próprio Rubens Jr. em pronunciamento na tribuna da Câmara Federal nessa terça-feira (21).
Sobre a acusação de espionagem e arapongagem feita pelos oposicionistas, Brandão assegurou que não gravou e que o seu governo não gravou conversa alguma com políticos. “Agora, temem os efeitos dessa exposição vexatória a que se submeteram, expondo nomes de outros níveis de poder”, finalizou o governador.
Abaixo, a nota na íntegra:
